Se dúvidas houvesse, as mesmas foram dissipadas nos últimos jogos. Rúben Amorim teve o engenho de conseguir colocar um estádio a ecoar cânticos a um avançado que está longe ainda de ser um... matador. O rendimento na Champions — é o goleador da equipa com três golos — aumentou os elogios e diante do Besiktas, com mais de 40 mil adeptos (melhor assistência da época), foi a prova que faltava para confirmar a unanimidade em torno de Paulinho.
Elogios que sensibilizaram o avançado como confirmou ao jornal A Bola, Fernando Meira, antigo internacional português, de 43 anos, e empresário do avançado.
"Ficou emocionado com o apoio. Paulinho, antes de fazer o melhor para ele, faz para a equipa. Vai crescer como goleador e acredito que irá chegar aos 15 golos esta época. É um jogador que ajuda muito os companheiros que também sentiram essa injustiça nas críticas que foram feitas", explicou o empresário.
"Simplesmente nunca poderia jogar no Benfica". Hulk trocou, no início deste ano, as cifras milionárias da China por um regresso ao Brasil, de onde tinha saído com 18 anos direto ao Japão. Optou pelo Atlético Mineiro, mas, em conversa com o jornal A Bola, ficamos a saber que se não fosse o amor deixado no Dragão, o Benfica poderia ter sido destino em janeiro último.
Hulk foi muito desejado, apesar dos 35 anos. Foram muitas as propostas que chegaram ao poderoso atacante e o craque quatro vezes campeão pelo FC Porto, até destaca uma que recebeu do Benfica, a mais vantajosa da Europa. O jornal escreve que era um dossier assumido como uma grande prioridade de Luís Filipe Vieira e foi o ex-presidente dos encarnados quem orientou as diligências exploratórias: «Foram muitas ofertas, estava num momento de mudança. A proposta do FC Porto mexeu muito comigo, mesmo sendo financeiramente muito mais baixa que outras. Todos sabem que o FC Porto faz parte da minha vida, mora no meu coração, eu e os adeptos era uma coisa de família. Aprendi imenso nesses quatro anos, fiz-me um jogador de qualidade e um ganhador. O FC Porto determinou muito da minha carreira. Vou estar velhinho a torcer...» E explica a nega à águia, caindo por terra um esforço de Luís Filipe Vieira.
«Tinha que pensar na proposta do FC Porto por uma ligação muito forte que temos, mas queria voltar ao Brasil. Também esteve aí na disputa o Benfica. Falaram com o meu agente, o Nuno Ferreira, a proposta era muito boa, mas avisei que era só para agradecer. Tenho máximo respeito pela grandeza do Benfica, mas criei uma história forte com o FC Porto em todos os aspetos, que nem conseguia dar uma contraproposta. Não dava para pensar nisso ou esticar a conversa, porque simplesmente nunca poderia jogar no Benfica. Se voltasse a Portugal teria de ser para o FC Porto, todos sabem da minha paixão pelo clube», acrescenta o brasileiro, que segue como máquina de golos e assistências, feroz e apaixonado no campo aos 35 anos, levando 56 jogos, 26 golos e 12 assistências.
JJ sobre brasas na Luz. Ciclo decisivo define futuro. Jorge Jesus enfrenta a partir do próximo domingo um ciclo que poderá ser decisivo para o seu futuro no Benfica. Segundo o Record, nesta altura a Direção encabeçada por Rui Costa não pondera fazer estalar o chicote no banco, mas há desde já uma garantia: a próxima meia dúzia de jogos será de especial escrutínio para o treinador, pois internamente está bem claro que JJ ainda tem margem de manobra... mas pouca. Afinal, o presidente encarnado já estabeleceu que é preciso inverter rapidamente o atual ciclo. Aqui, há natural prioridade para os resultados, mas todos sabem também que é preciso jogar mais e melhor para que se abra uma nova série vitoriosa, depois de um período pós-Barcelona em que as águias apenas venceram duas de sete partidas – há mais três derrotas e dois empates a contabilizar. Pelo meio, o Benfica não só perdeu a liderança do campeonato, onde chegou a ter quatro pontos de avanço para o segundo classificado, como viu complicarem-se os apuramentos na Allianz Cup e na Champions. No entanto, o emblema da Luz continua a depender apenas de si para seguir em frente nestas provas e, na Liga Bwin, a distância para o topo é de apenas um ponto. Por isso mesmo, a meia dúzia de contendas que se avizinha é de especial relevância.
Tudo começa já depois de amanhã, com uma receção a um Sp. Braga que se tem habituado a roubar pontos à águia nos últimos anos. Aliás, nos últimos cinco confrontos diretos, os encarnados apenas venceram um (na Allianz Cup), tendo perdido os restantes quatro. Um claro sinal das dificuldades que se avizinham, sendo preciso referir que, depois da paragem para as seleções, é tempo de definir a continuidade na Taça de Portugal, com a receção ao P. Ferreira. Segue-se a importante deslocação ao terreno do Barcelona, onde o Benfica nunca ganhou ao longo da sua história. E depois do embate com o Belenenses SAD, será hora de dérbi com o Sporting na Luz, com oportunidade para ganhar pontos a um rival direto... ou vê-lo fugir. A fechar este decisivo conjunto de partidas está a última ronda da fase de grupos da Champions, na qual, dependendo do desfecho anterior na Catalunha, a águia poderá decidir a continuidade na prova milionária. E este será mais um elemento de relevo em cima da mesa na hora de analisar a continuidade, ou não, de Jesus ao leme da equipa.
Na sua intervenção na Figueira da Foz, recorde-se, Rui Costa já tinha deixado o aviso interno à navegação, no sentido de que é preciso haver “equilíbrio para se exigir sempre mais”. Ficou também a nota para a calma necessária entre perceber o que fez a equipa “perder cinco pontos” em três jornadas da Liga e tudo o que “bem” foi feito no início da temporada.
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