Dias Ferreira defende a ideia de que é preciso debater e discutir o futuro dos clubes e apela à abertura do diálogo amplo e descomprometido com 'doutrinas'. Numa fase em que os investidores externos entram em força no futebol, como é o recente exemplo da compra do Newcastle por parte de um fundo saudita, o antigo dirigente dos leões entende que esse debate tem de começar a ser feito em Portugal, sob pena de temer que os clubes lusos percam o 'comboio' da competitividade internacional.
O antigo presidente da Mesa da Assembleia do Sporting lembra as lições que foi tendo com históricos dirigentes do futebol luso e realça que, nessas alturas, estes conseguiram ultrapassar rivalidades para, em conjunto, abordarem os temas atuais desse momento. E pede idêntico comportamento aos dirigentes de agora. "Lidei com João Rocha (ex-presidente do Sporting), Fernando Martins (ex-presidente do Benfica), Fernando Pedrosa (ex-presidente do Vitória de Setúbal). Eram pessoas que não precisavam do futebol materialmente e até colocavam dinheiro deles", recorda.
Dias Ferreira destacou ainda o impacto que a entrada do empresário João Rocha criou no Sporting, quando assumiu o cargo de presidente em setembro de 1973. E lembra a sua visão para aconselhar a que, agora, se tenha o mesmo espírito inovador.
O ex-presidente da Mesa da Assembleia Geral leonina realçou a visão alargada de João Rocha que, naquela altura, queria um Sporting ao estilo clube-empresa, naquilo que ficaria conhecido como o projeto da Sociedade de Construções e Planeamento (SCP), mas que ficou na 'gaveta' na sequência da Revolução de Abril.
E é precisamente essa data histórica para o país que Dias Ferreira entende que acabou, indiretamente, por travar a ascensão do Sporting no plano desportivo ao nível do futebol.
"Ele adiantou-se às sociedades anónimas desportivas (SAD). Foi um sucesso. Por isso, hoje, não percebo a razão pela qual não se discute isso no Sporting".
"Digo hoje e digo muitas vezes que se o 25 de Abril fosse dois anos mais tarde o Sporting tinha disparado e nunca mais ninguém o agarrava. E disparou. O Sporting continua forte", declarou Dias Ferreira, salientando que ao nível das modalidades olha para o clube de Alvalade como uma potência internacional, cumprindo o objetivo dos fundadores do clube de Alvalade.
"Nas modalidades, o Sporting é um dos maiores da Europa. Aí somos bons. Temos várias medalhas", referiu Dias Ferreira, lamentando que, por hoje, não se encontrem dirigentes "à altura" para que se possam discutir os temas mais 'amplos' do futuro do futebol, como o caso da eventual entrada de investidores nos clubes.
A este propóstio, na A Bola TV, Dias Ferreira destacou ainda o facto de, no Benfica, se andar já a falar da eventual entrada de um investidor como o é o caso de John Textor.
O antigo dirigente do Sporting sublinha a importância de se pensar na entrada deste tipo de investidores tendo em vista o desenvolvimento e projeção dos clubes, tal como nota que já se faz em vários emblemas europeus em ligas mediáticas como a Premier League, por exemplo.
Dias Ferreira lamenta, no entanto, que a eventual entrada de investidores seja uma espécie de assunto tabu. "Nos programas da peixeirada só não 'enforcaram' o homem porque não calhou", disse, em jeito irónico, não percebendo as críticas feitas a respeito deste tipo de investidores.
"Há gente que diz que o Rui Costa não deveria ter recebido o homem. Não sei porquê", observou Dias Ferreira, aludindo ainda a palavras recentes de Luís Filipe Vieira sobre a questão democrática nos clubes.
Dias Ferreira disse que estava ciente de que poderia ser "polémico" mas admitiu que dá razão a Luís Filipe Vieira quando este disse que "há democracia a mais e é verdade".
A este respeito, Dias Ferreira destaca ser apoiante da velha máxima de que 'o segredo é a alma do negócio'. E por isso não concorda que Vieira tivesse de dar satisfações aos seus colaboradores na direção. Socorrendo-se da sua experiência enquanto dirigente, Dias Ferreira lembra que muitas vezes os grandes negócios têm de ser feitos em silêncio e deu o exemplo da contratação de Peter Schmeichel para o Sporting.
Dias Ferreira revelou que, na altura, ajudou no negócio e nem em casa contou aos seus familiares, destacando que muitos dirigentes do Sporting lamentaram não terem tido conhecimento prévio.
"Um gosta de contar, outro é vaidoso, um dá um palpite. Ele [Vieira] para atingir aquilo [negócio] só em segredo. Com a nossa mentalidade, só em segredo".
Italianos podem atacar ex-alvo do Sporting. Aproxima-se a abertura do mercado, em janeiro, e o cerco começa a apertar-se, com diversos clubes a marcarem posição junto de alvos definidos. No caso do Portimonense, os holofotes voltam a incidir em Samuel Portugal, reacendendo-se o apetite de emblemas que antes já tinham manifestado interesse na aquisição do guarda-redes de 27 anos.
Neste cenário particular, os italianos da Atalanta marcaram presença no domingo no Portimão Estádio, enviando um emissário que esteve atento ao brasileiro no encontro com o Estoril. Em janeiro, Samuel Portugal, que tem contrato até 2025, esteve quase a ser transferido para Itália, mas o negócio não se concretizou, porque então foi infetado com Covid-19, além dos números pedidos pelo Portimonense, na ordem de 10 milhões de euros, que são metade do valor da cláusula de rescisão, terem arrefecido o interesse no guarda-redes, que também já esteve na órbita do Sporting, no final da última época. Agora, as boas exibições que Samuel Portugal tem rubricado no campeonato reabriram nova janela de oportunidade, reacendendo desejos antigos.
Este Dias Ferreira sempre foi um pateta e, com a idade, não melhorou. Antes pelo contrário.
ResponderEliminarDiz, o pateta, que o Benfica anda à procura de um investidor: um tal Textor... e que o SCP devia fazer o mesmo.
Acontece que o SCP já tem o dito "investidor" (ia escrever ladrão do BESA, mas "investidor" é mais simpático...), um tal Sobrinho, dono de 30% das acções do SCP. E quanto ao Benfica, o projecto para encontrar investidores estratégicos está suspenso, pois depende da realização de uma OPA.
PS: o que o Textor está a tentar comprar não são acções na posse do SLB, mas sim acções que estão há muitos anos na posse de privados, que querem, esses sim, vender ao Textor. Ora um tal sujeito nunca poderá ser um parceiro estratégico, visto que foi escolhido por terceiros e não pelo Benfica. Aliás a alienação de acções acções a parceiros estratégicos, passa por alguma diversidade (no mínimo 3) e nunca 25% a qualquer deles: 8 a 10%, a 3 parceiros, seria o ideal. Por isso o negócio do Textor dificilmente irá para a frente se não for reformulado.
Boa Tarde. Então para o comentário das15h08, dizes tu q o sobrinho tem 30 % das ações do scp. Uma pergunta para ti se me quiseres responder, o rei dos frangos e o Vieira quantas ações é que têm? Obrigado.
ResponderEliminarE outra pergunta para o comentário das15h08, quanto custou cada acção comprada pelo rei dos frangos e pelo Vieira, e por quanto é que eles querem vender? Obrigado.
ResponderEliminar