Amorim ganha cada vez mais força para o Liverpool; "Se não fosse a limitação dos estrangeiros teria assinado pelo Benfica"; "O 'grande Benfica de Schmidt' é um mito criado pela imprensa e pelos árbitros"; "Sérgio Conceição está muito acima de Roger Schmidt"; "Rui Costa continua a encolher-se"

Diogo Faria, diretor de conteúdos do FC Porto, nota que os 5-0 com que o emblema nortenho bateu o rival lisboeta acabam por funcionar como prova de que a dimensão do o Benfica de Roger Schmidt "é um mito".

"Voltou a ficar provado que o 'grande Benfica de Roger Schmidt' é um mito criado pela imprensa e pelos árbitros, aditivado com 200 milhões de euros em reforços", observou Diogo Faria.

Por outro lado, embora a equipa portista tenha brindado os seus adeptos com cinco golos sem resposta no clássico diante do eterno rival portista, Diogo Faria fala num resultado "frustrante".

"Excelente vitória, apesar de o resultado ser um pouco frustrante", disse Diogo Faria, apesar dos 5-0 com que o FC Porto recebeu e venceu o emblema campeão nacional, num jogo em que as águias ficaram desde a hora de jogo reduzidas a 10 jogadores por expulsão de Nico Otamendi.

Amorim ganha cada vez mais força para o Liverpool. Rúben Amorim estará a ganhar cada vez mais força enquanto hipótese para assumir o comando técnico do Liverpool, na próxima temporada, na sequência do já anunciado 'adeus' de Jurgen Klopp, assim que a presente chegar ao fim.
Esta segunda-feira, o jornal britânico Daily Mail revela que, assim que soube da decisão do alemão, em novembro de 2023, o responsável pelo departamento de pesquisa, Will Spearman, terá 'mergulhado' nos números, desenvolvendo um sistema no qual o treinador do Sporting alcançou uma pontuação elevada.
A mesma publicação acrescenta que o antigo internacional português será, neste momento, o segundo principal candidato a ocupar a vaga, imediatamente atrás de Xabi Alonso, do Bayer Leverkusen... que também interessa ao Bayern Munique.
De fora desta equação já estarão, ao que tudo indica, Roberto de Zerbi (do Brighton) e Julian Nagelsmann (da principal seleção germânica), pelo que a expetativa é que, dentro em breve, venha a ser tomada uma decisão final quanto ao eleito.

"Rui Costa continua a encolher-se". O universo encarnado está perplexo com a queda com estrondo do Benfica em pleno Estádio do Dragão com um Roger Schmidt impávido no banco a acompanhar os acontecimentos, enquanto que mesmo as alterações que promoveu não davam sinais de um Benfica que saiu vergado a uma goleada histórica no reduto do adversário.
No final do encontro, a conferência de imprensa de Roger Schmidt voltou a desagradar aos benfiquistas dado que, perto do final e mesmo a perder, os adeptos continuaram a apoiar a formação campeã nacional mas Schmidt assumiu que não devia um pedido de desculpas aos adeptos, coisa que Rui Costa fez na zona mista, pouco tempo depois.
Para Gaspar Ramos, antigo vice-presidente encarnado, Schmidt "anda há bastante tempo afastado da realidade" e "vê sempre jogos diferentes dos que vemos".
"Eu costumo dizer que nós temos o melhor plantel do campeonato e o pior treinador. Não será o pior mas é certamente dos piores", declarou o ex-dirigente.
O ex-dirigente Gaspar Ramos admite que as explicações de Roger Schmidt "soam erradas" e lamenta que a Direção tenha prolongado o contrato com o técnico alemão há poucos meses atrás.
"Ainda por cima prorrogámos o contrato com um treinador que, na altura, já estava a dar sinais de que não seria o que desejaríamos e agora temos de o aguentar", criticou o antigo vice-presidente das águias, que falava em declarações na Renascença.
No Dragão, Gaspar Ramos diz que o Benfica teve um "jogo" que "foi humilhante" e não entende como é que Roger Schmidt não pediu desculpa aos adeptos das águias.
"Ele tinha de pedir desculpa aos benfiquistas, em particular, e a todo o mundo do futebol por ter apresentado um futebol tão triste, com tanta falta de qualidade", afirmou Gaspar Ramos, que apontou críticas a Rui Costa.
"Foi um excelente jogador e, portanto, deve perceber de futebol", disse Gaspar Ramos, que era diretor de futebol do Benfica quando Rui Costa começou a aparecer na equipa principal encarnada.
"Já com o Luís Filipe Vieira ele não tomava posições. Tem de tomar posições, não pode continuar a encolher-se e discutir com o treinador determinados problemas que acontecem com a equipa", avisou o antigo vice-presidente do Benfica.
Gaspar Ramos referiu ainda que os benfiquistas têm de "aceitar lamentavelmente" Roger Schmidt, que vive no mundo da "Barbie" com um discurso "podre".

