16 abril 2020

Sporting arrisca pagar 11M€ ao Sp. Braga por Rúben Amorim; Varandas quer retorno das compras; "'Colinho' não acabou. Se fosse um clube da Segunda Circular em primeiro..."; "Contactos de outras equipas? Não me interessam", diz médio do FC Porto

Ainda a lutar pelo seu espaço no plantel do FC Porto, Mamadou Loum aparenta estar de pedra e cal no Dragão, onde se pretende afirmar como um jogador importante para o conjunto azul e branco. Ainda assim, o atleta diz desconhecer o que lhe reserva o futuro.
"Contactos de outras equipas? Não me interessam. Tudo o que tenho na minha cabeça é o futebol, o meu trabalho, o que vou fazer em cada treino. Tudo o resto, não me foco nisso. Honestamente, não sei nada sobre esse tema", afirmou o médio, de 23 anos, a respeito de uma possível saída, numa sessão de perguntas e respostas promovida pela Galsen Time.
"A decisão de ficar ou partir não é minha. Tenho um contrato. São as pessoas que vão decidir. Mas o mais importante é estar concentrado no que faço e pensar apenas nisso. Não sabemos quando o campeonato vai terminar e, quando isso acontecer, certamente falarei com as pessoas, para tomarmos todos uma boa decisão", explicou o senegalês.
"Jogo no FC Porto, que é um grande clube, e tenho na cabeça que vamos continuar a fazer o nosso trabalho. Oxalá possamos ganhar o campeonato no fim", sentenciou Loum.

"'Colinho' não acabou. Se fosse um clube da Segunda Circular em primeiro...". Paulo Ramalheira Teixeira, conhecido adepto do FC Porto e membro suplente do Conselho Superior do clube azul e branco, não compreende como é que com o país em estado de emergência e com um cenário de incerteza quanto ao futuro no que respeita ao cenário de saúde, as instituições que gerem o futebol não equacionam dar por terminada a época. 
"Na impossibilidade de não se poderem concluir as jornadas que faltam da atual Liga, não viria nenhum mal ao mundo, se o título fosse atribuído a quem liderasse o campeonato quando ele foi interrompido", analisa Paulo Ramalheira Teixeira, em entrevista ao Bancada.
O portista diz mesmo estar "convencido de que, se fosse um clube da Segunda Circular de Lisboa que seguia em primeiro, já teria havido 'um conselho de ministros extraordinário' para homologar essa decisão".
Relativamente a eventuais comentários negativos dos rivais azuis e brancos sobre um título conquistado na secretaria por parte do FC Porto, no eventual cenário do campeonato não ter um fim em campo, o ex-dirigente do FC Porto sustenta que será "natural esse comentário de quem está perto do poder centralista e totalitário da capital, que sempre que pode gosta de humilhar o norte e os seus baluartes".
"Já estamos habituados, mas também estamos imunes a esse tipo de declarações. Tudo isto porque algumas instituições pensam que dominam o país como o faziam no tempo do Estado Novo", atira o antigo autarca da Câmara Municipal de Castelo de Paiva.
Recentemente, o antigo avançado do FC Porto, Ivo Rodrigues, disse não acreditar que os dragões possam conquistar o título na secretaria, na eventualidade da Liga portuguesa não chegar ao fim devido ao novo coronavírus.
Ao Bancada, Paulo Ramalheira Teixeira diz ter idêntica opinião até porque "a tradição do 'colinho' ainda não acabou" mas crê que o FC Porto vai dar a resposta em campo em 'nome' do norte.
"Há poderes ocultos que até consideram que somos uma 'população menos educada, mais pobre, envelhecida e concentrada em lares', mas esses poderes ocultos que não se esqueçam que esta 'nação' trabalhadora do norte de Portugal, e que tem no FC Porto o seu baluarte desportivo, vai provar em campo (assim espero) porque merece ser o campeão da I Liga, na época 2019/2020".
Com 10 jornadas por realizados e estando o FC Porto com mais um ponto que o Benfica, tendo vencido as águias quer no jogo da Luz quer no Dragão, Paulo Ramalheira Teixeira revela que "naturalmente se o campeão for apurado em campo tem outro brilho".
Ainda assim, o antigo dirigente dos azuis e brancos não compreende como se equaciona a realização de jogos "sem a presença do calor humano fundamental nos jogos".
"Considero que até psicologicamente os jogadores não estão preparados para que isso aconteça. Se pensarmos que só nos jogos entre os grandes é que os estádios enchem, e num outro jogo".
Nesta entrevista ao Bancada, Paulo Ramalheira Teixeira não vê como é que "agora com lugares limitados" o espetáculo do futebol "saia dignificado."

