04 outubro 2021

"Até o Portimonense, com apenas 500 seguidores no Twitter, também pode 'trollar' o Barça. Até onde chegamos"; FC Porto não esquece erros de Mota mas não deverá avançar para a despenalização de Taremi; Daniel Bragança em destaque com 97% de passes acertados, ganhou mais duelos e perdeu menos bolas que Palhinha; Rúben Amorim conquistou metade das vitórias no Sporting pela margem mínima; Palmeiras volta a tropeçar

Basta um golo de diferença para ganhar e Rúben Amorim leva essa premissa ao extremo. O treinador do Sporting, em 53 jogos na Liga Bwin pelos leões desde que assumiu o comando da equipa contra o Aves em 2020 (24.ª jornada de 2019/20), acumula um total de 38 vitórias, das quais exatamente metade, 19, foram pela margem mínima. Sobre o total de jogos no campeonato, a percentagem cai de 50 para os 35%.
Só esta temporada, das seis vitórias na Liga Bwin, quatro foram à tangente, como no derradeiro encontro, na deslocação a Arouca (2-1). Os leões também não puderam relaxar um minuto contra Braga (2-1), Estoril e Marítimo (1-0 em ambos). Amorim tem habituado os adeptos leoninos a “sofrer” e muitas vezes quase até ao apito final, o que levou a que a conquista do título na última época fosse constantemente atribuída pela opinião pública à “estrela de campeão”.Comparando com os dois rivais na luta pelo título, no mesmo período de tempo, a diferença explica o “fenómeno” Amorim. O técnico verde e branco soma mais vitórias que Benfica e FC Porto, mas por curta diferença (38 contra 36 das águias e 37 dos dragões), com o saldo dos triunfos pela margem mínima a regista uma diferença assinalável, sobretudo na comparação com o Benfica, atual líder do campeonato.
As águias somam no período em análise um total de 35 vitórias em 53 jornadas, das quais somente 11 foram alcançadas com um golo de diferença apenas. O que dá um rácio de apenas 31,42% do total dos triunfos e 20,75% do cômputo dos jogos disputados na Liga.
Já o FC Porto, soma 16 vitórias pela margem mínima que correspondem a 43,24% dos 37 triunfos registados nesse período, e representam 30,18% do total de 53 jornadas.

Daniel Bragança reclama minutos. O jovem médio leonino estreou-se a titular em 2021/22 contra o Arouca, no último sábado, e a sua exibição veio dar força à tese de necessidade de rotação no miolo, que até agora tinha uma dupla praticamente intocável para Amorim, formada por João Palhinha e Matheus Nunes. Com uma exibição de gala, a organizar e a defender e com participação nas jogadas dos dois golos da equipa, Bragança reclamou mais minutos ao técnico, mostrando não se ter vergado ao facto de ser suplente no arranque de 2021/22, quando fechou a temporada com a expectativa de ser o sucessor de João Mário no onze.
Amorim chegou a dizer que não trocava nesta altura o agora atleta do Benfica por nenhum dos jogadores à sua disposição para o meio-campo, pois não lhe poderia dar o destaque e relevância que tem nas águias, e Bragança é mais um a provar que a configuração do miolo é uma dor de cabeça para o técnico leonino, que tem uma dupla já consolidada em Palhinha e Matheus Nunes.
Depois do fim de temporada prometedor, a exigência aumentou para Bragança, pois Amorim espera ver no jovem formado na Academia um crescimento sobretudo na vertente defensiva, pois na ofensiva já em 2020/21 deixou rasgos de talento que em várias ocasiões ajudaram os leões a resolver jogos difíceis. O camisola 68 confirmou credenciais na organização, a jogar de cabeça levantada, a pensar o jogo da equipa e sobretudo a passar com critério e visão de jogo: foi o jogador com melhor percentagem de passes certos (97%, seguido de Esgaio e Matheus Nunes, com 87%) e esteve na fase inicial das duas jogadas de golo. Mas Bragança mostrou também o nervo e números defensivos pelos que Amorim ansiava, ganhando 8 de 13 duelos (mais do que Palhinha, 7 em 10, que teve 11 perdas de bola e Bragança só 8), acrescentando duas interceções e dois desarmes. Só fez duas faltas, mas uma foi cirúrgica, necessária, e sinal de inteligência tática e boa leitura do jogo.

Taça atenua perda de Taremi. A arbitragem de Manuel Mota gerou forte indignação no seio do FC Porto. Externamente (Dragões Diário), o clube optou por ser contido nas críticas, com o objetivo de não desviar o foco do mais importante: a vitória com o Paços de Ferreira. Internamente, porém, o jornal O Jogo escreve que os azuis e brancos consideram que a atuação do árbitro da AF Braga, bem como do VAR, a cargo de Tiago Martins, somou erros em catadupa. A convicção ganhou ainda mais força no dia de ontem, depois de analisadas as opiniões dos especialistas de arbitragem da Imprensa em geral, entre as quais a do Tribunal d’O JOGO. O golo do Paços de Ferreira é um dos lapsos que os portistas apontam a Manuel Mota, que ainda expulsou Taremi no último instante do encontro. Imagens entretanto surgidas demonstram um toque de Maracás no iraniano na área, pelo que os dragões não entendem como Tiago Martins não alertou o companheiro para essa situação. Apesar disso, informações recolhidas pelo jornal indicam que não devem avançar com um pedido de despenalização do atacante, já que o facto de o próximo jogo ser da Taça de Portugal (Sintrense), no qual já deveria ser poupado, atenua as perdas.

Palmeiras empata e fica mais longe da liderança O Palmeiras, treinado pelo português Abel Ferreira, empatou 1-1 na receção ao Juventude, em jogo da 23.ª jornada do campeonato brasileiro de futebol, atrasando-se na luta pelo título.
O Palmeiras manteve-se no segundo lugar, mas agora a 10 pontos do líder Atlético Mineiro.

"Barcelona, viram?" Está foi a pergunta que surgiu na conta de Twitter do Portimonense SAD, acompanhada com o vídeo do golo doa algarvios que derrotou o Benfica na Luz. Rapidamente a mensagem chegou a Espanha, em especial à Catalunha. Josep Capdevila, reputado jornalista que acompanha os catalães, reagiu na sua conta de Twitter.
"Até o Portimonense, com apenas 500 seguidores na sua conta de Twitter, também pode 'trollar' o Barça. Até onde chegamos", escreveu.

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