Sporting vai tentar segurar Gyokeres; O central apontado ao Benfica; Kökçü não pede desculpas e diz que já tinha avisado; "O Benfica pode jogar com dois guarda-redes. Houve um acordo"

Fredrik Aursnes arriscou ao agarrar uma bola com a mão, que se encaminhava para a linha de fundo, no jogo das águias diante do Casa Pia. Mesmo com Anatoliy Trubin próximo, o noruguês tocou na bola com a mão e gerou dúvidas sobre se esta estava ainda dentro ou já totalmente fora das quatro linhas.

Alguns membros do Casa Pia protestaram de imediato mas a equipa de arbitragem entendeu que Fredrik Aursnes tocou a bola com a mão mas já esta estava totalmente fora.

Rodolfo Reis, antigo capitão do FC Porto, diz que gostaria de tirar todas as dúvidas a respeito deste lance. "Não consigo dizer se a bola está dentro ou fora. A tecnologia tão avançada que nós temos deveria demonstrar", lamentou o ex-jogador dos portistas.

Com algum humor à mistura, Rodolfo Reis salientou ainda que o Benfica teve a oportunidade de ter "dois guarda-redes" em campo. E até disse que "houve um acordo" com os árbitros.

"Acho que os árbitros falaram com os dirigentes do Benfica, constou-me, um zum zum, e o Benfica pode jogar com dois guarda-redes. Portanto, houve um acordo", comentou Rodolfo Reis.

Por outro lado, o antigo capitão dos dragões, que falava na CMTV, enfatizou o facto de o camisola 8 ser um jogador que ocupa várias posições no xadrez tático de Roger Schmidt.

"O Aursnes podia defender as bolas dentro da área porque ele, na realidade, é um belíssimo jogador, um jogador de equipa, é destes jogadores que as equipas precisam", disse Rodolfo Reis.

O antigo futebolista dos azuis e brancos sublinhou ainda que o norueguês tem noção de que não pode jogar a bola com a mão. "Ele tem que saber que não pode defender a bola com as mãos", disse, insistindo que o Benfica conseguiu algo inédito com o jogador que recentemente deixou a seleção.

"Parabéns ao Benfica que fez um jogo como ninguém fez na vida que foi jogar com dois guarda-redes", destacou ainda Rodolfo Reis, ex-capitão dos azuis e brancos.

Ainda sobre o lance, Rodolfo Reis deu conta de que tem ideia de que a bola estaria já totalmente fora. Mas gostaria de ter todas as certezas a respeito deste lance.

"Eu tenho quase a certeza que está fora. Mas gostava de ter a certeza, gostava de ter a certeza", vincou. "Agora nem podia brincar. É isto, é isto", concluiu o ex-futebolista dos portistas.

