06 abril 2022

Em Ibrox "houve um pouco de inexperiência de Rúben Amorim"; SAD já decidiu que não irá recorrer de amarelo de Palhinha; "Queixar-se das arbitragens é como a história do macaco com as mãos na cabeça. Os benfiquistas é que têm razão de queixa"

O Benfica tem feito várias críticas ao longo da temporada em relação ao trabalho das equipas de arbitragem, mas António Figueiredo, antigo vice-presidente do clube encarnado, entende que a administração liderada por Rui Costa tem de encarar a atual situação do Benfica de outra forma.
Mesmo concordando que o Benfica possa ter razões de queixa das arbitragens, António Figueiredo acha curta a simplificação do estado atual do emblema lisboeta às decisões das equipas de arbitragem. "A gente queixar-se das arbitragens é como aquela história do macaco que mete as mãos na cabeça e deixa-se morrer afogado. Não faz sentido", afirmou o antigo dirigente do clube da Luz.Neste sentido, António Figueiredo referiu que "remeter tudo e fechar os olhos para colocar tudo como culpa dos árbitros não é propriamente assim".
António Figueiredo sustentou também que o Benfica "pode ter razão num lance ou outro", mas "os benfiquistas é que têm razão de queixa".
Por outro lado, ainda apontando para o último jogo do campeonato, que deixou o Benfica a nove pontos de distância do segundo lugar, que dá acesso direto à fase de grupos da próxima edição da Liga dos Campeões, António Figueiredo, em declarações no canal de televisão CMTV, disse ainda que os adeptos do emblema da Luz transmitiram "esse sintoma" de descontentamento "no final do jogo" de Braga.
A nível interno, o Benfica tem vindo a realizar uma temporada muito longe das melhores previsões dos adeptos benfiquistas, sendo que há várias jornadas que o título nacional é apenas algo que fica preso no sonho por uma questão matemática.
A luta pelo segundo lugar também está cada vez mais perdida, uma vez que a turma da Luz tem vindo a ver o rival Sporting cavar uma distância maior com o avançar das jornadas.
Na Taça de Portugal, o Benfica caiu cedo da competição frente ao FC Porto e na Taça da Liga chegou à final, mas saiu derrotado frente ao Sporting, de Rúben Amorim.
Contrariamente ao que vai fazendo a nível interno, nas provas da UEFA a temporada do Benfica é já de sucesso. A formação lisboeta começou a época nas fases pré-eliminatórias da Liga dos Campeões e alcançou os quartos de final da prova milionária organizada pela UEFA.
Depois de deixar pelo caminho clubes como PSV ou Spartak Moscovo, na fase de grupos da turma da Luz avançou juntamente com o Bayern, deixando pelo caminho o Barcelona e o Dinamo Kiev. Já nos oitavos de final, a equipa encarnada deixou pelo caminho o Ajax, que tinha feito o pleno na fase de grupos.

A inexperiência de Amorim. Em 2019/20, o Braga foi afastado da Liga Europa pelo Rangers e Fransérgio, que marcou um grande golo no Ibrox, "um dos melhores da carreira", acredita que há lições a retirar das duas derrotas daquela eliminatória.
"Foi o primeiro jogo internacional do Rúben Amorim e houve um pouco de inexperiência. A ganhar por 0-2, se calhar hoje ele colocaria em campo jogadores mais defensivos", refere Fransérgio, que projeta agora jogos diferentes.
"Desta vez, o Braga começa a eliminatória em casa e isso pode alterar as coisas."

SAD já decidiu que não irá recorrer de amarelo de Palhinha. Ao contrário do que sucedeu no ano passado, escreve o Record, a SAD já decidiu que não vai avançar com um recurso procurando anular o quinto amarelo mostrado a Palhinha. Em Alvalade ninguém tem dúvidas de que o árbitro Vítor Ferreira errou, mas também se sabe que a política do Conselho de Disciplina tem obedecido ao field of play doctrine. Aliás, a decisão recente do Supremo Tribunal Administrativo relativa ao TAD veio praticamente esvaziar a possibilidade de recurso.

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