12 março 2025

O desenho do 'novo Sporting'. Quem entra e quem sai; Gyokeres reprovado para a o United; A demissão no Dragão; FC Porto prejudicado em Braga e o "penálti residual" do Benfica

Um novo Sporting começou a ser desenhado esta época, um novo Sporting ganhará forma na temporada 2025/2026. Sem Ruben Amorim e sem Hugo Viana; como Rui Borges e Bernardo Morais Palmeiro e Flávio Costa a reportarem diretamente a Frederico Varandas.
Diretor-geral e diretor de scouting entraram oficialmente em funções no dia 4 de fevereiro, com a carruagem em marcha e com um objetivo bem definido: o bicampeonato. Mas as tarefas desta nova estrutura vão para lá deste foco atual, vão já ao planeamento e estratégia da nova temporada, que já está em marcha. O jornal A Bola conta como é o plano deste novo Sporting.
Foco na conquista de um bicampeonato inédito em 70 anos no Sporting. A mensagem é clara, os jogadores assim estão concentrados e a estrutura leonina empenhada em dar todas as condições à equipa técnica de Rui Borges para esse desígnio. Mas ao mesmo tempo que dá estabilidade aos atores de campo, a administração prepara a nova época, desafiante, nos bastidores. Desde logo com dossiês herdados de Hugo Viana...
O agora diretor desportivo do Manchester City foi ainda o responsável pelas contratações de inverno, de Rui Silva e Biel, o guarda-redes contratado ao Betis por 4,75 milhões de euros fixos, mais €1 M em objetivos, e o extremo ao Bahia por €6 milhões mais €2 M em variáveis. Saiu no primeiro dia após o fecho da janela de janeiro do mercado mas deixou em marcha algumas pastas, como o lateral-direito do Panathinaikos, Georgios Vagiannidis, e do médio do Levante Giorgi Kochorashvili. Grego e georgiano podem reforçar os verdes e brancos, assim a nova estrutura entenda avançar definitivamente para esses reforços que Viana preparou terreno.
Depois mais mercado, a nova abordagem no verão e com o desejo de que seja para defender o título nacional. Viktor Gyokeres é o homem do momento e vai ser o homem do mercado. Há pacto entre SAD e jogador para uma saída abaixo dos 100 milhões de euros da cláusula de rescisão, por valor na ordem dos 70 milhões, que pode ser inflacionando assim haja concorrência... Mas mesmo por baixo, pelos 70 milhões, será um encaixe a ter cedo na janela do mercado e que permitirá não apenas encarar as contratações de outra forma como deixar as contas do clube num nível de equilíbrio que esta administração não conheceu ainda, apesar da estabilidade que se vive no momento.
Há por isso perspetiva de recorde de vendas neste mercado. É esse um dos pilares desta administração, que já por três temporadas ultrapassou a barreira dos 100 milhões de euros em vendas (€115 M em 2019/2020; €124 M em 2023/2024), como expoente em 2022/2023 - foi a mais proveitosa de todas: encaixe de 86 milhões de euros, muito por culpa das vendas de Matheus Nunes (€45 M), o encaixe de Nuno Mendes (€38 M de um total de €45M), a venda do passe de Palhinha por €21M e de Gonzalo Plata por €9M; no total, as vendas ascenderam aos 139 milhões de euros, as compras aos 53 milhões de euros, as mais caras a de Jeremiah St. Juste e de Rúben Vinagre (ambas €10 milhões).
Agora, somando à certeza da venda do passe de Viktor Gyokeres à inevitável saída de Geovany Quenda por cerca de 60 milhões de euros - está reservado pelo Manchester United de Ruben Amorim, garante A Bola — e também à previsível saída de um dos centrais, entre Diomande e Gonçalo Inácio, por valor não inferior a 40 milhões, temos já uma perspetiva de €170 milhões de euros a entrarem nos cofres do emblema de Alvalade.
São muitos milhões a equilibrar ainda mais as contas e a permitirem um ataque cirúrgico aos reforços. Haverá saída de elementos importantíssimos, sabe a nova estrutura isso, terá de as colmatar.
E o exemplo de investimentos na ordem dos 20 milhões, como as de Gyokeres ou de Hjulmand, serão tidos em conta na hora de agir, sempre dentro dos limites do clube, mas na segurança de serem jogadores para entrar na equipa e serem efetivamente... reforços.
São estas as bases para a nova temporada, é este o plano para o que falta jogar esta época e sobre - tudo para o futuro. O novo Sporting está em marcha e a primeira época sem o selo de Amorim vem aí. É o início de uma nova era desportiva com o cunho de Rui Borges. Que a quer começar com o escudo de campeão no peito...

