Silas agastado com palavras de Salgado Zenha?; Benfica perto de vender médio; "A competição já está desvirtuada. (...)Jogar de três em três dias, depois de uma paragem que vai ser de praticamente um mês, não vai haver qualidade"

Manuel Cajuda considera que, independentemente do que vier a acontecer com o futebol nacional, suspenso devido à pandemia da Covid-19, "a competição já está desvirtuada". O experiente treinador, atualmente no Leixões na II Liga, só vê uma solução para resolver o problema, uma solução inexequível: "Comprar tempo".

Cajuda lembra que a fase que atravessamos "mata o mais pobre e o mais rico", e que por ser profissional de futebol não se desliga do desporto, mas nesta fase é mais importante "olhar para a vida". Cajuda revela que organizou um programa para os seus jogadores treinarem em casa e confessa que o fez para "não ouvir dizer que estava desatualizado".

No entanto, e apesar da crise afetar todos, o técnico sublinha que mesmo nas competições profissionais há realidades muito distintas: "Há clubes que conseguem pôr passadeiras em casa dos jogadores há outros que vivem em quartos um 'pouquinho mais coisos'", em casas mais modestas onde a convivência familiar se faz num espaço muito mais condicionado, anota, em entrevista à Renascença.

Com pico da pandemia previsto para meados de abril, e com a UEFA a perspetivar fechar a temporada a 30 de junho, Manuel Cajuda faz contas e não chega a um grande resultado. O treinador do Leixões alerta para o risco de contágio continuar elevado e questiona: "Eu se tiver que ir jogar a Faro, vamos meter 40 pessoas dentro de um autocarro? Vamos ficar instalados num hotel, em que não se sabe as condições em que as coisas estão?".

Manuel Cajuda deseja que "todos sejam realistas" e que neste tempo de pausa não se esgrimam propostas individualizadas na praça pública, com propostas avulso de vários clubes, como se se tratasse de um "ciclista que chega primeiro com as melhores ideias".

É neste cenário que apela a consenso entre todos, para, em sede da Liga, determinarem o que é melhor e uma só voz.

O horizonte, neste momento difuso, aponta para a necessidade de uma grande condensação competitiva, de jogos de dois em dois, ou três em três, dias. Cajuda sustenta que não é cenário ideal, mas as equipas poderão concretizá-lo. Contudo, será à sempre às custas da qualidade do futebol.

"Teremos de compreender que jogar de três em três dias, depois de uma paragem que vai ser de praticamente um mês, não vai haver qualidade", avisa

Silas agastado com palavras de Salgado Zenha? A relação entre Jorge Silas e Sporting, que durou de setembro de 2019 a março de 2020, foi sofrendo um lento desgaste ao longo do tempo, e conheceu um novo ponto de desconforto esta segunda-feira, fruto da entrevista concedida por Francisco Salgado Zenha ao jornal Record.

O vice-presidente do clube de Alvalade afirmou que "a equipa não estava a desenvolver um bom futebol e que havia uma desvalorização dos ativos" antes da chegada de Rúben Amorim, o que não caiu bem junto do ex-treinador leonino.

O portal Desporto ao Minuto avança que o técnico de 43 anos ficou algo agastado com estas palavras, uma vez que, durante o período em que orientou a equipa principal, vários foram os jogadores que, em contraste com as palavras do dirigente, acabaram mesmo por ganhar protagonismo.

O caso mais flagrante é o de Luís Maximiano. O guarda-redes tinha participado em apenas um jogo oficial pela equipa principal do Sporting antes do 'reinado' de Jorge Silas, mas, com ele, 'roubou' a titularidade a Renan Ribeiro e foi utilizado em 19 partidas.

Rafael Camacho também só passou a ser opção mais regular sob os comandos do lisboeta (três minutos sem ele, 969 com ele), assim como Gonzalo Plata (88 minutos sem ele, 680 minutos com ele), o que reforça a estranheza que sentiu devido a estas declarações.

Benfica perto de vender médio. O West Bromwich Albion está empenhado em avançar para a contratação, a título definitivo, de Filip Krovinovic, jogador que se encontra cedido pelo Benfica até ao final da presente temporada, segundo informações veiculadas pela imprensa britânica.

O jornal Express & Star escreve, esta terça-feira, que os baggies estão, neste momento, a aguardar os desenvolvimentos dos efeitos da pandemia de Covid-19 no mundo do desporto, mas, ao que tudo indica, deverão mesmo tentar adquirir o médio.

O acordo assinado entre ambos os clubes não contempla uma cláusula de opção de compra, mas, refere a mesma publicação, os encarnados estarão dispostos a dar 'luz verde' ao negócio por uma verba na ordem dos dez milhões de libras - 10,9 milhões de euros.

O croata leva, até à data, 34 encontros oficiais disputados com a camisola do conjunto do Championship, ao cabo dos quais somou dois golos e quatro assistências, assim como uma série de boas exibições, que convenceram, não só os adeptos, como também o treinador, Slaven Bilic, de que será uma 'arma' importante para a próxima temporada.