"Será que os árbitros que validaram um golo ilegal [frente ao Moreirense], são os ‘preferidos’ para o resto da época?", pergunta ex-árbitro ao Sporting; “Declaração de Jesus mostra o quanto ele é racista”; "No Sporting não foi motivante jogar na equipa B ou ser emprestado”

O ex-árbitro Marco Ferreira, no seu artigo de opinião no jornal Record, comentou os recentes casos de arbitragem nos jogos do Sporting e fez uma pergunta polémica: "Será que Vítor Ferreira e Rui Oliveira, árbitros que validaram um golo ilegal, são os ‘preferidos’ para o resto da época?", referindo-se ao árbitro e VAR do jogo Sporting-Moreirense, onde os leões venceram (2-1) com o golo do empate, apontado por Pote, ter surgindo após a bola tocar-lhe no braço.

Boicote aos delírios

Jornada com críticas infundadas em relação à arbitragem, demonstrando que o importante é ganhar, independentemente da verdade desportiva. A grande polémica aconteceu no lance mais claro e inequívoco da jornada, no qual a equipa de arbitragem cumpriu o protocolo, reverteu a decisão e salvaguardou a verdade desportiva. Em Vila Nova de Famalicão, assistimos a um jogo atípico no qual os principais erros, com influência direta no resultado, foram cometidos por aqueles que deveriam ser os principais protagonistas do futebol. Adán falhou uma interceção e sofreu um golo, Nuno Santos falhou um penálti e Pote foi expulso por acumulação de amarelos devido a uma simulação e, posteriormente, por protestos. O jogador reconheceu o impacto negativo das suas atitudes e desculpou-se, no mesmo momento em que o seu líder máximo proferia declarações desprovidas de qualquer sentido. Será que os jogadores que falharam vão ser ‘boicotados’? Será que Vítor Ferreira e Rui Oliveira, árbitros que validaram um golo ilegal, são os ‘preferidos’ para o resto da época? Coerência e bom senso são exigidos aos árbitros, mas está na altura de os dirigentes darem o exemplo. Quando ganham, beneficiando de erros de arbitragem, os clubes entram em modo silêncio; quando não ganham ‘deliram’ com perseguições que ofuscam o discernimento.

“Declaração de Jesus mostra o quanto ele é racista”. O antigo jogador Neto comparou as declarações de Jorge Jesus e Neymar para considerar o treinador português “racista”, no seguimento dos incidentes no jogo entre PSG e Basaksehir, para a Liga dos Campeões.
O agora apresentador do programa ‘Os Donos da Bola’ reagia às declarações de Jorge Jesus, que na antevisão do jogo europeu com o Standard Liège (amanhã) afirmou que “isso do racismo está muito na moda”.
“A declaração do Jorge Jesus mostra o quanto ele é racista”, acusou Neto.
“Algum branco foi vendido? Algum branco foi escravizado?”, reforçou o antigo jogador brasileiro.
“É um pensamento dele, mas nós temos que transformá-lo numa outra visão”, acrescentou.
E Neto apresentou então a ‘versão oposta’, elogiando a reação de Neymar. “Pela primeira vez, eu vi o Neymar a pronunciar-se de uma maneira positiva. Foi bonito de ver”, salientou.
Com as reações de jogadores como Neymar e Mbappé contra o racismo, “as coisas começam a evoluir”.
“Temos um mundo racista. O futebol pode transformar isso, pode transformar as pessoas, para que elas possam ter uma visão diferente. Nesses momentos, temos de aplaudir. Quem sabe os nossos filhos e netos poderão usar da bondade de partir para cima desse Sebastien [o árbitro que protagonizou o incidente racista] e de quem acha que não existe racismo”, concluiu Neto.

"No Sporting não foi motivante jogar na equipa B ou ser emprestado”. Melhor marcador e referência do Farense, Ryan Gauld acredita que a equipa algarvia “está no bom caminho” depois de ter ganho os dois últimos jogos em casa, contra Boavista e Marítimo. “O clube regressou ao escalão principal depois de longos anos de afastamento e isso ajuda em parte a explicar um começo difícil, mas já estamos a encarrilar”, referiu Gauld em declarações à BBC da Escócia.

Distinguido como melhor jogador da 2ª Liga na época passada e em destaque na presente campanha, Gauld mostra-se satisfeito. “Estou feliz por poder jogar regularmente e mostrar o que sou capaz de fazer, com a confiança daí resultante”, afirmou, garantindo que “o melhor ainda está para vir”.
Contratado pelo Sporting ao Dundee United em 2014/15, Gauld chegou muito jovem a Alvalade. “Foi uma excelente oportunidade para mim, mas a adaptação demorou mais do que o esperado e o peso de me chamarem o mini-Messi também não ajudou, tal como não foi motivante jogar na equipa B ou ser emprestado”, referiu sobre o facto de não ter vingado.
Sobre uma possível chamada à seleção da Escócia, Ryan Gauld é frontal. “Continuo a alimentar essa esperança e faço a minha parte, dando o melhor nos jogos do Farense, mas sei que não será fácil devido às muitas soluções que o selecionador tem para o meio-campo”, vincou.
“No Farense sinto que todos confiam no meu trabalho e procuro responder em campo, tendo crescido muito nos últimos anos do ponto de vista tático e noutros domínios”, assinala Ryan Gauld, que se mostra feliz nos algarvios. “Senti-me desejado e isso faz toda a diferença”, adianta, mostrando “o desejo de continuar a crescer, sempre com o foco no trabalho”.