Varandas quer retorno das compras. O que tinha deixado de ser uma urgência depois da saída de de Bruno Fernandes para o Manchester United, por 55 milhões de euros (mais até 25 M€ em variáveis), voltou a ser quase inevitável em resultado da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus: no próximo mercado de transferências, o Sporting vai ter de vender jogadores para se equilibrar financeiramente.
Sem qualquer tipo de receitas desde que a competição parou, e sabendo já que o regresso será muito condicionado pelo impacto da Covid-19, os leões vão ter de recorrer àquela que já era e continuará a ser a principal fonte de rendimento para os cofres da SAD, tendo já definido uma estratégia clara. A ideia, segundo Record apurou, é proteger os principais ativos, para não enfraquecer a equipa nem vender ao desbarato, e encontrar dentro do plantel um conjunto de jogadores que, mesmo não garantindo encaixes tão avultados, possam ser mais facilmente substituídos (com recurso à Academia) e, em simultâneo, dar retorno relativamente ao montante pelo qual foram adquiridos, por se terem valorizado desportivamente nos últimos meses. Um perfil em que encaixam sete jogadores que foram contratados já pela atual estrutura de futebol e com quem a administração da SAD entende que poderá ter lucro no final desta época: Renan Ribeiro, Rosier, Tiago Ilori, Borja, Doumbia, Vietto e Luiz Phellype.
Naturalmente, a medida não é a mesma para todos, nem todos serão negociados, já que há diferentes níveis de valorização, mas o princípio não varia muito. Renan chegou do Estoril a valer, pelo preço de aquisição, um milhão de euros e atualmente poderá render pelo menos o dobro; Doumbia, mesmo tendo hoje uma cotação mais baixa, por ter perdido a titularidade, é um jogador que tem procura no mercado e que deverá sair com vantagem para o Sporting; e Luiz Phellype, o exemplo máximo desta realidade, será um forte candidato a multiplicar os 500 mil euros que custou quando foi recrutado ao P. Ferreira. O brasileiro, de momento a recuperar de lesão, alimenta ele próprio a expectativa de sair para uma liga que lhe permita aumentar o nível salarial, e não está na primeira linha de opções de Rúben Amorim para 2020/21.

O Sporting arrisca pagar 11 milhões de euros ao Sp. Braga por Rúben Amorim, caso não salde os 10 milhões de euros da transferência até sexta-feira. Segundo o jornal Record apurou, ficou estipulado no contrato entre os dois clubes que a falta de pagamento de uma prestação implicava o vencimento imediato das demais. Ora, o prazo inicial da primeira prestação vencia a 6 de março, tendo o Sp. Braga dado ao Sporting uma moratório até final desse mês. Como o pagamento não foi feito, a SAD verde e branca ficou já a dever 10 M€.
No entanto, o valor poderá subir para 11 M€ caso o Sporting não pague a verba devida até 17 de abril. Os leões arriscam, assim, uma penalização de 10% sobre todas as quantias em dívida, ou seja, mais 1 milhão de euros. Uma multa que se aplica se 15 dias após a interpelação para pagamento o mesmo não for saldado. Neste caso, o Sp. Braga entrou em contacto com o Sporting para esse efeito a 1 de abril
Ao longo do dia foi noticiado que o Sporting devia já 12,3 M€, um valor que, no fundo, é o reflexo dos 10 M€ mais IVA (a 23%), algo que está sempre incluído em qualquer negócio e que é deduzido aos clubes.

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