09 dezembro 2019

"Não temos medo do Benfica"; Mathieu ainda se lembra do ataque em Alcochete no final de cada jogo; CA esclarece golo do Belenenses contra FC Porto: "Não há infração ou irregularidade"

O Conselho de Arbitragem da FPF sobre a legalidade do lance do golo do Belenenses ocorrido aos 14' no jogo deste domingo, no Estádio do Jamor, com o FC Porto. O órgão liderado por José Fontelas Gomes explica por que razão não existe "qualquer infração ou irregularidade no lance do primeiro golo do jogo Belenenses SAD-FC Porto".
O Conselho de Arbitragem defende que Show, jogador do Belenenses, não comete infração porque quando a bola é cabeceada por Loum, médio do FC Porto, está "a escassos dois metros" e tem o braço encolhido e junto ao corpo, justificando esta posição com o facto de, segundo as Leis de Jogo, só se poder considerar "infração se a bola bater na mão do jogador e de imediato for golo ou criada uma oportunidade".
O Conselho de Arbitragem explica ainda que, por se tratar de uma nova fase de ataque, "o VAR [Luís Ferreira e Nélson Cunha] não poderia intervir para anular o golo".

Esclarecimento na íntegra

"O Conselho de Arbitragem entende que não é sua função comentar lances, seja qual for a competição. Outra coisa bem diferente é, pontualmente, prestar esclarecimentos que auxiliem os agentes desportivos e os adeptos a entender corretamente as leis do jogo.

O lance do primeiro golo do jogo Belenenses SAD-FC Porto é um desses casos, daí o CA responder à pergunta de "O Jogo".

Junto ao círculo central, o jogador Loum do FC Porto cabeceia a bola contra o jogador Show do Belenenses SAD, estando este a escassos dois metros e tendo o braço encolhido e junto ao corpo.

A bola acaba por bater no braço do jogador do Belenenses SAD que posteriormente a domina e a envia para o seu ataque. No entanto, Licá volta a fazer um passe para trás e a bola vem novamente para meio-campo do Belenenses SAD, iniciando-se uma nova fase de ataque que vai culminar no primeiro golo deste jogo da Liga NOS.

Importa avaliar se a ação do jogador Show é faltosa e merecedora de intervenção do VAR para anular o golo.

Para essa análise devemos aferir se a ação de bola na mão constitui infração. Ora, de acordo com as Leis de Jogo existe infração se a bola bater na mão do jogador e de imediato for obtido golo ou criada oportunidade de golo. Como é percetível, nenhuma das situações ocorreu.

Acrescente-se ainda que o jogador Show tem o braço junto ao corpo e que este não foi um ato deliberado para jogar a bola com a mão.

Por outro lado, tratando-se de uma nova fase de ataque, o VAR não poderia intervir para anular o golo.

Em fevereiro de 2018, este Conselho de Arbitragem já esclarecera publicamente o que se entende por «fase de ataque», de acordo com o Protocolo do IFAB para o videoárbitro.

Recorde-se o que foi dito nessa altura. «O Protocolo VAR define que se uma equipa cometer uma infração na fase de ataque e, como resultado dessa ação, obtiver golo ou beneficiar de um pontapé de penálti o lance deve ser revertido. Ou seja, o golo ou pontapé de penálti deverão ser anulados e assinalada a falta.

O IFAB, num recente esclarecimento feito aos árbitros portugueses, definiu que a fase de ataque consiste numa jogada que vá rapidamente na direção da baliza adversária.

Quando a equipa que desenvolve uma fase de ataque decide recuar em direção ao seu meio-campo ou a defesa adversária joga a bola passa a ser uma nova jogada, eliminando-se as eventuais infrações técnicas cometidas na anterior fase de ataque».

Em conclusão, não existe qualquer infração ou irregularidade no lance do primeiro golo do jogo Belenenses SAD-FC Porto."

Mathieu, defesa-central do Sporting, explica que se lembra do ataque em Alcochete no final de casa jogo. O francês foi ouvido, também por videoconferência, depois de Maximiano e Wendel terem prestado declarações no âmbito do julgamento que decorre no Tribunal de Monsanto.
"Ficaram três adeptos à porta e não conseguimos sair do balneário. Tivemos de ficar dentro do balneário. Uns foram atras do Acuña, do Battaglia, do Rui Patrício e do William, outros ficaram a meter medo e a dizer 'o Sporting somos nós'. Naquele dia liguei logo para a minha mulher. Nunca mais esquecerei o medo que senti. Ainda hoje no final dos jogos lembro-me do que se passou", disse.
Mathieu diz que o primeiro colega de equipa a ser agredido foi Acuña, adimitindo que não foi agredido.
"O primeiro a ser agredido foi o Acuña, com golpes no rosto. Foi agredido por duas ou três pessoas. No caso do Misic, vi uma pessoa a golpeá-lo nas pernas e costas. Não sinto que tenha sido um alvo específico da situação, mas senti muito medo. Do sítio onde estava não notei ameaças. Em mim não me tocaram", remata.

Zenit não teme Benfica e aponta aos oitavos de final. Sergei Semak, treinador do Zenit, quer fazer um bom resultado no Estádio da Luz que permita ao clube russo seguir para os oitavos de final da Liga dos Campeões.
"Não temos medo do Benfica, mas respeitamo-los. É uma das equipas com mais títulos em Portugal e na Europa. Sabemos que jogam bem em casa, vai ser um jogo interessante, como foi em casa do Zenit. Vamos querer fazer um bom resultado", disse, em conferência de imprensa.
Para seguir em frente, o empate pode não chegar ao Zenit, caso o Lyon vença o Leipzig, um jogo que Semak vai estar atento: "Vamos ver como será o resultado do nosso jogo e do outro. Vamos fazer o resultado que seja mais positivo para nós".
Semak reagiu ainda ao castigo da Rússia, que estará castigado de participar em grandes provas mundiais nos próximos quatro anos, após violação antidoping. "Recebemos essa notícia que não é boa, mas tentamos fazer o nosso trabalho para além destas notícias".
Douglas, lateral-esquerdo, reforça a importância de jogar com intensidade e defender bem os ataques do Benfica.
"Sabemos que os três ataques do Benfica são muito importantes para o Benfica. Estamos a pensar fazer um bom jogo, jogar com intensidade, marcar bem e sair no contra-ataque", disse.
O brasileiro de 25 anos quer o Zenit como ousadia para poder surpreender o Benfica no Estádio da Luz: "Temos de ter ousadia, se não jogarmos de igual para igual, não vamos sair satisfeitos. Esperamos uma equipa que quer vencer o jogo. Estamos a fazer bons jogos, numa fase de vitórias e temos de ter tranquilidade, paciência e aproveitar as oportunidades".

2 comentários:

  1. CA dá uma lição aos 3 estarolas d'O Tribunal O Jogo.
    Lendo os seus comentários disparatados, nós já sabíamos que os 3 estarolas não percebem nada de arbitragem (isto para não dizermos que eles estão lá por outras razões, que nada têm a ver com a arbitragem).
    O Conselho de Arbitragem veio agora confirmar que aquele "Tribunal" é constituído por sujeitos sem coluna vertebral e completamente ridículos.

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  2. Eles são pagos para dizer aquilo que dizem, é o pão que os filhos comem.
    Mas há muitos jornalistas que recebem uma avença para fazerem 2 relatórios por ano sobre coisa nenhuma e recebem - como gostam de receber depois vão dizendo maravilhas da tinta azul e sobretudo evitam dizer as verdades incómodas.

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