01 outubro 2021

Críticas aos boletins de voto, a Varandas e Rogério Alves; Máquina leonina perde potência sem Pote; João Paulo Rebelo e o Cartão do Adepto: "Observações e críticas destrutivas vêm de uma minoria". Já presidente da APAF diz que... "Se não funcionar, temos que ter a humildade de dizer que não funciona"

Em Dortmund, o Sporting sofreu a segunda derrota seguida na Liga dos Campeões, com uma exibição mais segura do ponto de vista defensivo em comparação com o descalabro com o Ajax (1-5), ainda assim com dificuldades em fazer girar a engrenagem do ataque, à imagem do que havia sucedido no campeonato com o Marítimo ou Estoril. E naquele que foi o 10º jogo da temporada, há uma linha divisória que diz mesmo tudo... ou quase tudo: no quinto jogo seguido sem Pote, e em contraste com a primeira mão cheia de jogos na época com o médio-ofensivo no onze, o Sporting perdeu fulgor no ataque em praticamente todos os aspectos e regista, hoje, novos mínimos nesse capítulo.
Com efeito, a dependência e consequente influência do internacional português começa por ter reflexos nos golos da equipa. É que além de os leões não conseguirem marcar por duas ou mais vezes desde 21 de agosto, na receção ao Belenenses SAD (2-0), há já seis partidas, na Alemanha ficaram pela primeira vez em branco esta temporada, algo de resto pouco usual com Amorim ao leme. Contas feitas, sem o camisola 28 em campo a média de golos baixa para... menos de metade (de 2 para 0,8). O golo é, claro, consequência do que vem para trás, e a quebra nos remates, oportunidades criadas ou na eficácia e taxa de conversão de remates são outros fatores que ajudam a explicar a maior dificuldade em empurrar a bola para as redes adversárias.

Críticas aos boletins de voto, a Varandas e Rogério Alves. Não foi muito pacífica a AG leonina. Houve muitas críticas à numeração dos boletins de voto - o clube garante que servem apenas para controlar a autenticidade dos boletins e que não permitem a identificação do votante - e a maioria das intervenções foram contra Frederico Varandas e Rogério Alves. Um dos sócios que falou foi Miguel Fonseca, advogado de Bruno de Carvalho no julgamento do ataque à Academia de Alcochete.

João Paulo Rebelo e o Cartão do Adepto: "Observações e críticas destrutivas vêm de uma minoria". Presente na apresentação do livro do ex-árbitro Duarte Gomes, em Oeiras, o secretário de Estado do Desporto, João Paulo Rebelo, abordou a arbitragem e o cartão do adepto.
Balanço à introdução do Cartão do Adepto, muitas vezes os sectores nos estádios estão vazios: "Todas as observações negativas e críticas até destrutivas vêm de uma minoria de pessoas a quem, de facto, não interessa a implementação do Cartão do Adepto, porque está a combater justamente esse tipo de comportamentos que não queremos no desporto. Ainda que não sejam entusiastas a expressar a sua opinião, estou convicto de que uma esmagadora maioria dos portugueses é a favor deste procedimento, porque sabe que é para combater fatores criminógenos, erradicar maus comportamentos e afastar dos estádios pessoas que não têm que lá estar."
Caso a desaparecer: "Os que se estão a sentir atacados estão a reagir. Tenho a certeza que daqui a poucas semanas não falaremos sobre isso. Qualquer medida implementada no seu início sofre adaptações e acertos, não tenho pejo em dizer, não é aceitável que eu, como adepto visitante, não tenha duas zonas para estar no estádio, esse é um raciocínio básico, espero que não pensem que eu concordo com isto. Uns por distração, outros por não estarem totalmente por dentro, não se acertaram logo nesta medida essencial. Não é aceitável eu ter que ir para uma zona de acesso especial por não ter Cartão do Adepto. Isso é uma dor de crescimento. Os poucos promotores que não estavam a ter esta prática já a estão a ter. Dentro de poucas semanas não será um caso."

"Cartão do adepto? Se não funcionar, temos que ter a humildade de dizer que não funciona". Também Luciano Gonçalves, presidente da APAF, sobre Cartão do Adepto.
"Não é uma resposta técnica, não tenho uma opinião técnica sobre isso. Sou a favor de tudo o que seja feito para que se consiga ter dentro dos estádios as pessoas identificadas e não se esteja a escamotear as pessoas que prejudicam aquilo que é bem feito por milhões de pessoas. Se resulta? Sou sempre defensor de experimentar para vermos se funciona. Já experimentámos coisas que não funcionam. Vamos dar o benefício da dúvida. Se não funcionar, temos que ter a humildade de dizer que não funciona. Até lá, teremos que experimentar. Não é bom para ninguém quando existem problemas nos estádios, seja na I Liga, seja nos jogos de formação", disse.

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