Participação contra Di María; "O golo de Di María tem de ser anulado"; "Os que não ganham vão para Liverpool e Barcelona. O Schmidt nem para o Everton"; Ligas Betclic e Sabseg lideram na média de amarelos e vermelhos por jogo na Europa

Ninguém na Europa mostra cartões como os árbitros portugueses. É a conclusão de mais um estudo do Observatório do Futebol (CIES), que analisou dados entre fevereiro de 2023 e fevereiro de 2024. O relatório, que incide sobre a média de cartões amarelos e vermelhos, faltas e tempo de desconto por partida em 71 Ligas de todo o Mundo, coloca a 1ª Liga e a 2ª Liga no topo das listas dos cartões entre os campeonatos da UEFA... e com um registo superior ao das Big 5. A Liga Sabseg lidera o ranking com uma média de 5.42 cartões amarelos por jogo. Já na segunda posição, surge a 1ª Liga com 5.37.

O top 5 é completado por Serie B italiana (5.34), Liga grega (5.29) e Liga búlgara (5.28). Em comparação com os principais campeonatos europeus, a La Liga possui uma média de apenas 5, com a Serie A a aparecer mais abaixo, com 4.62, bem como a Bundesliga, com 4.42, a Premier League, com 4.38, e a Ligue 1, com 3.65. Já no que diz respeito aos vermelhos, a Liga Betclic também surge na liderança, com uma média de 0.37. A Liga Sabseg está ‘apenas’ no 8º lugar, com 0.27. Entre os juízes do principal escalão português, António Nobre lidera com um total de 81 cartões, batendo Luís Godinho (75), Nuno Almeida (73), Hélder Malheiro (72) e Manuel Oliveira (64).

Por fim, a nível de faltas cometidas e de tempo de compensação médio, os dois campeonatos profissionais portugueses também aparecem nos primeiros lugares das listas: nas faltas cometidas, a 2ª Liga é a 4ª classificada (28.70) e a 1ª Liga está no 8º lugar (27.46), ao passo que nos minutos de descontos a primeira divisão surge no 6º posto (10:17) e o segundo no 14º, com 9:21.

"Os que não ganham vão para Liverpool e Barcelona. O Schmidt nem para o Everton". O nome de Rúben Amorim tem sido associado ao Liverpool, isto depois de há algumas semanas atrás ter sido Sérgio Conceição colocado na rota do FC Barcelona, algo que leva Diamantino Miranda, antigo capitão do Benfica, a estranhar que, pelo menos, o "Everton" não queira o treinador "campeão" e que venceu a "Supertaça Cândido de Oliveira".
"Como o Benfica vai em décimo lugar e não ganhou o campeonato no ano passado. Não é ironia, é verdade", atirou Diamantino Miranda, estranhando que o nome dos treinadores dos clubes rivais, que seguem atrás do Benfica no campeonato, nesta altura, sejam associados a alguns 'tubarões' da Europa.
"Quer dizer, os que não ganham vão para o Liverpool e vão para o Barcelona. Os que vão a nove pontos vão para Barcelona. Os que não ganharam no ano passado o campeonato, ganhou o Schmidt, vão para Liverpool", referiu ainda Diamantino Miranda, na CMTV, onde se mostrou admirado que os tais 'tubarões' não olhem para Roger Schmidt que é atualmente o campeão em título.
"Eu admiro-me que sendo o Schmidt campeão de Portugal, ganhando a Supertaça Cândido de Oliveira, sendo o primeiro classificado neste momento do campeonato português, não ter nem sequer o Everton", realçou o antigo capitão do Benfica, vincando aquilo que Roger Schmidt já alcançou desde que foi contratado pelo Benfica.
"Campeão nacional, Supertaça, vai em primeiro lugar", disse o ex-futebolista Diamantino Miranda, sustentando que, mesmo assim, nas notícias não aparece associado ao Liverpool.

