08 outubro 2019

Varandas corta 100 M€ ao passivo. Reestruturação financeira quase fechada e prestes a ser anunciada; A proposta que deve chegar a Alvalade em janeiro; Estádio da Luz assaltado em dia de eleições; Benfica quer Rúben Dias toda a carreira na Luz

O Benfica quer que Rúben Dias tenha um percurso à imagem de Luisão, avança o Record. O plano passa por fazer com que o defesa-central português cumpra, se não toda, grande parte da carreira ao serviço das águias, tornando-se uma referência de balneário e num portador da mística para quem chega, à semelhança do luso-brasileiro, que em setembro de 2018 colocou um ponto final na carreira, após 15 anos na Luz.
No entender dos responsáveis encarnados, o camisola 6 tem até uma vantagem relativamente a Luisão: fez quase toda a formação no Benfica, antes de ser promovido ao plantel principal. Nascido na Amadora, jogou duas épocas no Estrela e, em 2008, dois anos após a inauguração do Benfica Futebol Campus, mudou-se para o Seixal, onde cresceu enquanto futebolista. Ganhou um título de campeão nacional de juniores B e tornou-se um símbolo da formação.
Em contraponto, Luisão foi contratado pelo Benfica em agosto de 2003, com 22 anos. No entanto, viria a tornar-se uma voz respeitada no balneário e dentro de campo, antes de ser capitão. Terminou a carreira com 538 jogos (o único estrangeiro a superar os 500, ficando apenas atrás de Nené) pelo Benfica, sendo o jogador com mais títulos conquistados na Luz (20).
Apesar da juventude, Rúben Dias já integra o grupo de capitães – Jardel, André Almeida, Pizzi e Samaris são os outros, por esta ordem – e o técnico, Bruno Lage, reconhece que o central tem perfil de liderança mais do que suficiente para no futuro subir na hierarquia. Uma opinião partilhada pelos restantes elementos da estrutura do futebol, em particular Luís Filipe Vieira. "É um jogador à Benfica, supercompetitivo, poderá ser o futuro capitão e o Benfica não o deverá perder. É um dos líderes daquele balneário", afirmou o líder das águias, em recente entrevista televisiva.
Vieira tem consciência de que, para concretizar esse plano, tem de "fazer esforço para o manter". O central tem contrato até 2024 e a SAD quer aumentar-lhe o salário e passar a cláusula de rescisão dos 66 para os 88 M€, pois entende que o valor atual está ao alcance dos ‘tubarões’.
Em agosto de 2018, a SAD resistiu à transferência do jogador para o Lyon. A cumprir a 3ª época no plantel principal, Rúben Dias segue no radar dos mais endinheirados, nomeadamente, Juventus, Man. United e At. Madrid. Permaneceu e é já o único totalista do plantel, não tendo perdido qualquer minuto.

Estádio da Luz assaltado em dia de eleições. O armazém do piso -2 do Estádio da Luz foi assaltado no final da tarde do domingo de eleições legislativas, resultando no roubo de várias camisolas e artigos de merchadising que iam ser enviadas para as casas do Benfica espalhadas pelo país e também no estrangeiro.
O assalto foi feito num dia em que não havia qualquer jogo ou evento no Estádio da Luz, permitindo assim aos ladrões agir sem muita gente por perto.
A notícia é do Correio da Manhã, que adianta que os ladrões arrombaram uma das portas do armazém onde são armazenados aqueles artigos de merchadising. Ao mesmo jornal, que confirmou o incidente com uma fonte oficial do Benfica, foi dito que ainda não é conhecido o valor do saque. 
Ainda de acordo com o diário, os assaltantes terão chegado a um cofre do clube encarnado existente no local.
A ocorrência já estará a ser investigada pelas autoridades, tendo a Polícia recebido as imagens do sistema de segurança do Estádio da Luz.

