"Proposta do Benfica? Nem quis ouvir. Sou portista doente e era impossível aceitar jogar no Benfica"; Benfica chama Paulo Gonçalves para tentar contratação; Sporting dá data para entrega das assinaturas...para AG de destituição de Varandas

O ‘Movimento Dar Futuro ao Sporting’ anunciou ontem ao final da noite que já recebeu a data de Rogério Alves, presidente da Mesa da Assembleia Geral do Sporting, para a entrega das assinaturas recolhidas para a destituição dos órgãos sociais: 7 de janeiro de 2020.
"Queremos em primeiro lugar agradecer a todos os sócios que nos têm acompanhado neste trabalhoso processo. Queremos também apelar a quem não teve a possibilidade de no dia 10 de novembro assinar o pedido de destituição dos órgãos sociais, que compareça em massa no domingo em Alvalade, visto que será o último dia de recolha de assinaturas de forma a termos tempo de validar a documentação. Amanhã [hoje] iremos informar a hora e os locais de recolha bem como a documentação necessária. Viva os sócios do Sporting Clube de Portugal", escreveu o movimento, na sua página oficial de Facebook.
Recorde-se que este movimento de adeptos, que se queixa de não ser recebido pela direção de Frederico Varandas, pretende a destituição dos órgãos sociais eleitos em setembro de 2018. Após a entrega das assinaturas, compete à Mesa da Assembleia Geral validar a documentação e, em função disso, decidir pela realização de uma assembleia geral para o efeito.

O Benfica está a trabalhar na possível contratação de Renyer, jovem dianteiro de apenas 16 anos que vai dando nas vistas na equipa de... sub-20 do Santos. A breve trecho, o jogador é esperado em Portugal a fim de conhecer as instalações do Benfica Futebol Campus, no Seixal, e também o Estádio da Luz. Para já, trata-se acima de tudo de uma operação de charme para tentar convencer a promessa formada no Peixe a mudar-se para a Luz assim que completar 18 anos, o que apenas acontecerá em julho de 2021. Reconhecendo o valor de mais uma potencial joia na sua formação, os responsáveis do Santos há muito vêm tentando convencer Renyer a assinar o seu primeiro contrato profissional, algo que até aqui não aconteceu, principalmente pela entrada em cena de outros interessados, como é o caso... do Benfica. Júlio César, antigo guarda-redes das águias, é agora empresário e tem vindo a trabalhar este dossiê, mas para que o Benfica evite quaisquer problemas com a transferência de menores de idade é preciso dar um passo anterior: garantir a colocação de Renyer noutro emblema até que possa mudar-se para a Luz, já com 18 anos. É aqui que entra em cena a contribuição de Paulo Gonçalves, escreve o Record. O ex-assessor jurídico da SAD encarnada, agora também ele empresário, procura limar uma parceria com o Vitória da Bahia no sentido de poder garantir a mudança do atleta para este clube brasileiro, mas já com posterior transferência para a Luz na calha, mediante uma natural compensação financeira pela operação. Certo é que os responsáveis encarnados estão determinados a encontrar uma fórmula que permita amarrar de pronto este jovem brasileiro.
A situação de Renyer e o facto de não ter ainda assinado contrato profissional com o Santos tem despertado a cobiça de vários clubes, sendo que ainda no mês passado o jovem dianteiro foi ligado... ao FC Porto. Segundo os relatos da imprensa local na altura, o jogador já terá estado inclusivamente na cidade Invicta para conversar com os dragões. Além disso, também o interesse do Corinthians é já conhecido. Agora, o Benfica também está na jogada.

Benfica era “impossível”. Brahimi “nem quis ouvir” uma proposta do Benfica, quando deixou o FC Porto no verão. Em entrevista ao Mais Futebol, o extremo disse ser “portista doente” e, assim, era “impossível jogar no Benfica”. Sobre o seu futuro, o argelino planeia “voltar ao Porto para morar na cidade” após o fim da carreira. Leia algumas das respostas do argelino ao portal Mais Futebol:

Quatro meses e meio depois de assinar pelo Al-Rayyan, está satisfeito com a escolha feita para a sua carreira?

