Valência pode 'atacar' trio de pérolas do FC Porto; Benfica quer pagar o menos possível a Lage; “Nenhum dirigente em Alvalade sobreviveria a um décimo dos percalços que este [Vieira] sócio do SLB, e também sócio do Sporting e do FCP durante, pelo menos, 11 anos, tem sofrido”

Através de uma publicação no Twitter, o antigo responsável pela comunicação do Sporting, Nuno Saraiva, deixa a sua opinião sobre as acusações que Luís Filipe Vieira tem sofrido.

Na última quinta-feira, a TVI avançou que o presidente do Benfica vai ser formalmente acusado pelo Ministério Público no âmbito da ‘Operação Lex’.

Nuno Saraiva considera que os adeptos do Benfica parecem “conviver bem com a suspeição” e com “os inúmeros processos” que Luís Filipe Vieira tem sido alvo.

Ao mesmo tempo, o ex-responsável pela comunicação leonina garante que no Sporting “isto seria impossível e acrescenta que nenhum dirigente do emblema verde e branco “sobreviveria a um décimo dos percalços” que Vieira tem sofrido.

“Nenhum dirigente em Alvalade sobreviveria a um décimo dos percalços que este sócio do SLB, e também sócio do Sporting Clube de Portugal e do FCP durante, pelo menos, 11 anos, tem sofrido”, afirmou Nuno Saraiva.

Para o antigo dirigente do Sporting, a instituição Benfica foi “capturada” pela direção liderada por Luís Filipe Vieira e que a maioria dos sócios benfiquistas “parece não se importar com isso”.

“Há um dono, há muitos anos, que vive do Benfica e no Benfica, e que trata o clube como um condomínio seu. Mas, insisto, lamentavelmente, a maioria dos sócios do Benfica parece não se importar com isso”, salientou.

A iminente acusação contra Luís Filipe Vieira motivou uma reação da defesa do presidente do Benfica, que indicou que os factos em questão “não são verdadeiros”.

"E se os factos não são verdadeiros, as intenções são fruto de imaginação", reforçou a defesa.

Valência pode 'atacar' trio de pérolas do FC Porto. Talento, competência e margem de progressão. Atributos que definem Tomás Esteves, Diogo Leite e Fábio Silva, trio portista que está debaixo de olho do Valência, de Espanha. O interesse sobre o lateral direito, que se estreou na Liga há duas jornadas, e o defesa central não é propriamente novidade, embora tenha ganho consistência nos últimos dias, mas a cobiça sobre Fábio Silva é um dado novo numa equação que tem como objetivo final transferir os três jogadores para o “Mestalla”, em moldes diferentes e por valores abaixo da cláusula de rescisão.

Segundo apurou o JN junto de fontes próximas do processo, há dois potenciais negócios em cima da mesa, com um denominador comum: o agente Jorge Mendes, que é amigo do dono do clube, Peter Lim.

No cenário mais recente entra Fábio Silva, o mais jovem do plantel, que está blindado com uma cláusula de 125 milhões de euros. Um valor proibitivo para a maioria dos clubes, atendendo até às dificuldades inerentes à atual pandemia, mas que não faz desistir o clube “ché”, que estará disposto a avançar com uma proposta de 40 milhões. Com variáveis pelo meio.

Paralelamente, há contactos para a transferência conjunta de Tomás Esteves e Diogo Leite. Aí, o negócio teria outros contornos e ficaria fechado por uma verba a rondar os 30 milhões.

Contas feitas, o F. C. Porto poderia arrecadar, de uma assentada, 70 milhões de euros pela venda de três jogadores ao Valência. Uma verba importante, mas, ainda assim, muito longe do valor da soma das cláusulas dos três jogadores (205 milhões).

A administração portista está focada na conquista do campeonato, que garante a fase de grupos da Liga dos Campeões e o prémio de qualificação de 45 milhões, mas não fecha a porta a qualquer negócio.

A prioridade passa por transferir outro perfil de jogador, mas a ausência de propostas para os jogadores experientes obriga a que a SAD aceite perder alguns dos “diamantes” da cantera.

A propalada saída de Alex Telles para o PSG, por exemplo, caiu por terra, depois do clube francês ter abdicado da compra (25 milhões) e renovado com Kurzawa. O lateral brasileiro, agora representado por Pini Zahavi, continua, porém, a ser associado ao Chelsea.

O Benfica quer reduzir ao máximo o valor a pagar a Bruno Lage que tem direito a receber uma indemnização de oito milhões de euros ilíquidos – tinha contrato até 2024. Nesse sentido, a SAD aposta na parceria e nos esforços da Gestifute – empresa de Jorge Mendes, representante do técnico – para encontrar um projeto alternativo para o treinador e que a alivie do pagamento dos salários a que está obrigada a saldar.

O mecanismo que coloca o ónus do pagamento nos encarnados resulta do próprio contrato coletivo de trabalho, que força a parte responsável pela rescisão, neste caso o Benfica, à liquidação de todas as prestações até ao fim do contrato. Neste caso, se não existir um outro tipo de acordo, as águias terão de suportar o vencimento até o treinador encontrar outro clube ou continuar a cobrir a diferença caso o novo vínculo seja mais baixo. Na Luz, Bruno Lage tinha um salário mensal ilíquido de 166 mil euros.

É neste cenário que apostam na parceria com a empresa de Jorge Mendes para encontrar colocação para o treinador. O processo, avança o JN, encontra-se bem encaminhado e deverá conhecer um epílogo a curto ou médio prazo.