Regressa 'problema' ao Benfica com...nova devolução; Sporting quer poupar 3M€ no próximo mercado; Lateral leonino pode não regressar a Alvalade; Em Setúbal a polémica continua: "Não estivemos a mando do Benfica"

O mercado de inverno no Sporting não será apenas de entradas para reforçar o plantel. Na janela de transferências de janeiro, a administração presidida por Frederico Varandas tem como objetivo também a colocação dos jogadores que, não fazendo parte das contas do treinador Rúben Amorim, passaram a trabalhar com a equipa B, apesar de terem estatuto que não os permite jogar pelo conjunto secundário. São sete os jogadores que estão nesta situação e, contas feitas, se os leões conseguirem colocá-los todos a fatia cortada na folha salarial andará na ordem dos €3 M.

Renan Ribeiro, 30 anos; Stefan Ristovski, 28; Bruno Gaspar, 27; Tiago Ilori, 27; Ivanildo Fernandes, 24; Lumor Agbenyenu, 24; Rafael Camacho, 20. Sete jogadores com ligação contratual ao Sporting que não estão integrados no plantel principal e que a administração do clube verde e branco pretendia colocar já no mercado de verão mas que acabaram por permanecer em Alvalade. Agora os leões, cientes de que saídas definitivas destes jogadores em janeiro serão muito difíceis, pretendem colocá-los através de empréstimos, com opções de compra a poderem ser exercidas no final da época. Mais uma tarefa para o diretor desportivo Hugo Viana.

Pelos dados recolhidos pelo jornal A Bola, a poupança a partir de janeiro (no melhor cenário, claro está, de cedência dos sete jogadores) poderá chegar aos 3 milhões de euros, pois é a soma, em valores brutos, dos vencimentos referentes a meio ano que o Sporting teria de pagar aos referidos jogadores excedentários.

Neste grupo de sete jogadores, os que estão no topo dos encargos salariais para a administração são o guarda-redes Renan, os laterais-direitos Ristovski e Bruno Gaspar e o central Ilori, todos com salários brutos anuais iguais ou acima de €1 milhão. Camacho, apesar de receber um salário líquido na mesma ordem destes jogadores, beneficia do regime fiscal de residente não habitual, taxado nos 20 por cento e não nos cerca de 50 por cento dos outros, o que faz com que o seu valor bruto seja mais baixo — Ilori, que tal como Camacho esteve muitos anos em Inglaterra, também beneficia deste regime, mas está num patamar de vencimento acima relativamente ao extremo. O defesa-central Ivanildo e o lateral-esquerdo Lumor são os dois jogadores deste rol que menos encargos representam na folha salarial dos leões.

Recorde-se que Renan tem contrato válido com o Sporting até junho de 2023, a mesma altura em que Bruno Gaspar termina a ligação ao emblema verde e branco. Menos um ano, ou seja, com contrato até 2022 estão Ristovski, Ivanildo e Lumor. Ilori e Camacho assinaram até 2024.

Lateral leonino pode não regressar a Alvalade. Não começou como opção inicial, mas nos últimos jogos tem-se revelado uma peça determinante para o Besiktas, emblema da Turquia: falamos de Rosier, lateral-direito francês que o Sporting cedeu ás águias negras e que tem feito algumas manchetes pelas recentes exibições, ao ponto de a Imprensa local falar já numa compra definitiva. Sem opção no empréstimo, a SAD quer 5 milhões.

"Não estivemos a mando do Benfica". O ex-presidente do V. Setúbal, Vítor Hugo Valente, rejeita submissão ao Benfica quanto a Hachadi, pelo qual as águias exerceram um direito de preferência de 900 mil euros antes de os sadinos o comprarem por 1,5 M€.
“Nunca estivemos subjugados por quem quer que seja nem nunca sentimos da parte do Benfica ou de outro clube qualquer um ato direto ou indireto de subjugar o V. Setúbal. Nunca estivemos a mando de ninguém. Garanto com toda a verdade. Nunca o Benfica quis que o Vitória estivesse a seu mando”, asseverou à 'Antena 1', reforçando que o negócio foi dentro da lei: “Os contratos estão na contabilidade e disponíveis, as SAD são entidades rigorosamente fiscalizadas pelas instituições nacionais e internacionais. Insisto, foram contratos absolutamente legais.”
Valente defende-se da atual gestão sadina, contra quem tem quatro processos em tribunal e que considerou, em comunicado, o negócio de Hachadi como “desastroso e um dos motivos para o fim do. V. Setúbal”. Para acordar uma rescisão amigável, o clube terá dado 1,8 M€ numa indemnização ao Benfica e, com os salários, o marroquino teve um custo total de 3,3M€. O executivo de Paulo Rodrigues, que pode ser destituído em breve, revelou que a dívida da SAD não é de 20,7M€ como se supunha, mas de 35 M€.

Os LA Galaxy vão devolver Yony González, que se encontrava cedido pelo Benfica desde agosto e até final do ano. De acordo com a imprensa colombiana, o clube norte-americano decidiu não acionar a opção de compra do passe do extremo, fixada em 4,5 milhões de dólares (perto de 3,8 milhões de euros). Yony, de 26 anos, fez nove jogos pelos LA Galaxy. Contratado ao Fluminense, o colombiano - que já havia sido devolvido pelo Corinthians este ano - é o segundo jogador a ver terminado o empréstimo, depois do central Conti.