Yacine Brahimi – Sim, estou feliz aqui no Qatar. Eu e a minha família. Temos conhecido o país, a cidade, estamos a adaptar-nos. Os meus filhos também estão a conhecer uma escola nova e isso não é fácil porque nasceram no Porto. A cada dia que passa sentimos que as coisas ficam mais fáceis.

O seu futebol não sente falta da Europa e da Liga dos Campeões?

YB – Claro que sente. Tenho saudades dos jogos grandes com a camisola do FC Porto, em Portugal e na Champions. Mas decidi vir para o Qatar.

Consegue explicar-nos essa decisão? Porquê o Qatar?

YB – É um país bom para esta fase familiar que atravesso. Aqui vive-se bem, em segurança, financeiramente é ótimo e nesta altura isso é o mais importante para nós. Tenho 29 anos, não tenho 22. Adoro jogar a um nível altíssimo, mas aqui no Qatar há outras coisas que foram determinantes para a minha escolha.

Que futebol e que sociedade encontrou no Qatar?

YB – As condições de vida são impressionantes. Parece que vivemos numa cidade futurista e isso está ligado às centenas de obras que estão a ser feitas por causa do Mundial. É tudo extremamente evoluído, avançado, só vemos instalações modernas, de topo. O futebol é melhor do que as pessoas pensam em Portugal. Estou numa boa equipa, a jogar e a fazer golos.

Escreveu-se que teve convites de Inglaterra e do Benfica. É verdade?

YB – Sim, claro que tive propostas, de Inglaterra e de outros países. Mas uma vez que decidi vir para o Qatar, não podia mudar a minha posição. Isso era claro para mim. Quando optei pelo Qatar, não tinha nenhum convite para jogar num clube maior do que o FC Porto.

E o Benfica, tentou contratá-lo?

YB – Não era possível. Tenho respeito pelo Benfica, é um clube grande, mas sou portista doente e era impossível aceitar jogar no Benfica. Sou portista de coração e ninguém poderá mudar isso. Há uma grande rivalidade, o Benfica é um clube importante, mas nem quis ouvir [a oferta do Benfica] porque para mim era impossível.  

Cinco anos, mais de 200 jogos. O FC Porto é o clube mais importante da sua vida?

YB – Claro, de longe. Senti ainda mais isso depois de sair de lá. Quando estamos num lugar, se calhar não lhe damos o valor justo. Às vezes temos de sair para perceber o quão bem estávamos. O Porto representa muito para mim e foram os cinco anos mais felizes da minha carreira. Pelo clube, pelas pessoas e amigos que fiz. A cidade, a simpatia das pessoas, foram cinco anos maravilhosos. É por isso que quero voltar ao Porto para morar lá. Sentimo-nos muito ligados à cidade.

Tem saudades do Porto e do FC Porto.

YB – Muitas saudades. Estamos bem no Qatar, viajamos quando podemos, mas o Porto é especial. Será sempre uma cidade importante na nossa vida. Nunca conheci pessoas tão simpáticas como os portuenses. Quero que a minha família viva aí no futuro, queremos voltar.

Pretende voltar ao Porto. E voltar a jogar no FC Porto?

YB – Não posso fechar portas (risos). Porque adoro o clube, adoro a cidade e no futebol… tudo pode acontecer. Tomei a decisão de mudar, a pensar na minha família, mas não sei o que acontecerá no futuro. Sou realista: gosto muito do clube, nunca direi que não ao FC Porto, mas é muito, muito, muito complicado voltar a vestir aquela camisola linda.

O FC Porto apresentou-lhe alguma proposta de renovação?

YB– Uma proposta oficial para um novo contrato, não. Isso não, nunca. Falaram comigo, houve conversas, mas nunca oficializaram nada. Não sei porquê, talvez pensassem que eu não quisesse [ficar no FC Porto]. Mas nunca me fizeram uma proposta oficial, não.