12 novembro 2024

Premier League aponta a dupla do Benfica; Vitor Bruno apertado mas seguro no Dragão; "FC Porto tem pegada varandista. É varandização do FC Porto", diz ex-dirigente do Sporting; Hugo Viana não sai do Sporting em fevereiro; Cruzeiro pode resolver 'problema' ao FC Porto; Santos deseja Rollheiser

Um Benfica-FC Porto é um jogo que faz parar o país desportivo, mas tem também uma dimensão além fronteiras, funcionando como uma montra ou um teste de exigência para os jogadores que estão a ser alvo de cobiça. Encaixam-se nesta perspetiva Álvaro Carreras e Tomás Araújo, jovens encarnados que assinaram exibições de grande destaque no triunfo sobre os portistas (4-1) e que aguçam o apetite, sobretudo, de emblemas da Premier League.
Esta dupla está na pista inglesa e na SAD há alguma expectativa de que possam ser abertos canais negociais em relação ao futuro do lateral espanhol e do central português. De qualquer forma, segundo O Jogo apurou, a decisão de Rui Costa, nesta fase da época e com o Benfica em todas as frentes, passa por não aceitar negociar jogadores que são titulares habituais.
As vendas de João Neves (60M€), Marcos Leonardo (40), David Neres (28) e Morato (11) não entraram nas contas do exercício anterior, concedendo ao presidente da Luz uma almofada financeira para o exercício em curso que lhe permite ser mais inflexível em eventuais abordagens. Daí que, dadas as atuais circunstâncias, a SAD se recuse a perder figuras consideradas fundamentais pelo treinador.
Porém, a cobiça existe, na Luz sabem disso, e pode resultar em propostas chorudas. Janeiro talvez não leve ninguém, mas o final da temporada, mediante o desempenho alcançado até lá, eventualmente aquecerá o mercado. Isso pode não ser válido para Álvaro Carreras, dado que o Manchester United, que vai ser agora orientado por Rúben
Amorim, tem opção de recompra por 20 milhões de euros do defesa que havia negociado por seis milhões com as águias e que pode encaixar como uma luva no esquema de três centrais do ex-técnico do Sporting. Além do United, como noticiámos, também Liverpool, Real Madrid, Barcelona e Atlético Madrid têm o jogador no seu radar.
Com cláusula de rescisão de 100 milhões de euros, Tomás Araújo já motivou abordagens de Chelsea e Crystal Palace, que o continuam a seguir, mas, segundo apurámos, também o Newcastle posiciona-se nesta corrida e pode dar um passo em frente pelo jogador que ganhou o lugar a António Silva, anterior titular que agora surge numa segunda linha de valorização para o futuro menos imediato.

Rollheiser nos planos do Santos para 2025. Pouco utilizado na Luz, Rollheiser vê o seu futuro ser cada vez mais discutido noutras paragens e com maior insistência no Brasil. O futebolista argentino volta a ser apontado a um ingresso, em janeiro, no futebol brasileiro, com o Santos a ser referido como estando muito interessado e já a mexer-se para tentar fazer negócio.
Segundo foi noticiado, os dirigentes do Peixe já abordaram o empresário do camisola 32, procurando saber se é possível um empréstimo em janeiro, válido por um ano. Porem, na Luz não existe abertura atual para deixar sair o futebolista que obrigou a um investimento de 8,7 milhões de euros na sua contratação.

Cruzeiro pode resolver 'problema' ao FC Porto. Depois do São Paulo, que terá recusado no verão, há mais um clube histórico brasileiro, o Cruzeiro, interessado em Wendell, lateral-esquerdo que está em final de contrato com o FC Porto. De acordo com o "Globoesporte", o defesa de 31 anos pretenderá regressar ao seu país e irá tentar a desvinculação com os dragões já em janeiro, altura em que poderá assinar um pré-contrato com outro emblema.

Hugo Viana não sai do Sporting em fevereiro. Ao contrário do que foi dito por Rúben Dias, ontem, à margem da gala Quinas de Ouro, a saída de Hugo Viana do Sporting só se irá verificar no final da época, tal como já havia sido comunicado pelos leões aquando da oficialização da contratação feita pelo Manchester City.
O central português disse que o diretor desportivo do Sporting se iria juntar ao City "por volta de fevereiro", mas a imprensa desportiva garante que não existe nenhuma alteração aos planos iniciais que apontavam para a saída de Hugo Viana no final da presente temporada.
Viana, vale lembrar, irá substituir Txiki Begiristai no cargo de diretor desportivo dos citizens e em Alvalade deixará de existir esta função. Bernardo Palmeiro, no entanto, começará, nessa altura, a trabalhar como diretor-geral do futebol do Sporting.

