18 maio 2020

Gelson explica porque não regressou ao Sporting, fala do Benfica e das saudades de Alvalade; Passe de Acuña desvaloriza 5M€ (valerá 15M€); Indecisão de Mathieu atrapalha contas da SAD; "O Sporting parecia que estava na era dos Flintstones, na idade da pedra"

André Bernardo, administrador executivo da SAD, na segunda parte da entrevista concedida à Sporting TV, acentuou a necessidade do clube apostar na formação de atletas, não apenas no que ao futebol diz respeito.
"Não víamos há dois anos que poderia haver outro caminho [que não fosse a formação]. Concretizámos esse caminho pelo investimento que tem sido feito, um modelo centrado no jogador, identificação de talentos de elevado potencial, temos seis na equipa A e alguns deles saltaram dois escalões. Tornou-se apenas mais evidente. Só há um Sporting, o futebol é uma modalidade. O modelo é para se estender às modalidades, é o ADN do clube. A sustentabilidade do clube depende disso", frisou.
O dirigente, que entrou para o executivo após a saída de Miguel Cal, detalhou algumas mudanças que têm sido feitas ao longo dos quase dois anos de mandato de Frederico Varandas.
"Quando chegámos ao clube, alguns dos funcionários diziam-nos que o Sporting era uma casa de papel, pela qualidade de fluxo de papéis que existia, e outra expressão era que o Sporting parecia que estava na era dos Flintstones, ou seja, estava na idade da pedra. A equipa de tecnologias de informação reportava ao diretor de segurança, nunca vi tal coisa. Criámos um data center que agora tem câmaras de filmar, não tinha. Alguns que não eram funcionários do clube ainda tinham a chave de acesso, agora o acesso é biométrico. Tínhamos processos que demoravam um mês a fazer manualmente, simplificámos e automatizámos. Não vale a pena querer meter um motor de um Ferrari num chassis de um Fiat Punto. Não aproveitamos o motor da Ferrari e rebentamos com o Fiat Punto", disse, rematando sobre a mudança de cadeiras para cor verde do Estádio José Alvalade.
"É uma ambição que temos, tanto para o site, app, como para o wi-fi e as cadeiras temos propostas, cadernos de encargos, noção da dimensão financeira que cada um dos projetos implica. Não metemos apenas no papel, temos valores. Implicam investimentos elevados, consideráveis, por isso é que temos de fazer até 2022. Com a covid-19 ficamos mais limitados. Não são meramente promessas."

Marcos Acuña, 28 anos, é um dos ativos mais valiosos do plantel do Sporting. A administração dos leões tinha em mente, no caso de surgirem interessados pelo lateral/extremo-esquerdo, colocar a fasquia negocial nos 20 milhões de euros, mas a crise provocada pela pandemia de Covid-19 fez rever em baixa a avaliação do passe do jogador, que está agora nos €15 milhões como base para início de futuras possíveis conversas, escreve A Bola.
É uma realidade que se começa a verificar e que naturalmente afetará o mercado de transferências do próximo verão: as cotações dos jogadores serão revistas em baixa, que os tempos são de crise financeira.
No caso do internacional argentino, o novo valor está estabelecido e pode reavivar o interesse de alguns clubes que, devido à conjuntura, estavam a desinteressar-se da corrida pelo lateral/extremo. Era o caso da Roma, do treinador português Paulo Fonseca, que estava  a sair de cena mas que agora, reavaliando o cenário, poderá retomar o interesse. O outro clube que está na pista do camisola 9 dos leões é o Inter, que no último mercado de inverno tentou um empréstimo, com taxa de €1 M e opção de compra de €10 M, que foi recusado pela administração sportinguista.
Com contrato até 2023 - cláusula de rescisão de 60 milhões de euros -, Acuña é peça fulcral na equipa do Sporting, titular indiscutível na lateral esquerda, dono desse corredor agora que Rúben Amorim chegou para treinar os leões a jogarem num sistema que privilegia uma defesa a três. Mas se está certo para as derradeiras dez jornadas do campeonato, o mesmo não se passa para a nova temporada, em que seria sempre importante no campo puramente desportivo mas em que pode também sê-lo do ponto de vista financeiro, valendo importante encaixe à administração da sociedade desportiva dos verdes e brancos.         

A indefinição em torno do futuro profissional do defesa-central Jérémy Mathieu está a atrapalhar os planos da SAD no que à preparação da próxima temporada diz respeito. Segundo O Jogo, os dirigentes leoninos olham para a definição do lote de defesas centrais à disposição do técnico leonino, Rúben Amorim – que pretende conta com seis elementos capazes de desempenhar as funções –, como o principal foco de indefinição, entre as muitas que a covid-19 colocou ao nível da planificação da equipa principal dos leões, isto sem falar na questão financeira.
Em final de contrato e com 36 anos carregados de problemas físicos num dos tendões de Aquiles, Mathieu já tinha deixado claro a nível interno que a sua continuidade como profissional de futebol estava em causa, ponderando mesmo acabar com a carreira no final da presente estação. Comunicou-o internamente e os dirigentes leoninos preparavam-se para a saída do experiente internacional francês. Mas as afirmações de Mathieu sobre a continuidade proferidas em abril, em que deixou clara a intenção de acabar a carreira em campo, a jogar – “Dadas as circunstâncias seria uma pena parar assim, especialmente se o campeonato não retomar. Sinto menos dor no tendão de Aquiles e sinto-me capaz de continuar por mais um ano. Este período de descanso forçado ainda me faz bem fisicamente. Agora, também vai depender das oportunidades que terei”, afirmou ao “L’Equipe” –, deixaram os leões na expectativa. Mathieu, como o nosso jornal deu conta, aceita baixar o vencimento de um milhão de euros livres de impostos, e a SAD até admite oferecer-lhe mais um ano de contrato ou, no limite, encerrando a carreira, integrá-lo na estrutura do futebol do clube, procurando beneficiar da experiência internacional e conhecimento desportivo do atleta.
Seja como for, de momento, até pela importância que é dada ao jogador no seio do clube, os dirigentes leoninos gerem o processo em torno de Mathieu com cautelas, deixando claro, em termos comunicacionais, que o mesmo só será decidido no final da época. Porém, o espaço competitivo entre o final da estação em curso e a próxima será, ao que tudo indica, reduzido, dependendo ainda dos calendários para as provas da UEFA e da FPF, levanta preocupações em termos de planificação da próxima estação, sendo que o defeso poderá ter apenas entre duas a três semanas de duração.