Gyokeres reprovado para a o United. "Não acho que seja o homem certo", afirmou Rio Ferdinand, histórico defesa-central do Manchester United, sobre a hipótese de Gyokeres rumar ao clube de Old Trafford A presença de Rúben Amorim no banco dos "red devils" tem servido de combustível para atear os rumores sobre a possibilidade de o emblema inglês avançar para a contratação do internacional sueco, mas Ferdinand não está convencido de que seja aquilo que a sua antiga equipa mais necessita.
"Não vi muitos jogos dele, mas vi-o com muita atenção em três jogos. Nessas vezes em que o observei, fiquei com a ideia de que não terá tantas oportunidades na Premier League", afirmou o antigo internacional inglês sobre o atacante do Sporting, no seu canal do "YouTube".
E prosseguiu, questionando a gama de atributos do melhor goleador mundial das últimas duas épocas: "Quando é físicamente igualado, não vejo isso [muitas oportunidades]. O que mais tem?"
Rio Ferdinand jogou 13 temporadas pelo Manchester United, onde foi companheiro de Ronaldo e Nani, tendo colecionado um palmarés invejável - Mundial de Clubes, Champions, seis campeonatos ingleses, cinco Supertaças, três Taças da Liga e uma Taça de Inglaterra. E por isso uma das vozes mais ouvidas no que toca a comentar a atualidade dos "red devils", a cujo plantel estende as dúvidas relativas à capacidade física que julga faltar a Gyokeres. "É isso que questiono. Ele tem o suficiente quando é igualado fisicamente para marcar um golo? O físico é uma coisa enorme no jogo hoje. Uma equipa do Rúben Amorim precisa de jogadores físicos e velozes, não há disso neste plantel. Simplesmente não existe", concluiu.

A demissão no Dragão. José Maia abandonou o cargo de diretor de scouting do FC Porto e vai voltar ao City Football Group, onde tinha sido contratado. José Maia apresentou a demissão há cerca de uma semana, mas a notícia foi divulgada primeiro na rede social X, pelo antigo diretor de comunicação do FC Porto, Francisco J. Marques, que disse estranhar o silêncio da SAD sobre o tema.
«José Maia já bateu com a porta e já abandonou o FC Porto, que para já nada disse, achando que a saída de uma das cinco trave-mestras pomposamente anunciadas por André Villas-Boas para o sucesso do clube não necessita de informação aos sócios e adeptos», apontou.
Francisco J. Marques sugere que na base da saída de José Maia estará a ingerência do sobrinho de André Villas-Boas: «Confesso que não sei as razões da saída de José Maia, mas internamente diz-se que tem a ver com o desagrado com a cada vez maior influência de Gonçalo Ricca, um jovem treinador/scouting que não sendo funcionário do FC Porto participa em reuniões e assume posições cada vez mais seguras, como se beneficiasse de proteção divina... O nome por extenso é Gonçalo Villas-Boas Ricca e é sobrinho do presidente do FC Porto.»
E ainda deixou uma alfinetada ao papel do espanhol Andoni Zubizarreta na estrutura do futebol profissional dos azuis e brancos: «O diretor desportivo anunciado foi Andoni Zubizarreta, mas, na prática, mais não é do que um subalterno de Henrique Monteiro, que veio para o FC Porto aplicar a sua grande experiência adquirida no Académico de Viseu como diretor de marketing — e a verdade é que os resultados desportivos estão em linha com os da equipa beirã...»

FC Porto prejudicado em Braga e o "penálti residual" do Benfica

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