Dragões queriam ver Jovane e Nuno Santos na exposição leonina; Processo pode nem passar de repreensão; Gonçalo Inácio está de volta. Pé de Pote não permite prazos

A iniciativa do Sporting junto da Comissão de Instrutores da Liga causou alguma surpresa junto do FC Porto, na medida em que, apurou o jornal Record, os azuis e brancos ‘estranharam’ a exclusão da referida exposição de dois lances considerados de cariz disciplinar discutível, protagonizados por Nuno Santos e Jovane. O primeiro tem como ‘dupla’ Jovane e Otávio e como espaço temporal o minuto 51 do clássico de sábado último: junto à linha, o luso-brasileiro ficou a pedir vermelho para o camisola 10 do Sporting alegando um movimento de agressão com o braço esquerdo que o deixou estendido. Nuno Almeida decidiu-se pelo amarelo. O segundo lance também incluiu Otávio, mas muda o nome do lado verde e branco: é Nuno Santos quem surge no lugar de Jovane, de novo por uma mão na cara aos 84 minutos, ação que não viria a receber qualquer tipo de admoestação por parte do juiz do encontro, muito menos recurso ao VAR. Apesar das ‘farpas’ que se atiraram desde o Norte, o FC Porto não deverá avançar com qualquer tipo de ação similar à do Sporting, mostrando-se, para já, tranquilo sobre um eventual castigo para Pepe depois do que os leões consideram ter sido uma agressão ao uruguaio Coates. Sérgio Conceição, treinador do FC Porto, não se alongou muito quando confrontado com a arbitragem, assumindo apenas que os jogadores ficaram “algo nervosos” com o facto de o critério aplicado nos cartões ter sido apertado, com Nuno Almeida a ir ao bolso sucessivamente nos primeiros minutos, algo que, vinca, condicionou o clássico. 

Processo pode nem passar de repreensão. Após a queixa leonina, cabe agora à Comissão de Instrutores qual o próximo passo a dar, na certeza de que para existir a instauração de um auto de flagrante delito terá de haver opinião contrária às de Nuno Almeida e João Pinheiro, que nenhum indício de falta e/ou agressão viram no lance em causa. Todavia, caso esse venha a ser o entendimento da CI, nem por isso é automaticamente sinónimo de castigo a Pepe. Em casos idênticos no passado, então conhecidos como ‘sumaríssimos’ quando baseados em imagens televisivas, o Conselho de Disciplina teve mão leve e decidiu-se apenas por repreender os jogadores visados, como por exemplo o portista Soares, o sportinguista Fábio Coentrão ou o benfiquista Rúben Dias, curiosamente todos na época 2017/18.

Gonçalo Inácio está de volta. Duas semanas após ter sido detetada uma sobrecarga muscular na sua coxa esquerda, problema que acabaria, inclusive, por lhe tirar a chance de se estrear pelos AA de Portugal, Gonçalo Inácio rimou com ‘boas notícias’, uma vez que foi reintegrado a trabalhar no relvado, mesmo que condicionado, como informou o Sporting. Não obstante os naturais cuidados, o central, de 20 anos, acelera assim para a estreia na Champions, amanhã (20 horas), com o Ajax. O que parecia uma lesão de fácil resolução tornou-se num problema com maior expressão, ao ponto de tirar o esquerdino do clássico com o FC Porto e puxando Neto para o seu lugar. Ontem, mostrou melhorias na análise a que foi sujeito antes do treino, tendo realizado a maior parte dos exercícios sob tutela de Rúben. Inácio fez-se, também, acompanhar por Tiago Tomás, avançado que chegou dos sub-21 nacionais com dores na coxa direita e que tal como o defesa também ficou de fora das escolhas para o duelo com os azuis e brancos. Tal como acontece com o 25 dos leões, também o 19 deverá regressar com os holandeses.

Pé de Pote não permite prazos. Em situação inversa às de Gonçalo Inácio e Tiago Tomás está Pote, goleador leonino que contraiu, na Seleção Nacional, um problema delicado no pé esquerdo: trata-se de um edema que não lhe tem permitido treinar, uma vez que lhe causa algumas dores em determinados movimentos. O gabinete médico do Sporting dá tudo para o devolver a Rúben Amorim, mas neste momento não arrisca qualquer tipo de prazo. Certa só a ausência da receção ao Ajax, amanhã.