Titular do Benfica novamente aponta a Espanha; Sporting fartou-se e dispensou 'pérola'. Porta dos rivais deixada aberta apesar do contrato; Varandas rebenta a média. Presidente com maior média troféus/época de sempre em Alvalade

Passados 19 anos, o leão pode fazer a festa na principal prova e Frederico Varandas arrisca-se a entrar na história do clube. Líder dos destinos leoninos desde 2018, Varandas poderá estabelecer a melhor média anual de sempre no que toca a títulos. Em três épocas, o médico tem o quarto título à mão de semear, estabelecendo uma percentagem de 1,33 troféus por ano, já que, recorde-se, triunfou em duas Taças da Liga, em 2020/21, com Rúben Amorim e, em 2018/19, com Marcel Keizer. O holandês venceu também a Taça de Portugal.

Naturalmente que a amostra ainda será curta, porém não deixa de ser verdade que na história dos leões só outros dois nomes conseguiram médias acima de um título por ano, liderando mais do que uma época os destinos do clube. Em sete anos, mais concretamente desde 1946 a 1953, Ribeiro Ferreira alcançou nove títulos no seu reinado, perfazendo uma média de 1,29 troféus por ano, lembrando que, na altura, se disputavam campeonato, Taça de Portugal e Campeonato de Lisboa, ou seja, menos uma prova a contabilizar em relação à atualidade, com Taça da Liga e Supertaça a integrarem as contas. Ribeiro Ferreira viu o Sporting festejar o período dourado na Liga, vencendo cinco campeonatos e saindo do clube antes de o leão somar o segundo tricampeonato (de 1947 a 1949 e depois de 1951 a 1953).

Joaquim Oliveira Duarte é o presidente com mais títulos. Em 11 épocas – seis meses em 1928 e depois de 1932 a 1942 – somou 13 conquistas: oito campeonatos de Lisboa e um inédito hexa na prova; três campeonatos de Portugal; o primeiro Campeonato Nacional e uma Taça de Portugal, perfazendo 1,18 de média de títulos por ano. Ninguém mais conseguiu ganhar pelo menos um título em média por ano.

Filipe Soares Franco viu Paulo Bento conduzir a equipa a duas vitórias na Supertaça e outras duas Taças de Portugal, somando quatro títulos em cinco épocas (2006 a 2009). Dias da Cunha está empatado com o seu sucessor: as duas Taças de Portugal e as duas Supertaças valem quatro troféus em cinco temporadas desportivas (2000 a 2005), com 0,80 de média, superando Góis Mota (0,75), com três títulos em quatro temporadas, pois saiu antes da conclusão da época de 1957.

Na totalidade dos títulos, Varandas poderá estar ao lado de Soares Franco e Dias da Cunha no quarto posto dos mais vencedores no futebol (João Rocha é o terceiro com sete troféus em 13 anos) e superando o pecúlio total de Bruno Carvalho, que, de 2013 a 2018, perfazendo seis temporadas desportivas, logrou três títulos (uma Taça da Liga, uma Supertaça e uma Taça de Portugal). Varandas tem ainda a média do seu lado, já que os 1,33, a confirmar-se a conquista, são superiores à média de 0,50 de Carvalho, ou seja, de um troféu a cada dois anos.

Frederico Varandas falou recentemente no “orgulho de ver o clube a uma só voz”, mas tem-se mantido na sombra nestes momentos de maior euforia em torno da equipa de futebol. Após entrar em ação antes do jogo com o FC Porto, devido ao imbróglio quanto aos casos de covid-19 e às amostras da Unilabs que geraram desconfiança dos rivais, o presidente tem acompanhado várias vezes a equipa, mas optando pela discrição, estratégia que fugiu muito aos primeiros dois anos como líder dos destinos do clube e, notoriamente, a Bruno de Carvalho, que pautou as seis temporadas nos leões pela comunicação recorrente e, muitas vezes, em tom de conflito, desde rivais a jornalistas, passando pelos próprios adeptos. Rúben Amorim, após a vitória em Vila do Conde, foi claro quanto à postura que o presidente do emblema de Alvalade tem adotado, sublinhando que a mesma não se traduz em distanciamento em relação ao grupo de trabalho: “Varandas está connosco em Alcochete muitas vezes. Presta apoio à nossa equipa e é o nosso líder. É uma opção não estar a aparecer tanto.”

Sporting fartou-se e dispensou 'pérola'. O Sporting fartou-se dos atos de indisciplina de Bruno Tavares e, segundo O Jogo, já comunicou ao atleta que pode sair para onde quiser, inclusive para os rivais, desde que isso não implique qualquer custo para o emblema de Alvalade, com o qual tem um contrato válido até julho de 2025.

O médio de 19 anos, que faz parte da equipa de sub-23, tem sido um foco de sucessivos problemas disciplinares e o último dos quais foi mesmo a participação num vídeo na rede social Instagram, onde, ao lado de amigos, exibiu um maço de notas. O comportamento não agradou aos responsáveis leoninos que instauraram um processo disciplinar ao jogador, levando, segundo informações recolhidas pelo jornal, a uma suspensão por 10 dias e uma multa na ordem dos 1 300 euros, uma parcela do vencimento mensal do atleta que ronda os 3 300 euros livres de impostos. Mas mesmo depois desta penalização, Bruno Tavares foi colocado a trabalhar à parte, isto enquanto aguarda uma definição em torno do seu futuro profissional, sendo certo que em Alvalade já poucos olham para o jogador como outrora: um elemento capaz de chegar à formação principal pelo talento que tem.

Traído pelos comportamentos e companhias, Bruno Tavares tem acumulado momentos de tensão, sobretudo depois de ter deixado de ser um atleta residente na Academia aos 18 anos, ameaçando tornar-se num caso semelhante ao de Fábio Paim, uma das grandes promessas da formação leonina que acabou por perder-se no profissionalismo até chegar à prisão. Bruno Tavares, por exemplo, em novembro último foi alvejado no peito quando estava com amigos numa área de serviço, tendo o disparo sido assumido como acidental. Depois de ter recuperado, Bruno Tavares voltou a competir pela equipa de sub-23, registando na presente temporada 17 jogos na Liga Revelação, nos quais esteve 1 303 minutos em campo, com seis golos obtidos.

Grimaldo está, de acordo com notícias publicadas na Imprensa espanhola e francesa, na mira do Atlético de Madrid como alvo para reforçar o plantel de Diego Simeone para a próxima temporada. O camisola 3 benfiquista surge como possível solução para o lugar de lateral-esquerdo, sendo que Renan Lodi, atleta que ocupa esta posição, está a ser cobiçado por Bétis e Lyon.