22 fevereiro 2021

'Caso Palhinha' na mesa do TAD 4ª feira. Castigo poderá ser imediato ou...na próxima época; Paulinho pode voltar só nas Páscoa; Um pesadelo na Luz sem igual desde 1997; Jantar de Vieira na Luz foi vigiado pela PJ

O azar bateu à porta de Paulinho. Uma lesão num tendão da coxa esquerda afastou o avançado de 28 anos do jogo com o Portimonense (2-0), afasta-o do clássico de sábado com o FC Porto e o calvário do jogador leonino pode, no pior cenário, terminar apenas na Páscoa, fim de semana que marca o regresso do campeonato após interrupção para os jogos das seleções. Ou seja, com paragem programada para entre duas a quatro semanas, Paulinho pode falhar mais dois a quatro jogos, escreve A Bola. Enquanto torce para que a recuperação aconteça no mais curto espaço de tempo, o treinador Rúben Amorim estuda as alternativas que tem no plantel, com a vantagem a estar em Tiago Tomás, que deve ser a escolha para jogar no centro do ataque sportinguista no clássico da jornada 21.

'Caso Palhinha' na mesa do TAD 4ª feira. O caso Palhinha vai ser quarta-feira analisado pelo Tribunal Arbitral do Desporto (TAD). Segundo apurou A Bola, o assunto vai estar em cima da mesa na 60.º reunião plenária do Conselho de Arbitragem Desportiva, que até pode desde logo emitir uma decisão.
A novela Palhinha pode ter capítulo decisão já na quarta-feira, em plena semana que antecede o jogo com o FC Porto, clássico que se joga sábado, às 20.30 horas no Estádio do Dragão. O TAD vai analisar vários assuntos que tem entre mãos e apurou o diário que o do médio do Sporting é um deles.
Recorde-se que Palhinha viu no Bessa (2-0 ao Boavista), no dia 26 de janeiro, o 5.º cartão amarelo no campeonato, o que o impediria de defrontar o Benfica na jornada seguinte. O Conselho de Disciplina (CD) não deu provimento ao recurso do leão, que recorreu depois para o TAD, alegando inconstitucionalidade por não ter sido ouvido, ou seja, por não ter tido hipótese de defesa. O TAD, por não ter tempo para reunir o colégio para proferir decisão, interpôs providência cautelar junto do Tribunal Central Administrativo do Sul (TCAS), que assim suspendeu o castigo de um jogo e Palhinha pôde mesmo jogar no dérbi (1-0), entrou aos 61’ — entretanto o Benfica fez participação para o CD, devido à presença do médio sportinguista no encontro e por alegado recurso aos tribunais estaduais.
Da reunião plenária de quarta-feira pode então haver já uma decisão, sendo certo que a mesma poderá ser impugnada para o TCAS, o que poderá determinar que qualquer eventual castigo ao jogador apenas possa ser executado na época seguinte.

Um pesadelo na Luz sem igual desde 1997. Muito aquém das altas expetativas criadas pela estrutura, a época do Benfica temse vindo a transformar num pesadelo que remete para os anos mais negros da história do clube da Luz. À entrada da 21ª jornada, a equipa orientada por Jorge Jesus ocupa um modesto quarto lugar a 15 pontos do líder Sporting, desvantagem para o topo da tabela que já não se via em período semelhante desde 1996/1997. À época, uma equipa que teve três treinadores – Paulo Autuori, Manuel José e Mário Wilson – levava 16 pontos de atraso sobre o FC Porto e acabou por terminar o campeonato a 27 dos dragões, que se sagrariam campeões. O final de época foi ainda mais melancólico face à derrota na final da Taça de Portugal: 2-3 diante do Boavista.
Em termos de performance absoluta, os 39 pontos somados à 20ª jornada são o pior registo no campeonato desde a temporada 2007/2008, quando uma equipa orientada por José Antonio Camacho – que mais tarde haveria de ser substituído no banco por Chalana – chegou a esta fase da prova com 38 pontos. Foi também na temporada supracitada que o Benfica somou cinco jogos consecutivos sem ganhar fora de casa na I Liga, registo que a equipa de Jorge Jesus já igualou em 2020/2021 face aos empates nos terrenos do Farense, do Moreirense, do FC Porto e do Santa Clara, bem como a derrota em Alvalade.
Uma das explicações para a queda do Benfica nas contas do campeonato reside na fraca produção ofensiva. Ontem, a equipa de Jorge Jesus somou o quarto jogo na prova em branco, sendo que três deles (Farense, V. Guimarães e Sporting) ocorreram nas últimas cinco jornadas. Longe da artilharia pesada de épocas anteriores, o emblema lisboeta contabiliza apenas 33 golos marcados que contrastam com os 43 do FC Porto, os 42 do Sporting e os 37 do Braga.
Os 39 pontos somados nas 20 primeiras jornadas do campeonato são também o pior registo desde a época 2007/2008, quando uma equipa orientada por José Antonio Camacho chegou a esta fase da prova com apenas 38.

PJ fotografa jantar de Rangel com Vieira na Luz. Quando a Polícia Judiciária soube, através de interceções telefónicas, que ia haver um jantar no Estádio da Luz entre o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, e o ex-juiz Rui Rangel avançou de imediato para o terreno. A 23 de maio de 2017 foi montada uma operação de vigilância em vários pontos da cidade de Lisboa. Os inspetores da PJ fotografaram o encontro. As imagens constam num apenso do processo da Operação Lex, consultado pelo jornal CM.
O jantar realizou-se numa “zona reservada” do restaurante 3º Anel, no Estádio da Luz. O vice-presidente do Benfica, Fernando Tavares, e o advogado Jorge Barroso (com ligações ao clube) também marcaram presença. Nesta que foi uma das muitas vigilâncias realizadas durante um ano, os inspetores da PJ entraram no restaurante, onde se fizeram passar por clientes. Também acompanharam as chegadas ao Estádio da Luz. Eram 20h51 quando Luís Filipe Vieira é visto a passar pela porta 18, acompanhado por Nuno Gomes e pelo motorista e segurança. Seguiu para o restaurante onde se juntou aos três convidados. O jantar terminou por volta da meia-noite.
Vieira está acusado de oferta indevida de vantagem por ter oferecido bilhetes e viagens a Rangel (entretanto expulso da magistratura). Em troca, diz o Ministério Público, Vieira pretendia a ajuda do então magistrado para resolver um processo fiscal pendente em Sintra.
A Judiciária seguiu todos os passos do ex-juiz durante um ano, entre 2016 e 2017. Desde casa à Relação de Lisboa. A PJ registou em fotografia vários encontros de Rangel com Santos Martins, o seu alegado testa de ferro, mas também com Jorge Barroso. O ex-juiz é o principal arguido do caso Lex.

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