Jogador do Benfica com 579 dias de baixa em três anos e meio; "É natural que sportinguistas queiram jogar com o Benfica. Ganham muitas vezes"; Cartão azul promete revolucionar o futebol

Os últimos três anos têm sido infernais para Juan Bernat. Desde que se lesionou gravemente no joelho esquerdo, em setembro de 2020, num jogo do PSG frente ao Metz, e até final de abril de 2024, data provável para o seu regresso à competição, o espanhol terá estado 579 dias de fora devido a problemas clínicos e físicos.

Isto significa que 44 por cento do tempo foi passado entre a mesa de operações, departamento médico e sessões de recuperação, divididos entre Paris e Lisboa.

A maior paragem foi precisamente após o grave problema no joelho: rotura dos ligamentos cruzados, implicando uma ausência de competição de 347 dias e um total de 60 jogos, equivalente a mais que uma temporada desportiva.

Desde o regresso aos relvados após a cirurgia, o valenciano passou por mais quatro paragens, que de acordo com o levantamento feito pelo transfermarkt tiveram sempre origem muscular (e também por Covid-19), somando um total de 52 dias fora dos relvados.

Foi com este histórico que o internacional espanhol (11 jogos) chegou à Luz e é no Benfica que tem a sua segunda maior ausência competitiva da carreira, prevendo-se que entre o último jogo pelos encarnados, a 31 de outubro (Arouca), e a total recuperação passem 180 dias e um total de 32 falhados.

Juan Bernat foi operado anteontem a uma pubalgia, em Bordéus, depois de ter tentado, sem sucesso, um tratamento conservador. A paragem prevista é de oito semanas.

O esquerdino de 30 anos aterrou em Lisboa no verão, por empréstimo do Paris Saint-Germain, clube com o qual tem contrato até junho de 2025, e participou apenas em seis jogos, metade deles a titular.

"É natural que sportinguistas queiram jogar com o Benfica. Ganham muitas vezes". As meias-finais da Taça de Portugal podem ditar um duplo clássico entre Sporting e Benfica, caso as águias consigam ultrapassar o Vizela nos quartos de final da Prova Rainha. Alguns sportinguistas ouvidos na CMTV desejaram ter pela frente o rival da Luz e Diamantino Miranda, antigo capitão das águias, ouvido no mesmo canal, reagiu com ironia à mistura.

"É uma questão de hábito", começou por referir o antigo internacional português, realçando que poderá ter que ver com o histórico entre as duas equipas da capital portuguesa.

"Ganham muitas vezes ao Benfica e os sócios [do Sporting] ficam contentes porque é sempre mais fácil jogar com o Benfica", acrescentou Diamantino Miranda, apontando para o registo.

"Ao longo destes anos todos percebe-se isso", destacou Diamantino Miranda, fazendo referência para o número de títulos que, recorde-se, é maior para o Benfica do que para o Sporting seja no campeonato, na Taça de Portugal, na Taça da Liga, na Supertaça Cândido de Oliveira ou até em títulos internacionais.

"Os títulos da Taça de Portugal que o Benfica tem e que o Sporting tem é uma questão de hábito", vincou Diamantino Miranda, certo de que é algo "natural" que os sportinguistas queiram ter pela frente o rival da Luz.

"É natural que os sócios do Sporting queiram jogar com o Benfica", completou Diamantino Miranda, antigo jogador do Benfica, formação que procura manter-se na Prova Rainha.

Cartão azul promete revolucionar o futebol. O ‘Telegraph’ avança esta quinta-feira que vai ser introduzido no futebol um cartão azul para 'castigar' os jogadores que cometam simulações ou que faltem ao respeito ao árbitro. Esses futebolistas ficarão fora do relvado durante 10 minutos. De acordo com o jornal inglês, a medida será anunciada amanhã pela International Football Association Board (IFAB).

Ainda neste âmbito, os jogadores passarão a ser expulsos se receberem dois cartões azuis num jogo ou então um azul e um amarelo.

Os testes vão começar no verão mas não serão para já aplicados nas competições de topo, mas sim nos escalões inferiores.