Lázio tenta Brahimi já em janeiro; Sporting contrata guarda-redes chinês de 15 anos e 1,94 m; Credor pede falência do Sporting; Bas Dost a chegar. Holandês tem luz verde para treinar e será reintegrado até ao fim da semana

Bas Dost está prestes a iniciar a etapa final da recuperação da lesão muscular na coxa direita que o tem afastado dos relvados há dois meses, desde meados de agosto. Segundo O Jogo, a principal referência do ataque dos leões nas duas últimas épocas, já tem luz verde para subir ao relvado e realizar corrida, mas a sua reintegração nos trabalhos regulares do grupo comandado por José Peseiro só deverá verificar-se mais para o final da semana – salvo algum imponderável, estará prevista para sexta-feira, véspera do próximo compromisso da equipa de Alvalade, para o qual o holandês não estará disponível, o embate com o Loures, agendado para as 20h45 de sábado, em Alverca.

O Sporting reforçou o leque de guarda-redes da formação com Yee Sun Ng. O jogador chinês, de 15 anos, foi negociado ainda no curto período em que Sousa Cintra esteve à frente do clube, antes da chegada de Frederico Varandas à presidência. Primeiro começou à experiência e depois, face às boas indicações, acabou mesmo por ser inscrito na formação. O negócio teve ainda o aval de Mário Jorge, antigo diretor da Academia dos verdes e brancos, que passou a team manager dos sub-19 e sub23 após a entrada de Paulo Gomes. Yee Sun Ng, que nesta fase se tem dividido entre as equipas de sub-15 e sub-16, é uma esperança da China, apesar de ainda não ter currículo nas seleções jovens. Esse será, à partida, o próximo passo, pois está referenciado. O guarda-redes chega do Rangers Club, um emblema de Hong Kong com pouca expressão, e a verdade é que impressiona até pela altura que apresenta: 1,94 m (!). Segundo o Record, Yee Sun Ng tem dado boas indicações e, apesar da tenra idade, o Sporting deposita grandes esperanças no seu futuro.

Por agora, o jogador está apenas a treinar-se com os dois plantéis já referidos, já que só em janeiro é que poderá ser utilizado. A sua chegada foi intermediada pela empresa Blueprivate.

Yee Sun Ng concilia a prática do futebol com as aulas de Kung Fu, uma das suas grandes paixões. No entanto, a sua grande aposta passa mesmo pelo desporto-rei. Está em Portugal há sensivelmente um mês e nesta fase de adaptação a uma nova realidade tem contado com a ajuda dos pais, que já estão inclusive a residir no nosso país. E a perspetiva é mesmo de continuar e acompanhar a carreira do filho. De referir que Yee Sun Ng é o único guardião da sua geração a atuar fora da China, neste caso na Europa. 

Credor pede falência do Sporting. Uma empresa especializada na recuperação de créditos pediu a insolvência da SAD do Sporting, por uma dívida de mais de meio milhão de euros. A ação já está no Tribunal do Comércio de Lisboa e o Sporting já contestou.

A ação foi interposta em março, mas o tribunal começou por rejeitá-la. Foi por decisão do Tribunal da Relação de Lisboa que a ação acabou por ser aceite. O Sporting já respondeu e contesta o pedido de insolvência, garantindo que a SAD tem estabilidade financeira. Enumera depois os cinco maiores credores para explicar que nenhum deles pediu a falência do Sporting, porque a SAD lhes dá garantias de estabilidade.

"Nenhum dos cinco maiores credores da SAD alegou qualquer incumprimento, nem sequer recorreu a qualquer meio judicial para recuperar os seus créditos, o que é sintomático da seriedade e honorabilidade dos compromissos assumidos", pode ler-se na resposta dos verdes-e-brancos.

No mesmo documento, fica no entanto a saber-se que a Sporting SAD deve mais de 56 milhões ao Novo Banco. Ao Milenium a dívida ultrapassa os 29 milhões, sensivelmente o mesmo que o Sporting deve a um banco de investimento com sede na Alemanha.

O quarto maior credor é da casa. É a Sporting Comunicações Plataformas a quem a SAD deve 12 milhões. Segue-se um fundo de investimento irlandês, em que a divida é de 6 milhões.

O processo está neste momento nas mãos do juiz do Tribunal do Comércio que vai decidir se avança ou não com a insolvência. Podem também juntar-se outros credores, numa altura em que se sabe que o Sporting deve pelo menos 40 milhões a fornecedores.

O risco de falência é cada vez maior, numa altura também em que se aproxima a renegociação da dívida com a banca. Em novembro, o Sporting tem de fazer novo empréstimo obrigacionista.

O cerco a Brahimi ameaça começar a apertar-se nas próximas semanas. A Lazio está de olho no extremo e as páginas de mercado em Itália têm sido agitadas por esse interesse ao longo dos últimos dias. A Serie A é um espaço competitivo que está a ser trabalhado para o jogador há vários meses, ao ponto de, a dada altura, ter surgido uma perspetiva concreta de a Roma colocar na mesa uma proposta de 20 milhões, valor curto em face dos 30 milhões de euros que o FC Porto exigia.

Foi também essa a fasquia colocada ao West Ham, quando esteve na Invicta para levar Brahimi para a Premier League. Apesar de Sérgio Conceição ter fincado pé na permanência do criativo, Pinto da Costa manteve em aberto a possibilidade de fechar negócio. Todavia, o próprio jogador, depois de mais uma reunião com o treinador, optou por permanecer. Tendo sido então que os londrinos se viraram em força para Marega. Com janeiro a aproximar-se, os candidatos a contratar Brahimi começam a posicionar-se. A Lazio coloca como base negocial um salário limpo de dois milhões de euros/ano e acredita que no início de 2019 poderá realizar mais uma investida, tentando libertar o jogador por um valor de entre 5 a 6 milhões de euros. Como o grande objetivo da temporada do FC Porto é o bicampeonato, trata-se de uma hipótese inviável. Todavia, a realidade é que, no final da época, Brahimi pode sair a custo zero. 

O fator mais desagradável para a SAD neste processo reside numa dupla penalização sem precedentes. Brahimi não renovou e pode sair a custo zero no final da temporada mas, como não houve transferência, o FC Porto tem de pagar uma indemnização à Doyen, detentora de metade do passe, no valor de 6,5 milhões. Esse débito foi acionado pela referida empresa em setembro, mas apenas será saldado daqui a um ano, pelo que entrará no exercício de 2019/20.