22 maio 2021

"Se o jogo com o Benfica tem mais cinco minutos, daríamos a volta ao resultado", diz jogador do Sporting; Quem pode estar a chegar ao Benfica; "Vai ser difícil não associar" festejos à “subida brusca” dos casos de covid

Nuno Santos é campeão nacional pelo Sporting e não nega a felicidade que lhe preenche os dias após a histórica conquista de leão ao peito. Formado no FC Porto e no Benfica, foi pelo emblema verde e branco que somou a sua segunda vitória final num campeonato nacional, depois de já o ter conseguido na época 2015/16 pelo clube da Luz, ainda que não tendo o impacto no onze dessa conquista como agora, em Alvalade, onde foi quase sempre um dos indiscutíveis de Rúben Amorim. "Foi um ano fantástico a ajudar a equipa com golos e assistências", admitiu.O nortenho refere que a mudança para Alvalade, no início da época 2020/21, foi a melhor opção que poderia ter tomado e não esconde que sentir o desejo de Frederico Varandas, Hugo Viana e Rúben Amorim pesaram na escolha do destino. "O desafio, foi mesmo o desafio do Sporting e pela vontade do Sporting, do Hugo Viana, do presidente e do mister. Não pensei duas vezes. Mas foi mesmo o desafio."
Depois de ter sido uma das figuras da campanha leonina, Nuno Santos é um dos ativos mais cobiçados do plantel de Rúben Amorim. Porém, aos adeptos leoninos, o camisola 11 deixa a promessa de continuar em Alvalade.
"Estou feliz aqui no Sporting e para o ano quero jogar a Champions League pelo Sporting. Queremos muito ir à Champions. Há muitos jogadores na nossa equipa que ainda não jogaram e quero muito jogá-la pelo Sporting".
Em declarações na TSF, Nuno Santos explicou também qual foi o jogo que lhe deu mais "gozo" jogar nesta temporada. E curiosamente revelou que foi aquele onde os leões perderam. O único desaire na Liga.
"O jogo contra o Benfica foi o que me deu mais gozo jogar, na verdade. Estávamos a perder 3-0 e quase que demos a volta ao resultado. Se o jogo tem mais cinco minutos, daríamos a volta ao resultado", confessa Nuno Santos sobre o jogo onde a conquista do título já estava garantida pela matemática.

Diogo Boa Alma pode chegar ao Benfica. O Santa Clara anunciou que o diretor-desportivo Diogo Boa Alma está de saída da equipa açoriana.
Diogo Boa Alma esteve seis anos ao serviço do emblema açoriano, tendo participado no regresso do clube ao principal escalão do futebol português e, depois, na solidificação de um projeto que teve o ponto alto no final da época que agora terminou com um inédito sexto lugar e consequente apuramento para as competições europeias.
Recorde-se que em abril o nome de Diogo Boa Alma chegou a ser apontado à sucessão de Tiago Pinto (que saiu para a Roma no início do ano) no Benfica. A 'transferência' poderá acontecer agora.

"Vai ser difícil não associar" festejos à “subida brusca” dos casos de covid. A região de Lisboa e Vale do Tejo registou uma “subida brusca” no número de novos casos de covid-19, em particular na faixa etária dos 20 aos 29 anos, que ocorre “cinco, seis dias” depois de milhares de adeptos do Sporting terem saído à rua, muitos sem máscara e não cumprindo o distanciamento, para festejar a conquista do título.
“Estamos com uma incidência particularmente elevada no grupo dos 20 aos 29 anos de idade. Este grupo teve uma subida brusca nos dias 17 e 18, isto ocorre cinco, seis dias após aquele evento”, afirmou o epidemiologista Manuel Carmo Gomes, docente da Faculdade de Ciências, da Universidade de Lisboa, referindo-se aos festejos em Alvalade e no Marquês.
O vírus que causa a covid-19 não se ‘mostra’ de imediato, precisando de alguns dias de incumbação. Como o número de casos parece estar a disparar “cinco, seis dias” depois dos festejos dos adeptos do Sporting, essa associação não pode ser descartada, no entender dos especialistas. “Nos próximos dias, se continua a este ritmo, vamos ter um impacto que vai ser difícil de não associar ao que aconteceu no dia 12”, acrescentou Manuel Carmo Gomes, em declarações à TSF.
Óscar Felgueiras, matemático especializado em epidemiologia, reforçou a ideia, alertando que “não é assim tão cedo” para se estabelecer essa ligação, quando os padrões internacionais apontam para um tempo de incubação do vírus entre sete a 14 dias.
“Há uma forte plausibilidade. Ou seja, o que se verifica é que na cidade de Lisboa existiu, nesta última semana, um comportamento diferente daquele que ocorre nos quatro concelhos vizinhos, que têm incidências que são metade ou um terço” da registada na capital, explicou o investigador, em declarações ao Jornal de Notícias.
No período de 6 a 19 de maio, Lisboa passou de uma taxa de incidência de 81 para 118 casos positivos por 100 mil habitantes, de acordo com os dados da Direção-Geral da Saúde. Ao lado, a Amadora passou de 29 para 39, enquanto em Loures a subida foi de 21 para 37 casos por 100 mil habitantes.
“A maior parte dos concelhos não teve este comportamento”, alertou Óscar Felgueiras: “Para isto acontecer num concelho tão populoso como é Lisboa, quer dizer que algo de diferente no comportamento da população aconteceu, que não tem paralelo com o que está a acontecer no resto do país e mesmo na região”.
Se atingir a taxa de incidência de 120 casos positivos por 100 mil habitantes, o concelho de Lisboa terá de recuar no desconfinamento, de acordo com as orientações do Governo.

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