23 maio 2020

Regressos travados em Alvalade; Rafael Leão trabalha com novo advogado para não indemnizar o Sporting

Além de já ter avançado com o pedido de anulação da decisão do Tribunal Arbitral do Desporto, que havia condenado Rafael Leão a indemnizar o Sporting em 16,5 milhões de euros por ter rescindido unilateralmente em junho de 2018, o Record avança, o ex-avançado dos leões está hoje a trabalhar com um novo advogado. Com efeito, o jogador do Milan, que ao longo dos últimos meses foi representado por Fernando Veiga Gomes, da Abreu Advogados, entregou agora o caso a Francisco Cortez, sócio de longa data da Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados.
O causídico, que no ano passado foi considerado pela Benchmark Litigation como o melhor advogado de contencioso em Portugal, tem experiência em processos judiciais no âmbito do desporto, tanto que terá estado envolvido na defesa de Cristiano Ronaldo no processo de acusação de violação que a norte-americana Kathryn Mayorga apresentou contra o internacional português - a queixa foi, no verão passado, retirada do Tribunal do Nevada.
O pedido de Leão está a correr no Tribunal da Relação de Lisboa, mas os efeitos da pandemia dificultam a celeridade do processo. Por sua vez, o Sporting não abdica dos referidos milhões e não está, de momento, ‘inclinado’ a acordo, como frisou Frederico Varandas em entrevista recente: “Voltar? Não estou a ver o Milan a libertá-lo. Não vamos estar à espera três ou quatro anos”, avisou o presidente do Sporting no Canal 11.

Regressos travados em Alvalade. O teto salarial de um milhão de euros livres de impostos por temporada para os jogadores da equipa principal, segundo O Jogo, é para manter no decurso do próximo exercício da SAD liderada por Frederico Varandas, o qual arranca no dia 1 de julho, pelo que o regresso de alguns atletas, cujo passado recente foi de sucesso em Alvalade, é considerado como altamente improvável pelo corpo diretivo dos leões.
Os tempos são de aperto em Alvalade, e não só, perante o cenário colocado pela pandemia covid-19, nomes como os de Cédric, Adrien, João Mário ou Slimani têm sido colocados como estando no caminho de regresso ao clube que os projetou para patamares competitivos e financeiros superiores, mas, como o próprio líder leonino já deixou transparecer, a concretização do retorno de algum desses atletas, mais do que a vontade das partes, depende fundamentalmente da eventual disponibilidade dos próprios em baixar os seus rendimentos para patamares enquadrados na política salarial que o líder máximo dos leões e a sua equipa têm vindo a implementar. Ora, desde o último defeso, em 2019, que Frederico Varandas tem vindo a levar a cabo uma política de redução da massa salarial no plantel principal – a qual, segundo o próprio, conduziu a um corte de 18 milhões de euros em vencimentos –, limitando as entradas a atletas que não ultrapassem o um milhão de euros livres de impostos por cada estação, como foram os casos dos emprestados Jesé e Bolasie e Sporar na equação. Nesse âmbito, a tendência é para manter, podendo mesmo levar a que os três atletas do atual grupo às ordens de Rúben Amorim com vencimentos superiores a essa maquia sejam transferidos na janela de mercado que está prestes a abrir-se, concretamente Coates, Acuña e Battaglia. As mais-valias podem ser determinantes.

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