O mês de janeiro será decisivo para o que resta da temporada, dado que o Benfica vai ter em jogo a discussão da conquista (ou não) da Taça da Liga – competição que as águias, recordistas com sete troféus, não vencem desde 2015/16 –, continuidade na Taça de Portugal e Liga dos Campeões, além de ter de se manter na corrida pelo título nacional. Será também um período durante o qual a SAD encarnada, apurou O Jogo, tem planeado colocar mais armas à disposição de Bruno Lage.
Foi com duas derrotas consecutivas, Sporting e Braga, que o Benfica chegou ao fim da primeira volta da Liga, registando o segundo pior desempenho das últimas onze temporadas. Desde que a prova passou a ter 34 jornadas no total só na época marcada pela Covid, em 2020/21, dobrou a fronteira com 34 pontos, menos quatro que soma atualmente. O desperdício de oito pontos nas últimas quatro rondas colocou um travão na recuperação que as águias vinham a realizar desde a saída de Roger Schmidt, mas a conquista do título continua a ser uma prioridade para Rui Costa e restante estrutura, que não deixam ainda soar os alarmes mesmo estando a três pontos do Sporting e podendo ficar a cinco do FC Porto, caso os dragões vençam o Nacional em jogo em atraso.
Nesse sentido, o presidente dos encarnados tem analisado as lacunas existentes no plantel e, embora não equacione muitas mexidas, está disposto a atacar o mercado. Em cima da mesa dos investimentos não deverão estar os 36,2 milhões de euros – que é um recorde do Benfica neste período – aplicados em janeiro do ano passado nas vindas de Marcos Leonardo (18 M€), Prestianni (9,5 M€), Rollheiser (8,7 M€) e Álvaro Carreras (empréstimo), mas poderá aproximar-se dos 24 milhões gastos no ano anterior em Schjelderup (14 M€) e Tengstedt (10 M€).
Numa primeira avaliação, a SAD detetou a necessidade de proceder à contratação de reforços para várias posições, mas ainda estará por ratificar quais serão, efetivamente, colmatadas no imediato. Duas deverão ser garantidas, nomeadamente a vinda de um lateral-direito que compense a devolução de Issa Kaboré ao Manchester City – o vimaranense Alberto Costa é um alvo – e de um extremo, com qualidades para provocar desequilíbrios tanto à direita como à esquerda, que possa funcionar de forma efetiva como sombra de Di María e também de Akturkoglu. A quebra de rendimento do argentino e do turco teve influência direta nas atuações da equipa e as opções lançadas, a espaços, por Bruno Lage, como Beste e Schjelderup, não tiveram qualquer impacto nos jogos.
O mercado poderá trazer novidades em relação aos jogadores que têm somado poucos minutos, como os dois referidos e ainda Rollheiser, mas também em relação ao eixo da defesa e do ataque. A Juventus está a pressionar para levar da Luz António Silva, que está recetivo à mudança de ares porque perdeu a titularidade, mas também Otamendi deverá sair até final da época, daí que a SAD esteja no mercado em busca de um defesa-central que, face ao volume de mudanças, poderão passar a duas unidades. Na linha da frente, a escassez de golos dos pontas-de-lança tem merecido debate interno, mas o mercado pode empurrar para a Luz um goleador. Tudo depende da cobiça em torno de Arthur Cabral. O Flamengo, segundo foi ontem noticiado no Brasil, será um de vários emblemas que estão muito interessados no jogador e poderão avançar a breve prazo. As águias ainda pedem acima de 15 milhões de euros pelo dianteiro brasileiro que custou 20 milhões e é aqui que reside a grande interrogação. Ficando Pavlidis, Amdouni e Arthur Cabral, terá de ser Bruno Lage a resolver a seca de golos com este trio.