"FC Porto tem pegada varandista. É varandização do FC Porto". Carlos Barbosa da Cruz diz que André Villas-Boas está a fazer a "varandização do FC Porto". O sportinguista entende que o atual presidente portista está a revelar uma "pegada varandista" no clube nortenho.
Depois de vencer as eleições no FC Porto, André Villas-Boas promoveu várias mudanças no clube. Sérgio Conceição deixou o comando técnico e outros funcionários deixaram a estrutura.
O clube azul e branco também perdeu alguns jogadores e outros chegaram à Invicta. Mas é ao nível da relação com os adeptos que muitas dinâmicas têm sido diferentes.
André Villas-Boas ajustou o protocolo que existia com os Super Dragões, agora sem Fernando Madureira. Recorde-se que o ex-líder da claque está preso na sequência do caso Pretoriano.
Barbosa da Cruz entende que há semelhanças no caminho de Villas-Boas com o que Varandas percorreu. Ao Record, o ex-dirigente leonino fala mesmo na “varandização do FC Porto”.
“Villas-Boas não fez nada mais ou nada diferente daquilo que Varandas tem feito desde que chegou ao Sporting", assinalou Carlos Barbosa da Cruz.
"E saúde-se aqui a clarividência de quem não tem complexos em usar as boas ideias e princípios dos outros”, vincou o presidente do Grupo Stromp. Por isso, Carlos Barbosa da Cruz nota uma fase "varandista" no clube portista.
“Este FC Porto tem pegada varandista", indicou Barbosa da Cruz. O ex-dirigente referiu que essa situação se verifica a vários níveis, não apenas ao nível das claques.
"A saber transparência", disse. Mas indicou outras coisas como a "gestão". E ainda a "luta contra a corrupção".
Além disso, este FC Porto tem "desportivismo e sustentabilidade", frisou Barbosa da Cruz. Contudo, o ex-dirigente sportinguista elogia a "intenção" de André Villas-Boas.
"Como todas as cópias não será tão boa como o original, mas louva-se a boa intenção. E a inspiração, claro está”, finalizou Carlos Barbosa da Cruz num olhar à realidade portista.

Vitor Bruno apertado mas seguro no Dragão. Não foram apenas os números da mais pesada goleada sofrida em 60 anos perante o maior rival, mas sobretudo a falta de atitude, agressividade e intensidade no clássico a abalar o universo portista. A ressaca do descalabro na Luz está ser dura e o descontentamento é geral, do presidente André Villas-Boas aos adeptos. Vitor Bruno foi apertado à chegada a Gaia e colocado em causa em diversas páginas na Internet associadas aos dragões, mas o jornal O Jogo avança que o técnico mantém a total confiança por parte da estrutura azul e branca, não estando minimamente em causa a continuidade do projeto iniciado esta temporada.
Exige-se no reino do dragão, porém, uma mudança de atitude, sobretudo nos jogos com adversários do mesmo "calibre" já que são as duas derrotas com os rivais de Lisboa a manchar aquele que podia ser um arranque de campeonato perfeito, mas que acabam por ditar os seis pontos de atraso para a liderança. Na Liga Europa a situação também não é a ideal, aumentando a pressão para o próximo ciclo competitivo, pós paragem. E este começa logo com uma complicada deslocação a Moreira de Cónegos para a Taça de Portugal e uma viagem que pode ser decisiva à Bélgica para defrontar o Anderlecht.
Consciente disso mesmo, André Villas-Boas não perdeu tempo - até por causa da partida dos internacionais - e nem esperou pelo apito final de João Pinheiro, dirigindo-se de imediato ao balneário da equipa na Luz para transmitir logo ali, de forma dura e veemente, o seu descontentamento por uma exibição e derrota que considerou "uma vergonha" e uma "falta de respeito" para com os adeptos, pedindo uma resposta imediata, acompanhada por uma mudança de atitude que acompanhe o nível de exigência do clube, uma vez que fez um esforço financeiro para construir um plantel capaz de ganhar o campeonato.
O grupo de trabalho levou o "puxão de orelhas", sem entrar em diálogo e pouco depois Diogo Costa surgiu na zona mista a pedir desculpa aos adeptos e a prometer atal reação. Já Vítor Bruno, que foi acompanhado pelo presidente e por Jorge Costa à saída do estádio, optou por dissecar o clássico apenas ontem no Olival, onde apontou os erros cometidos. O treinador, refira-se, não cancelou qualquer folga prevista. Aliás, hoje não há treino.

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