"Sérgio Conceição está muito acima de Roger Schmidt". Roger Schmidt venceu Sérgio Conceição nos dois primeiros jogos da temporada, mas ao terceiro foi o treinador do FC Porto a sair vitorioso, e logo com uma goleada por 5-0. Ao avaliar os dois rivais, José Guilherme Aguiar, antigo vice-presidente do FC Porto, não tem dúvidas a escolher Sérgio Coceição como o melhor técnico.
"Eu não comparo Sérgio Conceição com Roger Schmidt, acho que Sérgio Conceição está muito acima de Roger Schmidt, com toda a sinceridade. Não é pelo facto de um ser treinador do FC Porto e outro ser treinador do Benfica. Dos três clubes grandes, FC Porto, Sporting e Benfica, eu considero que Roger Schmidt é o treinador com menos valia", apontou, acrescentado: "Deem-lhe bons jogadores que Sérgio Conceição faz deles excecionais jogadores."
Em declarações à Rádio Renascença, o antigo dirigente referiu que ainda acredita na possibilidade de os portistas serem campeões.
"O jogo foi excelente, foi memorável, mas na classificação só acrescentou três pontos. O jogo com o Benfica, que deu três pontos, é exatamente igual ao jogo entre o FC Porto e o Gil Vicente, que deu um ponto e ao jogo entre o FC Porto e o Arouca, que deu zero pontos. (...) Se se mantiver o nível exibicional, serve para acreditar que o FC Porto tem capacidade para ganhar os jogos todos. O Sporting ainda vai ter de jogar com o Benfica, o FC Porto ainda vai ter de jogar com o Sporting. Eu acredito que o FC Porto pode continuar a jogar para ganhar todos os jogos e no fim fazem-se as contas", atirou.

"Se não fosse a limitação dos estrangeiros teria assinado pelo Benfica". Henrik Larsson, um dos maiores goleadores do futebol europeu na transição do século 20 para o 21, brilhou a grande altura no Celtic, Barcelona e Manchester United mas antes do estrelato chegou a estar com um pé e meio no Benfica, conforme revela o sueco em entrevista ao jornal inglês 'The Guardian'. "Em 1989 o Helsingborg fez um acordo que previa que o jogador mais promissor fosse treinar ao Benfica. Estive lá uma semana e correu bastante bem", afirma o antigo avançado, atualmente com 52 anos, destacando o papel de Sven Goran-Eriksson no processo. "Foi o melhor treinador que exportámos. Não há nada perto dele. Infelizmente, ele está doente agora, mas sempre tivemos uma ligação. Ele disse-me que, se não fosse a limitação de três jogadores estrangeiros, eu teria assinado", refere.
Quanto ao afastamento do mundo do futebol desde a saída do Barcelona, onde foi adjunto de Ronald Koeman, Henrik Larsson é taxativo. "Estou cansado do jogo. Já o sentia na altura, mas quis confirmar aquilo que já sabia. A exigência é demasiado elevada. A forma como despediram Koeman, como fomos despedidos, foi terrível. Estou cansado do futebol porque gira tudo à volta do dinheiro, mais do que nunca", sustenta, acrescentando: "Admito que ganhei bom dinheiro ao longo da minha carreira, não posso ser comparado a um empregado fabril, mas nunca fui movido pelo dinheiro. Joguei futebol com paixão pelo jogo."
Para comprovar esse desapego à questão financeira, o antigo goleador fez questão de recordar uma opção na carreira. "Surgiu a oportunidade de assinar pelo Manchester United logo na década de 90, quando estava no Celtic. Teria ficado com um ordenado melhor, talvez mais 10 ou 15 mil libras por semana, mas vinha de três anos e meio de alguns altos e baixos no Feyenoord e tinha encontrado alguma estabilidade no Celtic. Tínhamos disputado a Taça UEFA, ia à seleção e não sentia necessidade de me mudar para lado nenhum. Não me tornei uma estrela no Barcelona, mas sim no Celtic", sublinha.