Kökçü não pede desculpas e diz que já tinha avisado. Um dia depois de ser afastado da equipa no jogo com o Casa Pia, Orkun Kökçü reagiu sem um pedido de desculpas e deixou uma garantia. Antes da polémica entrevista ao De Telegraaf, já havia exposto o seu desconforto internamente, revelou ontem o internacional turco através das redes sociais, confirmando o que Record já havia revelado.
"A primeira coisa que quero dizer é que tenho o maior respeito pelo treinador e pelas pessoas do clube", começou por escrever Kökçü, no olho do furacão pelas duras críticas que fez a Roger Schmidt. "No futebol de alto nível todos os detalhes contam. Só se as coisas estiveram todas bem é que podemos ganhar troféus. Isso também significa sermos críticos uns com os outros. Já discuti a minha visão no clube de forma interna. Aceito as consequências e vou agora viajar para a seleção nacional", pode ler-se ainda na partilha, que surge depois de o treinador alemão ter-se revelado surpreendido com as declarações do jogador.
"Se dás uma entrevista como aquela não podes estar na equipa. Não sei o que aconteceu para o fazer. Não consigo mesmo compreender. Coloca-se numa posição muito complicada", disse Schmidt, no final da vitória (1-0) frente ao Casa Pia. O médio, de 23 anos, ainda se concentrou com a equipa na manhã de domingo, mas acabou por não ser convocado, pelo que nem viajou com a equipa para Rio Maior.
O grande motivo para Kökçü estar descontente com a temporada que tem feito na Luz deve-se às funções que lhe atribui Roger Schmidt. "Sou o tipo de jogador que dá mais à equipa se me derem liberdade. É isso que me faz querer dar mais. Sei que estou ao meu melhor nível nessas circunstâncias. Schmidt dá-me todo o tipo de tarefas. E isso é algo que não é necessário caso queiras tirar partido das minhas qualidades", disse o jogador, na referida entrevista ao jornal holandês.
Quanto às zonas do terreno ocupadas no Feyenoord e agora no Benfica, as diferenças são notórias, como pode ver nos mapas de calor acima, mas os números expressam mudanças a vários níveis. No desempenho médio por 90 minutos, e de acordo com os dados fornecidos ao nosso jornal pela ‘GoalPoint’, o jogador tem sido mais ativo defensivamente em Portugal (com 3,8 ações por jogo) do que aquilo que foi na Holanda (3). Para além disso, é, agora, menos rematador nas águias (2), em relação ao que fez pelos holandeses (2,8). No emblema de Roterdão, onde era capitão e idolatrado, Kökçü também se habituou a ter mais bola (98,5 ações, em média), quando comparado com o registo no Benfica (90,8).
Com responsabilidades diferentes, e em zonas mais recuadas, o turco soma esta época 3 golos e 7 assistências. No Feyenoord, em 2022/23, marcou mais (8) e assistiu menos (2).
Dentro de cerca de duas semanas, Kökçü vai voltar ao Benfica Campus e espera ser reintegrado normalmente. Segundo Record apurou, o jogador está convencido de que depois de ter uma conversa com o treinador, que ainda não aconteceu após a polémica, trabalhará com os restantes colegas. Na mensagem que deixou ontem aos benfiquistas, o médio revelou-se muito ambicioso. "Voltarei para dar tudo pelo Benfica e pela equipa. Farei de tudo o que puder para dar títulos aos adeptos e a este incrível clube. O verdadeiro Orkun só quer uma coisa: vencer!", pode ler-se ainda na publicação do jogador, que terminou em português: "Estou sempre aqui, para lutar por ti."
Em apenas poucos dias, desde as declarações bombásticas, Kökçü somou milhares de novos seguidores no Instagram. Para além disso, viu as publicações mais recentes serem invadidas de comentários. "Vem para o Besiktas", foi o pedido mais repetido.

O central apontado ao Benfica. Cristian Medina, médio de 21 anos do Boca Juniors, titularíssimo da equipa principal, foi colocado na rota do Benfica pela Imprensa argentina. Mas, com a mesma origem chegaram igualmente informações de que um defesa-central de 18 anos do Boca está também em observação. Aaron Anselmino está ainda em fase de afirmação na equipa principal.

Sporting vai tentar segurar Gyokeres. No relvado ninguém segura Gyokeres, fora dele a administração do Sporting quer segurá-lo este verão, que se adivinha de assédio feroz. Mas os verdes e brancos só admitem vender o passe do goleador por valor recorde e na ordem da cláusula de rescisão, de 100 milhões de euros, e até equacionam seduzir o sueco com aumento salarial para subirem a cláusula, ainda para maior proteção, escreve o jornal A Bola. Para ter argumentos será preciso entrar na Champions. 

Os agentes do jogador preparam viagem a Portugal para abril e nessa altura será natural conversarem com os administradores leoninos, altura que poderá ser aproveitada para os leões fazerem uma primeira abordagem a um plano que pode ganhar forma no defeso: subida da cláusula de rescisão — fala-se para valores na ordem dos 120 milhões — com natural aumento de ordenado, sempre forma de seduzir ainda mais à continuidade de um jogador que em Alvalade se sente verdadeiramente em casa.