13 outubro 2021

"Para reflexão: dos últimos quatro presidentes do Benfica só um não foi detido"; Objetivo leonino é contratar menos e apostar mais na formação; "Não acho que Luis Díaz seja inferior a Sancho ou a Rashford. Mas mesmo"

O tempo de Luís Filipe Vieira no Benfica "acabou", mesmo que o ex-presidente admita que vai 'andar por aí' atento à vida do clube da Luz. A crença é de Pedro Adão e Silva, opositor do modelo de governação de Vieira, que confia que o empresário não terá mais oportunidades de entrar na administração benfiquista no futuro.
"O Luís Filipe Vieira na declaração sugere um regresso mas Luís Filipe Vieira acabou, é parte do passado", afirmou Pedro Adão e Silva, sustentando que a participação em massa de sócios no último ato eleitoral serve de resposta à declaração do ex-presidente a respeito da democracia no clube da Luz."É um juízo moral que os benfiquistas fazem do papel desse senhor enquanto presidente do Benfica. Os benfiquistas disseram que querem mais democracia e não menos", observa o conhecido associado que chegou a concorrer a vice-presidente do clube, em 2020, na lista de Noronha Lopes.
Pedro Adão e Silva realça que os benfiquistas "querem participar na vida do Benfica de forma organizada e com regras". "A vitalidade do clube depende disso", refere o associado, na leitura que faz da forte adesão de benfiquistas à votação.
Em comentário na Sport TV, Pedro Adão e Silva sugere aos benfiquistas para que façam uma reflexão e pensem no que tem acontecido aos ex-presidentes do emblema da Luz.
"É motivo de reflexão que dos últimos quatro presidentes do Benfica só um não tenha sido detido e não tenha tido problemas com a justiça. Isto não pode ser por acaso."
Para Pedro Adão e Silva, "há qualquer coisa no modelo de governação, no funcionamento do clube, que permite que pessoas cujo comportamento é moralmente duvidoso ocupem cargos de responsabilidade no Benfica".
Além disso, o conhecido sócio das águias disse ainda que, após ouvir as declarações de Vieira no pavilhão da Luz após a votação, pode concluir que ele "queria mandar no Benfica e capturar o clube e os seus interesses, prejudicando o Benfica".
Aqui chegados, Pedro Adão e Silva entende que há temas que devem ser debatidos pelos associados como o funcionamento das assembleias mas também a questão dos estatutos ou a remuneração de quem ocupa cargos na administração encarnada.
Uma das coisas que Pedro Adão e Silva não viu debatida mas que gostaria era a questão da Oferta Pública de Aquisição que a CMVM travou, anteriormente.
Para o associado Pedro Adão e Silva, "não há nada tão revelador do que era a presidência de Luís Filipe Vieira como o tema da Oferta Pública de Aquisição", sendo que o sócio espera ainda para ver o que serão os futuros capítulos da situação do investidor John Textor, até porque, em relação ao norte-americano, Adão e Silva diz suspeitar que existem "muitos capítulos anteriores desconhecidos."

Objetivo leonino é contratar menos e apostar mais na formação. Orador na conferência “Global Football Management – O Futuro da Gestão Humanizada do Futebol”, Luís Branco, scout no Sporting, deu conta dos desafios da sua profissão e da meta leonina de que os talentos jovens do clube ganhem ainda mais preponderância na equipa. “O departamento de scouting tem que gerir muita informação. E tem que saber discernir entre ‘trash informations’ [informação lixo], uma vez que a um clube gigante como o Sporting chegam milhares de informações por dia sobre jogadores. Temos que saber perceber isso”, revelou na palestra, que teve lugar no Estádio da Luz, reforçando: “Eu posso ver um jogador muito bom, mas para nós pode não servir. Há que perceber que tipo de jogadores temos no nosso elenco, para que essa informação não chegue só por chegar.”
Em conversa posterior com o jornal O Jogo, Luís Branco reforçou esta ideia, levantando um pouco o véu da forma de trabalhar dos leões. “A nossa ideia é a valorização de jogadores, sobretudo dos formados na Academia. Temos onze da formação na equipa, a ideia é aumentar esse número. Para isso, temos o tal modelo centrado no jogador, que ganhou agora o prémio da Associação Europeia de Clubes. É um projeto que está assente no desenvolvimento individual dentro do coletivo e inclui uma série de áreas multidisciplinares, técnica, tática, física...”, explica.
O scout verde e branco não esconde que este departamento “é cada vez mais importante” e “para a sustentabilidade financeira” dos mesmos, dada a necessidade de “comprar cada vez mais cedo e barato” e “fazer vendas importantes”. Por isso lembra: “Os jogadores que cheguem têm de aportar valor desportivo, mas também financeiro, o que é fundamental para qualquer clube português e nós não somos exceção.”
No Sporting, assegura ainda, procura-se “formar para aquilo que é a exigência do futebol profissional” e “quanto mais cedo melhor”, justificando: “Queremos que os jogadores comecem desde novos a beber a cultura Sporting, a criar identidade com o clube desde cedo, o que aumenta as probabilidade de sucesso futuro.” E qual é a cultura do Sporting? A resposta é clara: “É uma cultura do jogo positivo, de um jogador preparado para o alto rendimento, de valores pessoais. Temos um lema na Academia: ‘Formar homens íntegros na vida e no campo.’”
Luís Branco reconhece ainda que pela qualidade da sua formação o Sporting também tem de ser seletivo. “A nossa necessidade de ir ao mercado é menor do que se fossemos um clube que não olha para dentro de casa. Tivemos 11 campeões nacionais da formação e na próxima época vamos querer ter mais, o objetivo é aumentar. Se formos buscar menos jogadores, o risco de uma má contratação é também menor”, conclui.

"Não acho que Luis Díaz seja inferior a Sancho ou a Rashford. Mas mesmo". Luis Díaz é o nome do momento no FC Porto. O colombiano está em grande neste arranque de temporada não apenas pelo FC Porto, no campeonato e na Liga dos Campeões, mas também ao serviço da Seleção da Colômbia. Depois do que fez na Copa América, o colombiano continua 'nas bocas do mundo' e vai somando pormenores técnicos e táticos que o colocam num patamar mediático alto.
Perante as performances que Luis Díaz vai somando, em Portugal, já residem dúvidas relativamente à capacidade que o FC Porto poderá ter para segurar o jogador, que, no último mercado de transferências, foi alvo de cobiça por parte de emblemas da Premier League. "O FC Porto vai ter dificuldades em segurar Luis Díaz mas vai receber muito dinheiro. É um jogador sensacional, muito forte e rápido", destacou Pedro Henriques, elogiando "o que ele tem feito na Seleção da Colômbia e no FC Porto".
"Não acho que o Luis Díaz seja inferior ao Jadon Sancho ou ao Marcus Rashford. Mas mesmo. Está pronto para esse salto", vaticina o ex-futebolista, atualmente comentador, em declarações na Sport TV.

2 comentários:

  1. 3 títulos com quatro presidentes é obra!!!

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  2. É começar a derrubar a estátua do Eusébio e pôr lá a do Vale e Azevedo e a do LFV.

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