01 outubro 2022

"Um jogador chega ao FC Porto, faz um golo e beija o símbolo... para mim é tudo tanga"; "A equipa B do Sporting era tão boa quanto a principal"

Depois de sucessivos empréstimos, Rui Pedro deixou definitivamente o FC Porto em 2020. O avançado, agora ao serviço dos eslovenos do Olimpija Ljubljana, admite que não queria ter deixado o clube, mas que a decisão "teve de ser tomada", depois de conversa entre as duas partes.
"[decisão de sair do FC Porto] Teve de ser tomada. Foi falado por ambas as partes e chegámos à conclusão que tinha de ser. Se me perguntas se era o que eu queria? Claro que não era. O FC Porto é o meu clube. Quando eu disse que um dia queria voltar, quero mesmo, mas pela porta grande. Agora um jogador chega ao FC Porto, faz um golo e beija um símbolo, para mim é tudo tanga. Se sentissem realmente o clube, os jogadores não saíam e renovavam. Agora saem a custo zero ou não querem renovar e acabam por sair. Para mim isso não é o FC Porto, não é a mística do clube. O FC Porto mudou muito, o futebol mudou muito", começou por dizer em entrevista ao "zerozero"."Se o mister Nuno [Espírito Santo] tivesse ficado, as coisas tinham sido diferentes. Se me oferecessem um contrato de 15 anos, ficava no FC Porto a minha vida toda. Não tenho dúvida alguma. Um jogador agora quando é jovem pensa em triunfar e sair para ganhar muito dinheiro. O dinheiro é muito importante, mas eu acho que a estabilidade de um jogador é mais ainda. Estando no FC Porto, renovava 15 anos, sem dúvida. Se eu fosse treinado pelo Sérgio [Conceição], hoje em dia não tenho dúvidas que ficava comigo", concluiu o jogador de 24 anos.

"A equipa B do Sporting era tão boa quanto a principal". Sunil Chhetri passou pelo Sporting na temporada 2012/13 mas sem cumprir as expectativas daquele que é um dos melhores jogadores indianos de sempre. O avançado, de 38 anos, reconheceu as dificuldades e dedicou-se a lutar por um lugar na equipa.
"Eles jogam a Liga Europa ou a Liga dos Campeões por vezes. É um grande clube europeu. Houve grandes nomes do futebol que vieram de lá. Para mim, ir daqui [Índia] para lá e treinar com eles… eu não entendia o ritmo. O treinador disse que eu tinha de ir para a equipa B para treinar mais. Para meu azar, a equipa B era tão boa quanto a principal. Havia muitos jovens, mas eu gostei muito. Pensei: ‘Já percebi a realidade e vou lutar!’. Comecei a gostar de treinar, melhorei como jogador porque treinava com os melhores e como ser humano porque morava sozinho. Tinha um objetivo maior à minha frente e estava mais maduro. Isso ajudou-me realmente a mudar como jogador e, igualmente importante, como ser humano", constatou em declarações ao documentário da FIFA com o nome 'Capitão Fantástico', em sua honra.
Chhetri, o terceiro maior goleador de seleções no ativo depois de Ronaldo e Messi, deu conta também que a passagem pelo Sporting ajudou-o a colocar as suas qualidades futebolísticas em perspetiva e, não tem dúvidas, que progrediu com a experiência em que não chegou a fazer qualquer encontro pela equipa principal.
"Não importa quem tu és, não vais ter 365 dias bons. Haverá sempre dias maus. Tu sentes-te mal, dececionado, e choras. É normal. Acontece com todos. Porque imaginem que fosse só assim [a subir na vida] e a dizerem ‘Tu és o melhor e essas coisas’… Não seria quem sou hoje. A carreira e a vida foram assim e isso ajudou-me. Em ambos os lugares [equipa principal e Sporting B], não comecei a titular nenhum jogo. Não sei se as pessoas sabem. Não comecei a jogar, eu era suplente mas no Sporting era feliz porque dava o meu melhor. Sabia que alguém melhor estava na minha posição. Então por mim estava tudo bem", frisou Chhetri, que atua no Bengaluru.

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