14 novembro 2019

Italianos voltam a apontar a alvo no Benfica; FC Porto blinda 'pérola'; Bruno de Carvalho pede reconstituição do ataque à Academia de Alcochete. Pinto da Costa entre as testemunhas

O antigo presidente do Sporting Bruno de Carvalho pediu ao tribunal a reconstituição da invasão à Academia do clube, em Alcochete, e arrolou 22 testemunhas, incluindo Pinto da Costa, Sousa Cintra, atletas das modalidades do clube e familiares.
A informação está na contestação enviada pelo advogado Miguel Fonseca, a que a agência Lusa teve esta quarta-feira acesso, ao coletivo de juízes, que, na segunda-feira, começa a julgar no Tribunal de Monsanto, em Lisboa, os 44 arguidos, entre eles Bruno de Carvalho, acusados e pronunciados no processo do ataque à Academia, em 15 de maio de 2018.
Entre as 22 testemunhas arroladas constavam o Presidente da República e o presidente da Assembleia da República, mas o coletivo de juízes, presidido por Sílvia Pires, recusou enviar as perguntas colocadas pela defesa de Bruno de Carvalho a Marcelo Rebelo de Sousa e a Ferro Rodrigues.
"As questões formuladas pelo ora arguido não têm qualquer relevância para o apuramento dos factos constantes da pronúncia, sobre os quais, segundo o teor das próprias questões, as referidas testemunhas não têm conhecimento direto, versando sim sobre aspetos alheios ao presente processo, razão pela qual (...) não se admite que as mesmas sejam formuladas às referidas testemunhas", justificou o coletivo de juízes.
Contactado hoje pela Lusa, o advogado Miguel Fonseca disse que já interpôs recurso desta decisão, acrescentando que o seu constituinte vai falar em julgamento, mas, "em princípio", só no fim do mesmo, quando a produção de prova estiver concluída.
O coletivo de juízes admitiu as outras 20 testemunhas arroladas pelo ex-líder do clube 'leonino', entre elas estão o presidente do FC Porto, Pinto da Costa, o antigo presidente do Sporting Sousa Cintra e atletas ou ex-atletas das modalidades do clube, casos de Ângelo Girão e João Pinto (hóquei em patins), Miguel Maia (voleibol), Carlos Carneiro (andebol) e Jorge Fonseca (judo).
A defesa de Bruno de Carvalho arrolou ainda como testemunhas Carlos Vieira e Alexandre Godinho, elementos do conselho de administração por si presidido, e Nuno Saraiva, à data dos factos diretor de comunicação do Sporting.
O médico Eduardo Barroso, o pai e a irmã de Bruno de carvalho são outras das testemunhas arroladas, além do perito José Manuel Anes.
Sobre a reconstituição do ataque à Academia, o advogado Miguel Fonseca diz tratar-se de um elemento essencial de prova.
"Analisada a prova junta aos autos referente ao sistema CCTV [circuito de videovigilância] da Academia do Sporting, torna-se por demais evidente que não existem quaisquer imagens do seu interior da zona dos balneários/vestiários -- área profissional. Ou seja, ninguém sabe o que se passou após a passagem das portas de vidro que se veem na câmara com endereço 22. E é aí que alegadamente se terão praticado 98 crimes", refere a contestação.
Nesse sentido, o advogado requer que o coletivo de juízes "determine a mais que pertinente reconstituição, para se apurar quem terá feito exatamente o quê", lê-se no documento, de 72 páginas.
A contestação reitera que Bruno de Carvalho é inocente e que deve ser absolvido, pedindo que o tribunal considere nulas "todas as perícias juntas aos autos".
O julgamento pertence ao Tribunal de Almada, mas por "questões de logística e de segurança" realiza-se em Monsanto.
Bruno de Carvalho, Nuno Mendes (Mustafá), líder da claque Juventude Leonina, e Bruno Jacinto, ex-oficial de ligação aos adeptos, estão acusados e pronunciados, como autores morais, de 40 crimes de ameaça agravada, de 19 crimes de ofensa à integridade física qualificada e de 38 crimes de sequestro, todos estes (97 crimes) classificados como terrorismo.
Os três arguidos respondem ainda por um crime de detenção de arma proibida agravado e Mustafá também por um crime de tráfico de estupefacientes.
Aos arguidos que participaram diretamente no ataque à Academia, o MP imputa-lhes a coautoria de 40 crimes de ameaça agravada, de 19 crimes de ofensa à integridade física qualificada e de 38 crimes de sequestro, todos estes (97 crimes) classificados como terrorismo.

Vítor Ferreira vai renovar por cinco épocas com o FC Porto, ficando com contrato até 2024. O novo acordo entre as duas partes está bem encaminhado e prevê que o futebolista de 19 anos fique blindado com uma cláusula de 40 milhões, escreve o portal Mais Futebol.
Considerado o melhor jogador do torneio de Toulon, o médio tem estado em destaque na II Liga (leva cinco golos em 11 jogos) e chamou à atenção de Sérgio Conceição. De resto, as conversas entre SAD e Vítor Ferreira indicam que este será promovido à equipa principal do FC Porto.

Paulo Fonseca não larga Seferovic. O mercado de inverno promete trazer diversas alterações ao plantel da AS Roma, e, esta quarta-feira, a imprensa italiana volta a assegurar que Haris Seferovic é um dos nomes equacionados pelo clube orientado por Paulo Fonseca.
O jornal Leggo revela que o emblema giallorossi conta, neste momento, com um total de três nomes referenciados para o reforço da frente de ataque, entre eles o avançado que milita no Benfica.
Além do internacional suíço, o clube italiano também veria com bons olhos a contratação de Dries Mertens (que enfrenta uma situação conturbada Nápoles) ou de Taison (que foi alvo de racismo ao serviço do Shakhtar Donetsk).
Mas Paulo Fonseca não pretende ficar por aqui e, escreve a mesma publicação, terá pedido a aquisição de um lateral-direito (Elseid Hysaj, do Nápoles, e Mohamed Simakan, do Estrasburgo são os favoritos) e de um médio (Franck Kessié, do AC Milan, está na lista).

Sem comentários:

Enviar um comentário

Regras dos comentários

O Fora-de-Jogo mantém um sistema de comentários para estimular a troca de ideias e informações entre seus leitores, além de aprofundar debates sobre assuntos abordados nos artigos.

Este espaço respeita as opiniões dos leitores, independentemente das suas ideias ou divergência das mesmas, no entanto não pode tolerar constantes insultos e ameaças.

Assim o FDJ não aceita (ou apagará) comentários que:

- Contenham cunho racistas, discriminatórios ou ofensivos de qualquer natureza contra pessoas;
- Configurem qualquer outro tipo de crime de acordo com a legislação do país;
- Contenham insultos, agressões, ofensas;
- Contenham links externos;
- Reúnam informações (e-mail, endereço, telefone e outras) de natureza nitidamente pessoais do próprio ou de terceiros;

Não cumpridas essas regras, o FDJ reserva-se o direito de excluir o comentário sem aviso prévio.

Avisos:

- Respeitadas as regras, é livre o debate dos assuntos aqui postados.
- Os comentários são de exclusiva responsabilidade civil e penal de seus autores e/ou “reprodutores”, participantes que reproduzam a matéria de terceiros.
- Ao postarem suas mensagens, os comentadores autorizam o FDJ a reproduzi-los no blog;

Não fique Fora-de-jogo nas suas palavras...