O pedido especial de mercado de Amorim; O craque desejado pelo Benfica; Milhões estão na mesa e jogador não regressará ao Benfica; Mesmo que seja campeão na Luz, FC Porto só receberá troféu no Dragão

Ibrahim Sangaré é o trinco desejado por Roger Schmidt e as águias já iniciaram conversações com o PSV no sentido de perceber as condições para a contratação do médio costa-marfinense, escreve A Bola.

Contratado pelo clube de Eindhoven ao Toulouse em 2020, por €9,5 milhões, Sangaré tem neste momento um valor de mercado de €16 milhões (segundo o site especializado Transfermarkt), mas os neerlandeses até podem pedir mais face à valorização recente do jogador de 24 anos.

O Benfica tem, no entanto, concorrência de peso: notícias recentes em Inglaterra dão conta do interesse do Tottenham e também do Arsenal em Sangaré, além do Leicester, emblema que defrontou o PSV nos quartos de final da Liga Conferência.

O fluxo noticioso foi também alimentado nos Países Baixos, motivo pelo qual deve dar-se o devido desconto aos valores de €30 milhões que londrinos e foxes estariam alegadamente dispostos a pagar; mas isto serve de indício ao esforço financeiro que os encarnados estarão obrigados a fazer se quiserem mesmo oferecer Sangaré ao novo treinador.

Aqui entrará o fator Roger Schmidt. Tendo de escolher — e caso a proposta dos encarnados satisfaça as pretensões dos neerlandeses —, Ibrahim Sangaré irá ponderar entre uma possível saída para a Premier League ou acompanhar o técnico no trajeto rumo a Lisboa. O costa-marfinense cresceu com o treinador alemão e a admiração é recíproca.

Milhões estão na mesa e jogador não regressará ao Benfica. O Celtic de Glasgow contratualizou com o Benfica uma opção de compra para o passe de Jota, avançado de 23 anos cedido pelas águias no início desta época, e os escoceses já tomaram uma decisão sobre o tema: vão mesmo avançar com essa opção, que implicará o pagamento de 7,5 milhões de euros ao Benfica, por somente 70 por cento do passe do jovem atacante.
O Celtic tem praticamente assegurada a conquista do campeonato e, ontem, depois da UEFA confirmar a exclusão das equipas russas, ficou igualmente certo que o campeão escocês terá entrada direta da fase de grupos da próxima Liga dos Campeões. Um dado que ajudou o clube de Glasgow a decidir-se pelo investimento no jogador benfiquista. O Celtic já fez chegar ao Benfica a intenção e já deu início às negociações do contrato com o jogador.
Se com a SAD encarnada há muito que os termos do possível negócio estavam acordados, falta agora convencer Jota a permanecer na Escócia.
Apesar de ainda dividir algumas opiniões no futebol escocês, Jota está a realizar uma temporada muito boa. Soma 12 golos e 12 assistências, em 37 jogos realizados, e tem sido peça determinante num campeonato que o Celtic está próximo de conquistar.
Jota tem contrato com o Benfica até ao verão de 2024 e, apesar de a determinada altura ter sido considerado uma das grandes promessas do futebol encarnado, com utilização na equipa principal, acabou por não conseguir ganhar espaço na Luz. 

O pedido especial de mercado de Amorim. Não muda tudo, mas anda lá perto: a presença do Sporting na fase de grupos da Liga dos Campeões, pelo segundo ano seguido, deixa Rúben Amorim numa posição mais confortável para, dentro das limitações orçamentais do clube, reivindicar o salto qualitativo da equipa na próxima época. Foi o próprio técnico quem, num registo descontraído, fez questão de sublinhar este ponto após a vitória sobre o Gil Vicente, que sentenciou, de vez, o apuramento para a prova milionária. “A almofada da Champions permite-nos manter jogadores e ao treinador fazer pressão junto da direção”, disse Amorim, com um sorriso, apontando de forma clara para a reconstrução do plantel, já em marcha há alguns meses (ler abaixo). O treinador espera ver o retorno da Liga dos Campeões reinvestido em duas vertentes: por um lado, em segurar as peças-chave do atual grupo, com Matheus Nunes à cabeça, por ser o mais difícil de amarrar (sem esquecer Gonçalo Inácio ou Pote); por outro, em garantir a contratação de um central de topo, com o holandês St. Juste no início da lista. Matheus poderá representar um encaixe próximo dos 50 milhões de euros e tem vindo a despertar forte interesse na Premier League. O jornal Record avança que médio, de 23 anos, encara com agrado a hipótese de ficar em Alvalade mais uma época, não descartando nova correção salarial (depois de ter renovado até 2026, em outubro). Quanto a Jeremiah St. Juste, de 25 anos, o esforço será na ordem dos 10 milhões de euros. O Mainz admite vender antes de ver o central sair livre “no verão de 2023”. “Pode acontecer mas ainda não posso dizer com certezas”, assumiu ontem Christian Heidel, responsável pelo futebol. Com os milhões da Champions, Amorim tenta convencer a SAD a abrir os cordões à bolsa. 

No caso de o FC Porto se sagrar campeão nacional no próximo sábado, na sequência do jogo frente ao Benfica, o troféu nunca será recebido no Estádio da Luz. De acordo com o ponto 2 do artigo 25º do regulamento de competições da Liga Portugal, relativo a prémios, “o troféu será entregue, em cerimónia oficial, ao clube que se sagre campeão da competição no seu estádio, independentemente do jogo em que o clube se sagre campeão ter ou não lugar na última jornada da competição”. Fica assim bem percetível que o FC Porto, caso conquiste no sábado o 30º campeonato da sua história, só poderá erguer o troféu na receção ao Estoril, na última jornada, no Dragão. Há duas épocas, os portistas sagraram-se campeões na 32ª jornada, após uma vitória caseira frente ao Sporting, mas só receberam o troféu na 33ª jornada, novamente no seu estádio, quando defrontaram o Moreirense. Em 2018, os dragões festejaram o título no sofá e receberam o troféu na receção ao Feirense, na penúltima jornada do campeonato.