Ex-árbitro defende penalti sobre Taremi. "Penálti ficou por sinalizar. Só os hipotecados e cinzentões da arbitragem podem dizer o contrário"

O FC Porto queixou-se de uma grande penalidade sobre Taremi numa altura em que os dragões estavam empatados em Barcelos. Muitos analistas de arbitragem apontaram o dedo a Soares Dias e ao VAR. Os que os defenderam sofrem um 'ataque' da parte do ex-juiz Jorge Coroado.

"Contrainformação e desinformação expressam-se com latente acuidade em vários sectores da sociedade. Na, ou em redor, da arbitragem, devido a pungentes atos corporativistas, por manifesta doença cromossomática ou, mais grave, falta de pudor no agradar a clientelismos e salvaguarda de lugares não alcançados por mérito e competência, sim por indicação expressa de estruturas e clubes com beneplácito de diretores de órgãos de comunicação ávidos de audiência, tal fenómeno também se faz notar. Chega (não o do outro, vá de retro Satanás) a fazer dó, tornando-se revoltante, a manipulação e justificação expendidas perante factos concretos e objetivos. Quem foi ÁRBITRO, não quem passeou o apito ou apenas segurou o “pau”, tem obrigação implícita de saber que UMA FALTA continuada é e deve ser punida no local onde termina o seu efeito. Ocorrendo um empurrão, mesmo que o atingido caia 5/6 metros à frente, é no local onde sucedeu o contacto que se pune. Diferente é quando um jogador começa a empurrar e adiante, mantendo o contacto, agudiza o gesto apoiando-se nas costas do adversário impedindo-o de saltar. É aqui quando se apoiou, que deve ser punido. Isto foi o que Lucas Cunha fez sobre Taremi, em Barcelos. Começou por empurrar fora da área, terminando apoiando-se dentro da área. Penálti ficou por sinalizar. Só os hipotecados e cinzentões da arbitragem podem dizer o contrário", escreveu no seu artigo de opinião no jornal O Jogo.