Bruno Lage debaixo de fogo. O Benfica sofreu, no último sábado, diante do Sp. Braga, a segunda derrota consecutiva na Liga Portugal Betclic, depois do desaire frente ao Sporting. Estes dois insucessos acentuaram a insatisfação interna, deixando Bruno Lage debaixo de fogo, sendo visto como o maior culpado da quebra.
As duas derrotas reforçam o desconforto que já estava instalado. O Record escreve que, além dos resultados, o fraco nível exibicional em jogos anteriores, casos de Bolonha, V. Guimarães ou AVS SAD, já tinha causado desagrado nos dirigentes.
Além de ter deixado escapar a liderança, o Benfica ficará a cinco pontos do lugar mais alto, se o FC Porto vencer o Nacional. Ou seja, o treinador, de 48 anos, arrisca voltar ao início, já que cinco eram os pontos que separavam o Benfica do líder Sporting, quando rendeu Roger Schmidt após a 4ª jornada da Liga.
A preocupação domina os dirigentes e não só. Círculos próximos de Rui Costa e seus pares têm feito sentir inquietação, também pelas escolhas e gestão do plantel, traduzindo-se em pouca rotação. Como pode ver-se no quadro do plantel na página ao lado, há 11 jogadores com mais de 1.500 minutos, num fosso para os restantes – António Silva é quem mais se aproxima, com 1.085.
O discurso para fora também tem deixado a desejar, sobretudo pelo que foi dito antes e nas análises aos últimos dois jogos. Antes do dérbi, falou sobre as viagens de Otamendi e Di María à Argentina. Depois, mostrou leitura diferente à do capitão e do extremo quanto à exibição na primeira parte de Alvalade, o que motivou explicação antes do duelo com os minhotos. Após a contestação no último sábado, Lage procura vencer uma prova (Allianz Cup) de que foi eliminado nas ‘meias’, em 2018/19, e na fase de grupos, em 2019/20.
Bruno Lage voltou a perder diante do Sp. Braga, pela segunda vez consecutiva. Como treinador das águias, o setubalense ganhou os três primeiros duelos, dois para o campeonato e um para a Taça de Portugal. Mas depois veio a tempestade. Em 2019/20, perdeu (0-1), em casa, com o Sp. Braga de Ruben Amorim, na jornada seguinte à derrota (2-3) no Dragão, vendo a vantagem para o FC Porto encurtar para 1 ponto. Agora, depois do desaire em Alvalade, seguiu-se novo insucesso com o conjunto minhoto.
O Benfica perdeu nove pontes, depois de sofrer um ou mais golos na primeira parte. Trata-se de um impacto enorme, sabendo-se que as águias deixaram escapar 13 pontos na primeira volta da Liga Portugal Betclic, o que vale o 3º lugar da competição.
Os encarnados iniciaram a prova de regularidade com uma derrota (0-2), em Famalicão. Os minhotos marcaram logo aos 12 minutos, por intermédio de Sorriso, e fecharam a contagem por Zaydou, aos 90.
Nos últimos dois jogos, diante de Sporting e Sp. Braga, o Benfica permitiu que os adversários se adiantassem no marcador antes do intervalo. Apesar da reação, não conseguiu anular as desvantagens, acabando por perder, por 1-0 e 2-1. Nos restantes quatro jogos em que isso aconteceu, ganhou (ver quadro). Aliás, diante de Santa Clara, Gil Vicente e Farense deu a volta, após ter estado em desvantagem.
Em termos percentuais, nenhuma outra equipa do campeonato é tão permissiva quanto antes do descanso. Os 8 golos sofridos nesse período representam 73 por cento do total (11). O AVS SAD vem logo a seguir, com 71%. No caso do Sporting, é de 64% , e no do FC Porto 22%.
Os outros 4 pontos voaram devido aos empates em Moreira de Cónegos e Vila das Aves, ambos a uma bola, golos sofridos depois do descanso.
As duas derrotas reforçam o desconforto que já estava instalado. O Record escreve que, além dos resultados, o fraco nível exibicional em jogos anteriores, casos de Bolonha, V. Guimarães ou AVS SAD, já tinha causado desagrado nos dirigentes.
