03 maio 2021

"Se fosse hoje não teria levado jogadores que rescindiram com o Sporting"; PSP identificou invasores de Alvalade e fez participação ao MP. Visados incorrem, no limite, a “pena de prisão até 1 ano”; "Ele sonha em marcar ao FC Porto"

O selecionador nacional português Fernando Santos reconhece que errou ao convocar para a fase final do Mundial2018, na Rússia, jogadores que tinham rescindido contrato com o Sporting na sequência da invasão à academia de Alcochete, ocorrido em maio daquele ano. "Achei, se calhar presunção minha, que levar o Rui Patrício, o William Carvalho, o Bruno Fernandes, o Gelson, os jogadores que tinham rescindido com o Sporting, não seria um problema".
Porém, o técnico da turma das quinas diz que, se fosse agora essa situação, os atletas leoninos tinham ficado de fora das opções para a fase final do Mundial que decorreu na Rússia e onde Portugal chegou com estatuto de campeão europeu. "Se fosse hoje não os teria levado", admite Fernando Santos, detalhando as razões que o levariam a tomar uma decisão diferente à que tomou três anos, pouco tempo depois do ataque à academia do Sporting, em Alcochete.
Fernando Santos diz que os atletas que tinham rescindido com o Sporting tiveram um comportamento "ótimo" quer "ao nível do treino, na entrega". Só que a questão psicológica teve o seu peso.
"Olhas para o resto e pensamos na cabeça deles e estamos a falar de grandes profissionais, ninguém duvide. O dia a dia deles - não durante os treinos, mas durante as palestras, nas refeições - era a pensar no que lhes iria acontecer a seguir, se teriam ou não clube, no que iria suceder depois."
Em declarações no jornal O Jogo, a poucas semanas do arranque da preparação da equipa portuguesa para o Euro2020, adiado no último ano face à pandemia, Fernando Santos reconhece que levar aqueles jogadores, na altura e naquelas circunstâncias para território russo, não foi a opção mais correta.
"Não foi favorável. Eu achava, na altura da convocatória e durante mais tempo, que aquilo estava ultrapassado, mas...", admite agora o selecionador nacional.

PSP identificou invasores de Alvalade e fez participação ao MP. A romaria de adeptos às imediações de Alvalade, antes do Sporting-Nacional, ficou manchada pela invasão de elementos afetos às claques leoninas às garagens do estádio. A situação descontrolou-se e, como o jornal Record noticiou, levou a que tivessem sido acionadas as botoneiras de incêndio nos pisos -2 e -1, o que alagou o subterrâneo do estádio e o balneário da equipa principal. O Sporting ainda não tem uma estimativa dos danos causados, pois os trabalhos de limpeza ainda decorriam ontem, mas a Polícia de Segurança Pública está a par do sucedido e na posse das imagens de videovigilância, tendo identificado os elementos envolvidos e feito uma participação da invasão ao Ministério Público.
Disso mesmo deu conta ao jornal o comissário Artur Serafim, do Comando Metropolitano de Lisboa. “Fizemos uma participação com identificação de todas as pessoas que estiveram na garagem que dá acesso à rampa, no interior do estádio, porque estavam junto ao portão e a furar um perímetro de segurança desportivo”, esclareceu o responsável. Segundo a legislação portuguesa, em concreto a Lei 113/2019, que se refere à ‘Invasão da área do espetáculo desportivo’, os visados incorrem, no limite, a “pena de prisão até 1 ano”. “Quem, encontrando-se no interior do recinto desportivo durante a ocorrência de um espetáculo desportivo, invadir a área desse espetáculo ou aceder a zonas do recinto desportivo inacessíveis ao público em geral, é punido com pena de prisão até 1 ano ou com pena de multa”, pode ler-se.
Além do MP, também o Conselho de Disciplina da FPF deverá abrir um processo de inquérito, com base na informação que é pública e que deverá constar dos relatórios da polícia. Em outubro de 2019, o CD aplicou uma multa de 1913 euros ao Sporting por outra situação de invasão à garagem, em que os adeptos arremessaram objetos à polícia.

“Darwin vai estar bem para o clássico”. Darwin Núñez sente-se preparado para jogar no clássico de quinta-feira, apesar de ter ficado afastado da vitória em Tondela (2-0) devido a um problema no joelho direito. A garantia é dada pelo pai do jogador. “O Darwin vai estar bem para o clássico. Jogar só depende do treinador”, afirma Bebiano Núñez, ao jornal Record.
O inchaço no joelho do atacante pode ser debelado em poucos dias. Quando foi questionado sobre a lesão, Bebiano Núñez explicou que “Darwin sofreu um golpe e Jorge Jesus quis protegê-lo”, mas evitou entrar em mais detalhes. “Não costumamos falar sobre essas coisas”, sublinha. Há pouco tempo, o avançado, de 21 anos, também viu ser-lhe diagnosticada uma tendinopatia no quadricípete à direita. Mais um contratempo, que não lhe roubou confiança. “Foi um ano com problemas. Também teve Covid-19... Ele nunca perdeu o ânimo. Sabe que cair e levantar-se faz parte. Foi isso que lhe disse, para nunca baixar os braços”, descreve, com uma promessa. “Ele sabe que pode fazer mais. Na próxima época, vai estar ainda melhor”, assegura. De resto, o uruguaio ainda tem objetivos para esta época. “Quer o segundo lugar para ir à Champions e vencer a Taça de Portugal”, frisa. Contra o FC Porto, a prioridade passa pela vitória. “Ele sonha em marcar. Mas são 11 jogadores. Todos querem ajudar”, lembra o pai, que vive com a família na cidade de Artigas, no Uruguai. E é lá que os parentes do camisola 9 vão assistir à partida.

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