Defesa não convence e Benfica vai vendê-lo; "Sou conhecido no mundo graças ao Benfica", diz JJ que relembra ainda o golo...de Kelvin; Naming do Dragão sempre em cima da mesa

Vulgar no estrangeiro, mas muito raro em Portugal, vender o ‘naming’ de um estádio pode revelar-se um importante encaixe financeiro para uma sociedade desportiva e Angelino Ferreira continua a defender essa solução para o FC Porto. No entanto, o antigo administrador reconhece que há dificuldades em concretizar esse objetivo.

"Mantenho a posição que tenho há 15 anos. É evidente que seria bom, proveitoso e interessante conseguir um ‘naming’ para o estádio, é mais uma fonte adicional de receitas através de um equipamento. Devemos continuar nesse percurso para encontrar um ‘naming’ para o estádio, mas temos de reconhecer que não é uma matéria muito fácil. Em mercados desenvolvidos como a Alemanha, podemos falar de ‘namings’ na ordem dos 12 ou 15 milhões de euros, em Portugal há um clube que tem falado nessa possibilidade, mas para isso precisa de encontrar um parceiro no mercado e pelo preço adequado. Creio que é muito difícil para um clube português conseguir encontrar uma parceria na ordem dos 6 milhões de euros. É verdade que seria conveniente e interessante ter um ‘naming’ para o estádio, mas o próprio mercado não reconhece muito facilmente esse valor de investimento", revelou Angelino Ferreira, defendendo, no entanto, que essa parceria só tem interesse caso os valores envolvidos sejam adequados ao prestígio dos clubes.

No caso do FC Porto, essa possibilidade nunca foi aventada em público, talvez pelas dificuldades que lhe estão inerentes.

Estádio do Dragão foi um nome "devidamente ponderado e foi uma parte que coube mais ao senhor presidente", recordou Angelino Ferreira, negando que alguma vez tenha sido equacionado o nome Pinto da Costa, até porque o próprio não o aceitaria. Se isso poderá vir a acontecer no futuro? "As coisas não são imutáveis, mas não me parece que seja fácil...", vincou.

Cristián Lema já tem o destino traçado pela SAD benfiquista: é para vender. Segundo o Record, é este o objetivo dos responsáveis encarnados, sendo que esta demanda é válida já para a próxima janela de transferências, em janeiro.

Neste momento, este é um cenário que vai sendo trabalhado e há noção de que poderão não surgir propostas para transferência definitiva do defesa-central, de 28 anos, no imediato. Porém, não deixa de entrar nas contas um modelo que contemple, por exemplo, uma cedência por meio ano com opção de compra no final da época.

Garantido como jogador livre (terminou contrato com o Belgrano) no último verão, Lema foi titular no clássico, onde acabou por ser expulso, e saltou do banco em Atenas, contra o AEK.

"Sou conhecido no mundo graças ao Benfica". Jorge Jesus diz-se feliz na Arábia Saudita, onde lidera o imparável Al-Hilal, mas não coloca de lado a possibilidade de regressar ao futebol português. O técnico português concedeu, esta sexta-feira, uma longa entrevista ao jornal A Bola e não deixou nada por dizer. 

Questionado sobre as palavras de Luís Filipe Vieira, presidente do Benfica, que, em entrevista à TVI, deixou no ar a possibilidade de Jesus regressar à Luz, o antigo técnico do Sporting recorda que, neste momento, as águias têm treinador. 

"Bom, primeiro o Benfica tem treinador e tenho de respeitar o treinador do Benfica. Segundo, o Benfica nunca falou comigo para regressar a Portugal. Nunca! Terceiro, foram seis anos de Benfica. Tenho uma amizade muito forte com gente do Benfica, principalmente com o presidente Luís Filipe Vieira, mas isso não dá para pensarmos que só por esse motivo vou regressar ao Benfica. O trabalho no Benfica se calhar levou-me à Arábia Saudita", começou por dizer Jorge Jesus, prosseguindo com o tema. 

"Aquilo que Rui Vitoria está a atravessar eu também já passei no Benfica. Também tive situações complicadas lá", explicou, para deixar uma última certeza sobre os encarnados. 

"Na verdade, foi o que fiz no Benfica que me projetou no mundo. Toda a gente me conhece como coach do Benfica... Sou conhecido no mundo graças ao Benfica", garantiu o técnico de 64 anos. 

Na mesma entrevista, Jorge Jesus foi convidado a comentar alguns episódios que viveu ao longo da carreira. Um dos momentos mais marcantes foi a imagem em que se ajoelhou no Dragão perante o golo de Kelvin que confirmaria, um jogo depois, o título do FC Porto. Jesus não esconde que naquele momento sentiu o título do Benfica fugir para o rival. 

"Lembro-me perfeitamente. É um lançamento a nosso favor, perto da grande área do FC Porto, no banco do Porto tudo morto. Um pontapé de desespero, não me recordo, o meu lateral manda a bola para o Cardozo, que a perde. O Moutinho dá um pontapé e nasce aí o golo. Parecia que me tinham dado um tiro na cabeça. A minha reação foi essa. Às vezes falo com o Vítor [Pereira] sobre isso", confidenciou Jorge Jesus.