“Disse a Cintra que não voltava atrás”. Numa tentativa desesperada, o antigo presidente da Comissão de Gestão do Sporting, Sousa Cintra, tentou ainda resgatar Gelson Martins, mas o extremo fechou-lhe a porta de imediato. O internacional português, em entrevista ao jornal O Jogo, garante nunca ter sido assediado pelo Benfica.
"Se Sousa Cintra me tentou resgatar? Tivemos uma reunião. Ele pretendia que eu voltasse a qualquer custo, mas eu já tinha tomado a decisão de sair. Disse-lhe também que não iria voltar atrás com a minha decisão por dinheiro nenhum. Estava magoado. Mas tudo isso é passado", começou por dizer acrescentando de seguida que "será difícil" cruzar-se com Bruno de Carvalho.
"Regresso ao Sporting? Não sei. Não planeio muito a minha vida. Deixo as coisas acontecerem. Veremos... O que tive de acontecer vai acontecer. Vivo o momento".
Gelson aproveitou ainda para desmentir assédio por parte do Benfica após a rescisão com o Sporting, mas não fecha as portas no futuro ao clube da Luz.
"Não é verdade, nunca fui assediado pelo Benfica. Se jogaria lá? Como disse anteriormente, vivo o momento. Não faço planos a esse nível".
Gelson admite que sente saudades de quase tudo no Sporting, "das pessoas, dos adeptos, do estádio".

5 comentários:

  1. Credibilidade

    "A mensagem do presidente do Sport Lisboa e Benfica não podia ser mais clara - ninguém está acima desta bandeira. Luís Filipe Vieira convidou-nos todos a encarar o futuro com confiança, deixando um desafio que devemos considerar sempre - a união. O Presidente fez questão de esclarecer que há um campeonato que temos que conquistar, o da credibilidade. Quem honra todos os compromissos, como tem acontecido desde Novembro de 2003, tem legitimidade para dizer o que disse e da forma que disse. Luís Filipe Vieira revelou a ambição de voltar a vencer e escolheu o Benfica Campus para gravar a mensagem para a BTV. Não foi por acaso que o fez. O presidente pôs as fichas todas na nossa academia, e os resultados estão à vista. Pegou num clube falido, sem ponta de credibilidade, e transformou-o num caso de sucesso. Um verdadeiro modelo de gestão que permitiu apresentar lucro nos últimos seis exercícios da SAD.

    O presidente e a sua competente equipa de gestores não se contentam com os resultados alcançados do ponto de vista desportivo, económico, financeiro e patrimonial.
    Partiram para uma inovadora OPA que iria revolucionar a gestão das SAD em Portugal, visando, sobretudo, reforçar a posição accionista do clube. Além disso, ambicionavam consolidar a política ed recuperação encetada desde 2009 e que nos permitiu alcançar a hegemonia do futebol português, com a conquista de 18 títulos, entre Março de 2010 e Agosto de 2019. A ambição de continuar esta política e de evitar eventuais investidas hostis sobre a nossa apetecível SAD era outra dos objectivos. Infelizmente, a CMVM chumbou a OPA com uma interpretação errada da lei. Esta derrota deve dar-nos ainda mais força, pois é nas contrariedades que se vê a fibra dos lutadores e a garra dos campeões."

    Dr. Pedro Guerra, in O Benfica

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    1. A alimária a falar de credibilidade e de opas prós amigos??? ehehehehehehehe

      pobres toupeiras corruptas

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    2. Hehehe.. um mongo dragarto a chamar corruptos aos outros!!! Lolol.. filha, chama-lhe puta antes que te chame a ti!! Lololol

      Pobres dragartos, patéticos e falidos!

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  2. Calma, GORDO avençado. Volta lá para a cave de onde sais-te... O "Case Study" da Europa está aonde? No New York Times ou no Der Spiegel? E já agora, o Benfica é sempre feito de "derrotas" que "nos dão ainda mais força". Pena é que essa força nunca se veja, como acontece ano após ano na Champions. Aproveita e pergunta a quem te pagou a avença deste mès quando é que se fala no aperto ao pescoço do sócio. E dos 7 titulos em 17 anos, a tal "hegemonia" contra um clube falido que se arrisca a ganhar 2 campeonatos em 3 anos, e contra um clube completamente morto como o Sporting.

    Essa conversa só a come a quem o "patrão paga". E já agora aproveita e pergunta ao senhor de orelhas grandes onde andava ele na altura do Vale e Azevedo, quando o RGS andava nas AGs com outros GRANDES Benfiquistas... estava na tribuna das Antas? Pois, comer croquetes à pala e comissões é sempre melhor do que defender o maior clube de Portugal...

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    1. Mmmmmméééééé.. mméééééééé.. mmmééééééé..
      Mméééé.. méééééééé.. mééééé

      FALIDOS PATÉTICOS!

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