Vieira aponta dedo a Soares de Oliveira; O principal alvo de mercado do Benfica e ainda André Gomes; A dupla que o Sporting quer vender para encher os cofres; “O Benfica ganhou o campeonato do túnel, como este há de ficar conhecido como o campeonato do Hugo Miguel e do António Nobre”

Na memória de 2010 sobressai, para Pinto da Costa, o castigo imposto a Hulk, na sequência dos incidentes no túnel da Luz, registados em dezembro de 2009. “Foi o acontecimento mais vergonhoso da história do futebol português, sem dúvida alguma”, vincou o presidente do FC Porto, num episódio da série “Ironias do Destino” cuja gravação arrancou no túnel...do Dragão. “Houve uma montagem para provocar uma zaragata, que depois deu num inquérito, comandado pelo senhor Ricardo Costa, para chegar à conclusão de que o Hulk foi castigado com três jogos, depois de ter cumprido 17 de suspensão, porque não terminavam o inquérito. Aquilo que hoje, justiça seja feita, é decidido na mesma semana, demorou o tempo suficiente para que o Hulk cumprisse 17 jogos. Esse senhor, mais os responsáveis da Liga, mais o senhor doutor Hermínio Loureiro, estão ligados à maior vergonha do futebol português”, reforçou Pinto da Costa, a quem “até custa dizer o nome dessas pessoas”. “Protelaram tudo de maneira a que ele cumprisse mais 17 jogos, para dar tempo ao Benfica de ser campeão. É um episódio negro”, acusou.

Para o dirigente, “o Benfica ganhou o campeonato do túnel, como este [2020/21] há de ficar [conhecido] como o campeonato do Hugo Miguel e do António Nobre”, antes de uma resposta impactante do FC Porto, que numa “jogada de risco” apostou em André Villas-Boas. O técnico abriu 2010/11 com a conquista da Supertaça. “A ideia geral era a de que o Benfica ia ganhar facilmente, ia golear. Surpreendentemente, o FC Porto fez um grande jogo e ganhou 2-0. Foi muito importante, as pessoas começaram a pensar ‘afinal o miúdo está a fazer alguma coisa’.

Deu embalagem à equipa”, lembrou Pinto da Costa, que meses depois viu os dragões baterem os encarnados por 5-0, no Dragão. “No futebol não há vinganças, foi o mostrar a capacidade de reverter as coisas. Quando nos dão como mortos, não estamos e sabemos sair das situações mais difíceis. Essa vitória de 5-0, com uma exibição espetacular, fez as pessoas pensar que afinal de contas este FC Porto não é para andar aqui a fazer companhia ao grande campeão, que seria o Benfica”, rematou.

O Sporting continua sem fazer um grande encaixe financeiro neste verão, mas ainda tem mais de um mês para o fazer. O Manchester City não quer chegar aos 50 milhões de euros para levar Nuno Mendes para Inglaterra e a direção leonina acredita que a solução passa por vender Jovane Cabral e Matheus Nunes, escreve o jornal A Bola. 

A mesma publicação adianta que a dupla pode render um encaixe financeiro entre os 28 e 35 milhões de euros e que Rúben Amorim tem o desejo de segurar João Palhinha. 

O Sporting deseja vender Jovane por um valor a rondar os 15 milhões de euros e Matheus por 20 milhões. Tudo isto ainda nesta janela de transferências de verão. 

O principal alvo de mercado do Benfica e ainda André Gomes. Depois de garantir a contratação do médio Meité, o empréstimo de Valentino Lázaro, lateral do Inter, é agora o principal objetivo do Benfica, mas o austríaco quer forçar a permanência no clube, apesar de não integrar os planos do Simone Inzaghi, técnico dos nerazzurri.

André Gomes fora dos planos. O Benfica sondou o Everton, para saber as condições para contratar André Gomes, noticiou o ‘Liverpool Echo’. O médio, de 27 anos, não entra nos planos de Rafael Benítez, mas, de acordo com o Record, também está fora do radar das águias, que contam com o reforço João Mário, Pizzi, Taarabt e Paulo Bernardo para o lugar.

Vieira aponta dedo a Soares de Oliveira. O ex-presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, acusado de oferta indevida de vantagem no processo Lex, nega ter sido ele a oferecer bilhetes para jogos ao então juiz desembargador Rui Rangel. Garante que o magistrado era convidado pelo vice-presidente do clube Fernando Tavares e também pelo advogado Jorge Barroso, arguidos no processo.

O ex-líder do Benfica também aponta o dedo a Domingos Soares de Oliveira, administrador financeiro da SAD, para se defender. Assegura que era ele que aprovava a atribuição de lugares na tribuna presidencial. “Não era Luís Filipe Vieira que o fazia! Era Domingos Soares de Oliveira !”, lê-se no requerimento de abertura de instrução do processo Lex, a que o CM teve acesso. Luís Filipe Vieira arrisca até três anos de prisão se for condenado.

A estratégia de defesa do ex-líder das águias, para evitar ir a julgamento, é clara: outros juízes também receberam “as mesmas vantagens” de Rangel (bilhetes para a tribuna presidencial e viagens para o estrangeiro) e nada aconteceu. “O Ministério Público (MP) não determinou - e bem! - a extração de qualquer certidão para procedimento criminal relativamente a tais indivíduos e a tais magistrados, depreendendo-se que não o fez por ter constatado que não havia o menor indício da existência de um acordo ilícito ”, lê-se no mesmo documento. O MP sustenta que, a troco destas ofertas, o então juiz desembargador Rui Rangel intercedeu num processo fiscal que envolvia Vieira “para conseguir uma decisão rápida”.

O ex-presidente do Benfica afirma ainda que a oferta de bilhetes é uma prática comum no clube que liderou durante 18 anos. Alega ainda que Rangel foi convidado para assistir aos jogos não por ser juiz da Relação de Lisboa, mas “na qualidade de ex-candidato à presidência do clube e reputado benfiquista”. E porque “era amigo pessoal de Fernando Tavares”.