Participação contra Di María. A Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF) vai fazer uma participação contra Di María ao Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol, escreve o Record. Em causa estão as publicações do extremo nas redes sociais após a derrota do Benfica em Alvalade, na 1.ª mão das meias-finais da Taça de Portugal. "O que podemos dizer de ontem. Ficou à vista de todos o que se passou. Continuaremos a trabalhar para atingir o nossos objetivos. Sozinhos contra todos", pode ler-se no Instagram.
No final do jogo com o Sporting, numa fase em que os jogadores se cumprimentavam, o camisola 11 dos encarnados teve um diálogo com o árbitro do encontro, Fábio Veríssimo, discutindo a decisão tomada em relação a alguns lances do dérbi. Di María, que lhe viu ser anulado um golo aos 71', esteve mesmo alguns minutos à conversa com os juízes da partida no fim.
Refira-se que esta não é a primeira vez que a APAF remete declarações do argentino para o CD. Após o empate (2-2) em Guimarães, a 11 de fevereiro, o extremo afirmou na flash da Sport TV que as águias estão "a jogar contra todos", queixando-se igualmente do tempo de compensação dado pelo árbitro (6 minutos). "Contra o FC Porto e o Sporting dão 10 ou 11 minutos de compensação", afirmou na circunstância.

"O golo de Di María tem de ser anulado". Não há dérbi sem polémicas, e o de ontem em Alvalade (2-1) deixou em aberto vários lances para análise e debate. O espanhol Iturralde González, um dos especialistas de arbitragem do jornal Record, concorda com as principais decisões de Fábio Veríssimo e do VAR, Fábio Melo, nomeadamente no golo anulado a Di María, ao minuto 71. Considera, ainda assim, que o argentino deveria ter visto um primeiro cartão amarelo por entrada sobre Matheus Reis.
Nem Fábio Veríssimo, em campo, nem Fábio Melo, no VAR, sancionaram o lance. Jorge Faustino considera que foi Pote a provocar o contacto, pelo que não haveria lugar a penálti. Marco Ferreira discorda e diz que Pote foi derrubado por João Neves. Iturralde González é da opinião de Jorge Faustino e alega que não havia lugar à marcação de pontapé de penálti.
"Não há nada. Há um contacto mas é o jogador do Sporting (Pote) que mete o corpo e fica à espera do mesmo. Quando acontece o contacto do jogador do Benfica (João Neves), Pote deixa-se cair ao relvado. É o jogador que pede penálti que tenta provocar esse penálti; é ele que quer ganhar o penálti. Não há nada. Há contacto, sim, mas não para apitar penálti."
Tengstedt estava 43 centímetros adiantado em relação ao último defesa do Sporting no momento do remate de Di María, que terminou em golo. Embora não tenha tocado na bola, o avançado dinamarquês estava no campo de visão de Franco Israel. Jorge Faustino e Marco Ferreira sustentam que Tengstedt estorvou a visibilidade do guarda-redes do Sporting, pelo que o golo foi bem anulado. Iturralde González concorda, embora levante a questão do critério.
"O fora de jogo no golo de Di María é uma jogada de critério de arbitragem. Porquê? Porque é um fora de jogo por interferência visual e não por interferência física. Nos casos de interferência física é muito mais fácil avaliar estas situações de fora de jogo. A interferência visual significa que o jogador que está em fora de jogo cria um impacto visual no guarda-redes. E aqui, nesta situação, ele cria esse impacto visual. Porquê? Porque quando Di María remata, Tengstedt está em fora de jogo e na trajetória da bola para a baliza; está à entrada da pequena área, a curta distância do guarda-redes, e ainda por cima tem de movimentar-se para que a bola não lhe toque. Ora, tudo isto provoca um impacto visual no guarda-redes e, por isso, o golo tem de ser anulado. Mas, repito, é uma questão de critério de arbitragem. Como em quase todas as regras que pressupõem a aplicação de um critério, esta é mais uma jogada que pode criar conflito. A alguns vai parecer-lhes que o avançado não causa o tal impacto visual, que o guarda-redes não chegaria nunca à bola ou que está sempre a ver a bola; outros vão dizer que não, que o jogador em fora de jogo cria, sim, esse impacto visual. Portanto, o que vale é o que o árbitro diz."