Além de ter deixado escapar a liderança, o Benfica ficará a cinco pontos do lugar mais alto, se o FC Porto vencer o Nacional. Ou seja, o treinador, de 48 anos, arrisca voltar ao início, já que cinco eram os pontos que separavam o Benfica do líder Sporting, quando rendeu Roger Schmidt após a 4ª jornada da Liga.
A preocupação domina os dirigentes e não só. Círculos próximos de Rui Costa e seus pares têm feito sentir inquietação, também pelas escolhas e gestão do plantel, traduzindo-se em pouca rotação. Como pode ver-se no quadro do plantel na página ao lado, há 11 jogadores com mais de 1.500 minutos, num fosso para os restantes – António Silva é quem mais se aproxima, com 1.085.
O discurso para fora também tem deixado a desejar, sobretudo pelo que foi dito antes e nas análises aos últimos dois jogos. Antes do dérbi, falou sobre as viagens de Otamendi e Di María à Argentina. Depois, mostrou leitura diferente à do capitão e do extremo quanto à exibição na primeira parte de Alvalade, o que motivou explicação antes do duelo com os minhotos. Após a contestação no último sábado, Lage procura vencer uma prova (Allianz Cup) de que foi eliminado nas ‘meias’, em 2018/19, e na fase de grupos, em 2019/20.
Bruno Lage voltou a perder diante do Sp. Braga, pela segunda vez consecutiva. Como treinador das águias, o setubalense ganhou os três primeiros duelos, dois para o campeonato e um para a Taça de Portugal. Mas depois veio a tempestade. Em 2019/20, perdeu (0-1), em casa, com o Sp. Braga de Ruben Amorim, na jornada seguinte à derrota (2-3) no Dragão, vendo a vantagem para o FC Porto encurtar para 1 ponto. Agora, depois do desaire em Alvalade, seguiu-se novo insucesso com o conjunto minhoto.
O Benfica perdeu nove pontes, depois de sofrer um ou mais golos na primeira parte. Trata-se de um impacto enorme, sabendo-se que as águias deixaram escapar 13 pontos na primeira volta da Liga Portugal Betclic, o que vale o 3º lugar da competição.
Os encarnados iniciaram a prova de regularidade com uma derrota (0-2), em Famalicão. Os minhotos marcaram logo aos 12 minutos, por intermédio de Sorriso, e fecharam a contagem por Zaydou, aos 90.
Nos últimos dois jogos, diante de Sporting e Sp. Braga, o Benfica permitiu que os adversários se adiantassem no marcador antes do intervalo. Apesar da reação, não conseguiu anular as desvantagens, acabando por perder, por 1-0 e 2-1. Nos restantes quatro jogos em que isso aconteceu, ganhou (ver quadro). Aliás, diante de Santa Clara, Gil Vicente e Farense deu a volta, após ter estado em desvantagem.
Em termos percentuais, nenhuma outra equipa do campeonato é tão permissiva quanto antes do descanso. Os 8 golos sofridos nesse período representam 73 por cento do total (11). O AVS SAD vem logo a seguir, com 71%. No caso do Sporting, é de 64% , e no do FC Porto 22%.
Os outros 4 pontos voaram devido aos empates em Moreira de Cónegos e Vila das Aves, ambos a uma bola, golos sofridos depois do descanso.
Sporting acelera por lateral. Com semana e meia de casa, Rui Borges vai conhecendo cada vez melhor os cantos à sua nova realidade e à sua equipa. E ainda que muito agradado com o que tem em mãos, ideia que tem feito questão de reforçar tanto junto da comunicação social como internamente, o técnico deve aproveitar a reabertura da janela de transferências para operar ajustes cirúrgicos ao plantel, tanto que, escreve o Record, já acordou com a restante estrutura o ataque a um lateral-direito.
