"O Benfica fez um comunicado em que faz dos sócios atrasados mentais"; "Varandas tem formação militar e já demonstrou que não teme Bruno de Carvalho";

Filipe Soares Franco, antigo presidente do Sporting, desvaloriza a vontade de Bruno de Carvalho de regressar ao clube, agora que foi absolvido no âmbito do processo de Alcochete.

"Preocupar não me preocupa", admite Soares Franco, dizendo que "a família sportinguista já fez o seu juízo de valor sobre a personalidade do senhor Bruno de Carvalho".

Em entrevista à Renascença, o ex-presidente do Sporting lembra que "há um rol indeterminável de questões que já foram apreciadas em sede própria pela família sportinguista".

"Uma grande maioria disse que não o quer como sócio muito menos como presidente", recorda Soares Franco, numa ideia alinhada com Abrantes Mendes, ex-presidente da Mesa da Assembleia-Geral leonina.

Filipe Soares Franco traçou ainda a ideia que tem do ex-presidente verde e branco.

"Bruno de Carvalho é um populista por natureza e agrega à sua volta radicais e fundamentalistas. Isso pode agravar e dificultar a gestão de todo o universo do Sporting. Faria um apelo a Bruno de Carvalho para descer à terra e pôr a mão na consciência. Se é um verdadeiro sportinguista, que deixe esta direção, que foi eleita, acabar o seu mandato e trabalhar com o máximo de traquilidade possível. Ele deixou uma herança pesada."

Soares Franco salientou ainda que a atual direção nada tem de temer.

"Frederico Varandas tem uma formação militar e já demonstrou que não tem medo e não teme Bruno de Carvalho. Como eu também não temo. Não tenho medo. Quando a razão está do nosso lado temos uma força extra para combater o mal. Um regresso de Bruno de Carvalho era o mal", avisou o antigo líder verde e branco.

Na eventualidade de, pela via legal, Bruno de Carvalho tentar regressar ao Sporting, Soares Franco deixa já vem evidente o desejo de não o ter de regresso a Alvalade.

"Espero que não. Desejo que nunca volte. Mas vamos ter de conviver com ele. Ele prestou um péssimo serviço como presidente do Sporting".

"O Benfica fez um comunicado em que faz dos sócios atrasados mentais". Rui Gomes da Silva, candidato a presidente do Benfica nas eleições de outubro próximo, está preocupado com a saída de Luís Nazaré da presidência da Mesa da Assembleia Geral. O antigo vice-presidente do Benfica aplaude a decisão de Nazaré em querer organizar uma assembleia geral virtual para discutir e aprovar o orçamento para 2020/2021, algo com entendimento diferente por parte da Direção, que preferia um encontro presidencial com os sócios.

«A minha reação é de preocupação pelo que significa. Luís Nazaré queria uma assembleia geral que protegesse os sócios do Benfica de acordo com indicações da Direção Geral de Saúde, com votação e debate eletrónicos, algo permitido pelos estatutos do clube. Luís Nazaré dava-me certezas de independência, agora temo que tal não venha a acontecer», afirmou Rui Gomes da Silva.

O candidato às eleições do clube critica o comunicado do Benfica desta manhã, em que os encarnados admitiram que encontraram as condições pedidas por Luís Nazaré, mas que estas já não fazem sentido devido à demissão do dirigente.

«O Benfica fez hoje um comunicado em que faz dos sócios atrasados mentais. Nesse comunicado, o Benfica assegura que disponibilizava os meios necessários pedidos pela Mesa da Assembleia Geral, mas que estes agora não eram necessários porque Luís Nazaré se demitira. Quem está nesta Direção do Benfica julga-se o próprio Benfica», referiu o advogado. Rui Gomes da Silva espera que a Mesa da Assembleia Geral mantenha o pedido de Luís Nazaré: «A Mesa da Assembleia Geral tem agora de exigir as mesmas condições. Se for assim, mostram independência. Se tal não acontecer, podem ser marionetas ao serviço da Direção.»

Sobre Duque Vieira, sucessor de Luís Nazaré, Rui Gomes da Silva manifesta respeito pelo novo presidente da Mesa da Assembleia Geral do Benfica: «Tenho todo o respeito por Duque Vieira. Espero que seja independente e imparcial. Será ele quem irá organizar o ato eleitoral.»