07 abril 2020

Sporting admite cortes nos salários. Benfica está agora com opinião mais reservada. FC Porto na expectativa; Florentino em queda livre no Benfica; O duplo sonho do Palmeiras para 'abater' o Flamengo

Depois de perder o título para o Flamengo de Jorge Jesus, o Palmeiras procura apostar forte no mercado. De acordo com o UOLesporte, o verdão está a tentar a contratação de Cavani e Hulk para a nova temporada.
O avançado uruguaio termina a ligação ao PSG no verão e fica livre para assinar por qualquer clube. A mesma fonte avança que o Palmeiras já se encontra a negociar com Cavani, mas que o avultado salário é o principal entrave ao acordo.
No caso de Hulk, a mudança vai exigir um esforço financeiro adicional. O ex-FC Porto só termina contrato com o Shanghai SIPG em dezembro, pelo que a transferência no verão só é concretizável mediante o pagamento de uma verba.
Duas transferências avultadas para fazer face ao investimento do Flamengo de Jorge Jesus.

Florentino em queda livre no Benfica. Terceira aposta de Bruno Lage para o papel mais defensivo do meio-campo encarnado, atrás de Weigl e Samaris, no momento em que a competição foi interrompida, devido à pandemia da covid-19, Florentino pode aquecer o mercado encarnado no que diz respeito a saídas no verão. O jovem futebolista começou a época como titular indiscutível, mas viria a perder espaço nas contas do técnico benfiquista. De tal forma que ao invés de viver a sua época de afirmação de águia ao peito, como atleta e responsáveis encarnados esperavam, acabou por jogar ainda menos, em termos de percentagem de utilização, do que em 2018/19. Isto porque o camisola 61 foi aposta de Bruno Lage na presente temporada apenas em 36,4 por cento dos minutos possíveis, contra os 56,3 por cento de taxa de utilização na época transata, na qual foi “reforço” de janeiro.
Pouco utilizado, foi alvo do AC Milan em janeiro, mas o Benfica recusou a sua saída. Algo que pode mudar no verão, como o próprio empresário do atleta já assumiu, até porque as águias, apesar da contenção prometida face à crise provocada pela covid-19, apontavam ao reforço do plantel para 2020/21 com mais um médio.
Com 1179 minutos em 2019/20, contra os 1080 de 2018/19, Florentino viu chegar no último mercado de transferências Julian Weigl.O alemão, contratado ao Dortmund por 20 milhões de euros, assumiu-se como a principal escolha para o posto. Contabilizando até ao momento 835’, cumpriu 77,3 por cento dos minutos possíveis.
Florentino até bate Samaris – fez 853 minutos, para uma taxa de utilização de apenas 23,1 por cento –, que perdeu o comboio pela titularidade ainda na pré-temporada. Contudo, nos últimos tempos, e com a equipa a acusar problemas defensivos, Lage recorreu a... Samaris. O grego recuperou espaço e nos últimos quatro jogos foi titular em três, falhando o onze na receção ao Shakhtar apenas por fadiga muscular, e empurrou o colega ainda mais para fora dos planos. Desde novembro, Florentino só fez quatro jogos: três nas taças e um na Liga Europa.

O Sporting está a estudar a possibilidade de reduzir os salários aos jogadores do plantel, devido à quebra de receitas causada pela Covid-19, avança o CM. Tal como outros clubes, o emblema de Alvalade procura soluções para fazer face à crise gerada pela paragem das provas. Contudo, sabe o CM, esta decisão não será isolada - está em estudo e em análise para os diversos setores do clube.
É sabido que os leões atravessam uma situação financeira débil e a redução dos salários é uma possibilidade real. Mesmo com um hipotético regresso do futebol no final de maio, ficam a faltar as receitas de bilheteira, pois os jogos deverão ser realizados à porta fechada.
Os dirigentes leoninos só deverão avançar para este corte com o acordo das instâncias que regem o futebol e em coordenação com os outros clubes da Liga, todos com folhas salariais bem mais magras. Este cenário da redução de ordenados está em cima da mesa de todas as equipas - esta segunda-feira serão apresentados vários pedidos de layoff.
O próprio Benfica, apesar de o presidente Luís Filipe Vieira ter dito numa fase inicial que iria manter os compromissos, tem agora uma opinião mais reservada. O FC Porto, líder da classificação da Liga, também está na expectativa para tomar uma decisão. Os clubes mais pequenos atravessam uma crise ainda maior, pois a principal fonte de receitas chega das transmissões televisivas. Com estas paradas, os pagamentos relativos a abril e maio não deverão ser feitos.
Segundo apurou o CM, estão a decorrer negociações, lideradas pelo sindicato de jogadores, para um acordo geral, embora cada plantel possa tomar as suas decisões. A organização de classe dos futebolistas defende que o corte não pode ser igual para todos, devendo ter em conta o salário de cada um.
Também a Associação Nacional dos Treinadores já admitiu reduzir os salários, mas o presidente José Pereira fez questão de frisar que "não pode haver abusos que coloquem a dignidade em causa".

1 comentário:

  1. Andersson: «Levei com moedas e cerveja nas Antas mas não corri, saí de cabeça erguida»
    Recordou clima "odioso" entre FC Porto e Benfica

    "Foi o lugar mais hostil onde joguei futebol, sem dúvida." Anders Andersson recordou os jogos no Estádio das Antas entre Benfica e FC Porto e o "clima odioso" que ali se vivia. "Lembro-me de ter disputado um jogo de qualificação uns meses antes pela Suécia no antigo Estádio Ali Sami Yen [recinto do Galatasaray] mas a nível de clubes nunca vivi nada assim". O antigo médio das águias lembrou, em particular, o clássico de 2002, no reduto portista.
    O FC Porto ganharia por 3-2 e Andersson "teve pouco controlo sobre Deco" que já era "um dos melhores jogadores do Mundo mesmo antes de ir para o Barcelona". "Saí perto da hora de jogo. Em Portugal, já havia essa regra de que quem fosse substituído saíria pelo lado mais próximo, ou seja, pelo lado contrário aos bancos. Eu tive que sair dali e depois andar pelo campo para chegar ao balneário. Imaginem as moedas, cerveja e todas as porcarias imagináveis foram atiradas contra mim, por onde quer que eu fosse. Mas pensei: 'Não vou correr, não vou correr'. Então, caminhei devagar até ao balneário de cabeça erguida", recordou o agora antigo jogador de 46 anos, que cumpriu a maior parte da carreira ao serviço do Malmö.

    Pelo Benfica (em Portugal ainda jogou pelo Belenenses), jogou duas temporadas e meia mas foram os clássicos que lhe ficaram na memória. O antigo médio contratado pelas águias em 2001 vincou que à entrada para o recinto azul e branco já havia problemas.

    "Sempre que lá íamos jogar atiravam-nos pedras e bolas de golfe ainda no autocarro. A primeira vez foi assustador, as pessoas corriam na nossa direção e atiravam muitas coisas enquanto estávamos a caminho do estádio. Perguntei a alguém: 'Isso não é sensato. Como deixam acontecer? Por que é que o FC Porto não faz nada?'. A resposta era simples: 'Fazer alguma coisa? Isto é permitido pelo Porto'. A intenção deles era óbvia. Entrávamos no balneário e estava muito quente. Eles haviam colocado a temperatura no máximo. Claro que também fiquei um pouco afetado por toda esta forma de pensar", lamentou Andersson.

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