Tendo já recebido luz verde por parte da administração para o investimento num reforço, Rui Borges entende que esta é uma posição carenciada de profundidade, necessidade que vai agravar-se com a provável saída de Fresneda, que deverá concretizar-se após a participação dos leões na final four da Allianz Cup. Eduardo Quaresma, central que tem sido adaptado à direita, e Esgaio são as outras opções para esse papel no 4x4x2 do timoneiro, que extingue a função de ala, onde por norma, desde o início da temporada, operavam Quenda ou Geny Catamo, no anterior 3x4x3 predileto de Ruben Amorim e, depois, de João Pereira – os dois esquerdinos continuam a ser aposta, no entanto têm atuado ultimamente como extremos.
Tomás Händel, médio do Vitória de Guimarães, 24 anos, está nas cogitações do Sporting para reforçar o plantel na atual janela de mercado. Conhecedor profundo das características do jogador, Rui Borges veria com bons olhos a aquisição do médio – que foi colocado no radar do FC Porto – para uma zona do terreno onde os leões têm apresentado alguns problemas devido às lesões de Daniel Bragança e Morita – este entretanto recuperado – e que tem provocado alguma sobrecarga de utilização a Morten Hjulmand (totalista nos últimos sete jogos). Numa primeira fase, o jovem João Simões assumiu o papel habitualmente atribuído aos referidos jogadores, mas com o regresso do internacional japonês à competição, passou para segundo plano.
Segundo O Jogo, a administração da SAD leonina já está em campo, perguntou aos minhotos pelo preço do médio, que termina contrato em 2026, e ficou a saber que custa 6 milhões de euros.
Formado no Vitória, Händel tem sido apontado a vários clubes, sobretudo estrangeiros. No entanto, os minhotos têm conseguido mantê-lo nas suas fileiras. Visto como um médio completo, de fino recorte técnico, soma 29 jogos e um golo esta temporada – apontado no triunfo por 2-1 frente ao Famalicão.
Natural de Serdezelo, tem dupla nacionalidade (portuguesa e austríaca), e tem sido observado por Roberto Martínez que já explicou que o médio está a bater à porta da Seleção, o que seria a concretização de um dos principais objetivos de carreira de Händel.
Querem desviar alvo de Benfica e Sporting. A montra europeia em que o V. Guimarães expôs os seus jogadores está a ter retorno, com grandes clubes a mostrarem-se atentos aos bons valores do plantel português. Alberto Costa, lateral-direito, é o mais recente alvo no mercado de inverno, com o Roma a liderar um pelotão onde constam Benfica, Sporting, Juventus e Atalanta. O clube da capital italiana já apresentou uma proposta, sugerindo um negócio de oito milhões de euros, mais um valor em bónus, devendo as conversações com a SAD vitoriana avançar nos próximos dias.
Recorde-se que o nosso jornal noticiou há dias o interesse do Benfica, que tem o lateral de 21 anos referenciado e já fez contactos exploratórios para se inteirar das condições de um possível negócio. Também o Sporting, agora orientado por Rui Borges, que lançou o jogador a titular na equipa principal do Vitória, em Malta, contra o Floriana, manifestou interesse no atleta.
Já a cobiça dos italianos aumentou depois da boa exibição do jovem defesa contra a Fiorentina, na última jornada da fase de liga da Liga Conferência. A Juventus e a Atalanta também já contactaram o Vitória e estão a par dos valores pretendidos pela SAD liderada por António Miguel Cardoso, que em outubro renovou contrato como defesa, prolongando-o até 2028.
Apontado mas fora dos planos do FC Porto. Livre de compromissos com o Al Sadd, Uribe encontra-se no mercado à procura de uma solução para o futuro, tendo ontem sido associado ao FC Porto na América do Sul. A informação dava conta de que os dragões estariam a equacionar o regresso do médio de 33 anos, que já terá sido contactado pelo Atlético Nacional, mas esse cenário não foi colocado pela cúpula do futebol, liderada por André Villas-Boas.
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