01 março 2021

Benfica não cumpre critério da UEFA nas suas contas e terá omitido isso; Na champions os jogos do FC Porto têm mais 10% de tempo útil. FC Porto-Juve teve mais 10' que o FC Porto-Sporting

Os jogos do FC Porto na presente edição da Liga dos Campeões tiveram, em média, quase mais cinco minutos de tempo útil do que os clássicos que o campeão nacional disputou na Liga NOS. Sérgio Conceição criticou o árbitro João Pinheiro após o empate com o Sporting e não escondeu a frustração quando foi levantada a placa com os três minutos adicionais na segunda parte. O jornal O Jogo fez as contas a todos os jogos grandes já disputados no campeonato, comparando-os com os sete que o FC Porto fez na Liga dos Campeões. A conclusão é simples: na Europa os jogos têm mais 10 por cento de tempo útil, de acordo com dados do “Wyscout”.
Em média, os jogos dos portistas na Champions tiveram 50’31’’ de tempo útil de jogo. Contra Benfica, Sporting e Braga a média foi de 45’47’’. Já nos clássicos entre os rivais (excluindo com os dragões), o tempo útil de jogo foi de 51’15’’. Dito de outra forma, e separando os minutos que não se jogaram, a Champions teve 46’28’’ com a bola parada, quase o mesmo que nos três clássicos no campeonato entre os rivais (46’30’’). Já os cinco clássicos do FC Porto só falta ir à Luz - estiveram, em média, parados durante 53’25’’.
O clássico entre o FC Porto e o Sporting teve 48 minutos e 15 segundos de tempo útil e um total de 46 minutos e 45 segundos em que esteve parado, fosse para substituições, assistência a jogadores ou por causa das 36 faltas assinaladas por João Pinheiro. No fundo, jogou-se praticamente apenas uma parte. E este nem foi o pior dos jogos grandes. Em Alvalade, houve apenas 43,9% de tempo útil: dos 98 minutos de duração (contabilizando os descontos das duas partes) a bola rolou apenas 43 minutos e 46 segundos. Com o Benfica, o tempo de jogo ficou perto dos 45 minutos.
Na Liga dos Campeões, a vitória sobre a Juventus foi o jogo que teve mais tempo útil: 53’58. Foram mais dez minutos, por exemplo, do que o Sporting-FC Porto da primeira volta do campeonato. Na Europa, apenas os dois jogos com o Marselha, então de Villas-Boas, tiveram a bola a rolar menos tempo (pouco) do que o clássico deste sábado. Olhando para os jogos dos rivais internos dos portistas, Benfica-Braga foi o que menos parou. Jogaram-se 55’18’’ com “apenas” 40’42’’ de paragens. Este foi, também, o clássico com menos faltas (26). O dérbi de Lisboa foi o único com mais tempo parado do que a jogar.

Benfica não cumpre critério da UEFA nas suas contas. O Benfica deixou de cumprir uma das recomendações da UEFA no âmbito do fair-play financeiro: o rácio dos gastos com pessoal face às receitas operacionais. E omitiu esse facto do relatório e contas referente ao primeiro semestre da época enviado à CMVM, escreve o Correio da Manhã.
A UEFA aponta que os custos fixos com salários e outras despesas relacionadas (prémios de desempenho ou seguros de trabalho, entre outros) não devem exceder em 70% os rendimentos correntes: direitos televisivos, prémios das provas europeias, patrocínios e bilheteira (as vendas de jogadores não são tidas em conta). Entre julho e dezembro de 2020, os gastos com pessoal da SAD (49,7 milhões de euros) representaram 92,7% da receita operacional (53,6 M €), muito acima do teto recomendado pela UEFA.
Em relatórios anteriores, o Benfica destacou a importância de cumprir “um indicador relevante neste setor de atividade, reconhecido como um dos principais rácios para avaliar a eficiência operacional dos clubes ou das sociedades desportivas de futebol, permitindo analisar a sua viabilidade futura”. Esta consideração surgia acompanhada de um gráfico para melhor ilustrar que as águias ficavam abaixo do limite definido pela UEFA, o que era “demonstrativo da eficiência da SAD”.
Ora, tais referências foram retiradas do último relatório semestral. Na subcategoria em causa, que até mudou de nome, apenas é apontado o valor dos gastos com pessoal, sem mencionar o teto recomendado pela organismo máximo do futebol europeu. Também o gráfico foi alterado, passando a reportar o total de gastos operacionais.
Por último, ao que o CM apurou, e como os cortes previstos na despesa com pessoal não serão suficientes para atenuar a perda de receita, este indicador não deverá registar uma melhoria significativa no segundo semestre, mantendo-se acima dos 90%.

4 comentários:

  1. Neste momento de civis qual a equipa que cumpre?

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  2. "O Sport Lisboa e Benfica não pára e segue a todo o vapor, rumo aos próximos quatro anos. No início da semana passada, a Direcção anunciou a redefinição do pelouro das modalidades, com o vice-presidente Domingos Almeida Lima a passar as cinco modalidades de pavilhão para Fernando Tavares, que já tinha o Benfica Olímpico e o futebol feminino. Uma decisão baseada na complexidade das funções que ambos desempenham.

    Domingos Almeida Lima, cujo trabalho realizado no andebol, basquetebol, futsal, hóquei em patins e voleibol é merecedor dos mais rasgados elogios, irá concentrar-se, sobretudo, no apaixonante dossier das Casas, com a implementação do modelo 2.0. Fernando Tavares terá a dura missão de perpetuar e melhorar o ecletismo do Clube, gerindo 32 modalidades e 2500 atletas. Ambos são dirigentes com provas dadas, com uma dedicação fora do comum e, por isso mesmo, foram justamente reconduzidos por Luís Filipe Vieira.

    Fernando Tavares tem um percurso profissional na área da organização e gestão de empresas que fala por si, com uma experiência sobretudo enquanto gestor da grande multinacional BP, onde exerceu cargos de elevada responsabilidade em Paris, Londres, Bruxelas, Madrid, Milão e Lisboa. Quando assumiu funções no Benfica, em 2003, foi o responsável pela contratação de figuras emblemáticas - Ricardinho (fusal), Telma Monteiro (judo), Nélson Évora (atletismo) e Diogo Rafael (hóquei em patins). Regressou em 2016 e, além de ter contratado duas grandes estrelas - Pedro Pablo Pichardo (atletismo) e Fernando Pimenta (canoagem) -, pôs em marcha o futebol feminino com o êxito que é reconhecido. A Domingos Almeida Lima e a Fernando Tavares desejo os maiores sucessos, pois as suas missões, nos dias de hoje, são desafios só ao alcance dos homens corajosos, destemidos e resilientes."

    Dr. Pedro Guerra, in O Benfica (26 de fevereiro de 2021)

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    1. O Dr. Pedro Guerra está para os benfiquistas como o fosso de Alvalade está para os sportinguistas: ambos provocam um sentimento de revolta por ter havido alguém a pensar que seriam necessários para os respetivos clubes, e já todos perceberam que será preciso um milagre para os fazer desaparecer.

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  3. E depois à os outros que passam os 120 por cento mas que ja estao sobre a alcada da uefa mas como o presidente "das facturas as Brasileiras" FPF e tambem administrador financeiro de um dos 3 clubes mais corruptos do mundo os zéro zéros jornalistas amestrados e vendidos por umas chapadas e desapertos das rodas dos carros publicam estas tretas de idiotas.

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