O West Bromwich Albion (WBA) está rendido ao talento de Matheus Pereira e pondera avançar para a compra do seu passe em janeiro. O luso-brasileiro foi cedido até ao final da época com uma cláusula de opção de 9 milhões de euros, e segundo o jornal Record o clube inglês admite concretizar o negócio já na reabertura do mercado.
O brasileiro, de 23 anos, chegou a Inglaterra no último dia das inscrições e demorou algumas semanas a integrar-se. Certo é que não tardou muito tempo a adaptar-se ao Championship e, atualmente, é apontado como a grande figura da equipa pelos adeptos e pela imprensa que relaciona a sua afirmação no onze com a conquista da liderança na competição.
Mediante este cenário, os dirigentes já manifestam interesse em consumar a compra do passe do jogador, o que podem fazer até ao final da temporada. As últimas exibições do jogador, porém, podem acelerar o processo, hipótese que está em cima da mesa e a ganhar força.
O grande objetivo do WBA é o regresso à Premier League já em 2020/21 e, nas Midlands, a aquisição dos direitos desportivos do atacante é tida como um passo importante pois há clara convicção de que o investimento de 9 milhões de euros será facilmente rentabilizado a médio prazo.
A vontade de Matheus Pereira é outro elemento importante, e o diário avança que a sua vontade é continuar em Inglaterra. No WBA, o atacante conquistou o estatuto de titular e acredita que a subida ao escalão principal do futebol inglês é um objetivo perfeitamente alcançável.
Em Alvalade também é desejada uma resolução célere. Sem nunca ter vingado no clube, o jovem está vinculado até 2022 e esta pode ser a última oportunidade de assegurar um montante substancial na transferência.

Varandas corta 100 M€ ao passivo. O Sporting está a ultimar o acordo de renegociação da dívida bancária com as entidades financiadoras da sociedade e do clube – Banco Comercial Português (BCP) e Novo Banco – e, segundo o jornal O Jogo, o elenco liderado por Frederico Varandas deverá conseguir pelo menos uma redução da dívida entre os cem e os 130 milhões de euros (M€). As negociações estão a ser conduzidas pelo administrador da SAD e vice-presidente do clube responsável pelo pelouro financeiro, Francisco Salgado Zenha, aproveitando a conjuntura internacional, em que os bancos, devido às imposições da União Europeia no que concerne ao rácio de NPL (“non-performing loans”, ou seja, créditos malparados), têm de se libertar da dívida acumulada, minimizando as perdas registadas ao longo dos anos. A conclusão da reestruturação financeira, de acordo com informações recolhidas pelo nosso jornal, pode mesmo vir a ser anunciada até à assembleia geral do clube que está marcada para a próxima quinta-feira – a qual tem como objetivo a aprovação do relatório e contas referente ao exercício que terminou a 30 de junho último. Porém, por questões de confidencialidade, os detalhes da mesma podem não ser revelados de momento pelas partes – Sporting e entidades bancárias – que suportam o acordo-quadro de reestruturação financeira que está em vigor. Seja como for, o princípio de acordo deverá ser comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) quando for oportuno.
As bases do acordo que está a ser ultimado são complexas e, ao que tudo indica, deverão passar por uma terceira entidade, no caso o fundo Apollo, que assumirá parte dos créditos libertados pela banca. Ora, de momento a Sporting SAD tem uma dívida ao BCP e Novo Banco, entre empréstimos bancários e outros financiamentos, na ordem dos 154 M€, aos quais se acrescenta uma dívida do clube próxima dos 73 M€, juntando-se-lhes igualmente as VMOC (Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis) no valor de 135 M€ , subscritas pelas entidades bancárias mencionadas. Ora, perante este montante, que atinge os 362 M€ de créditos malparados, os bancos, ao que tudo indica, vão ceder os mesmos a uma terceira entidade, encaixando uma verba que se poderá cifrar entre os 200 M€ e os 220 M€, enquanto o Sporting, globalmente, reduz o montante em dívida entre 100 M€ e 130 M€, ainda que pelo meio haja sempre custos inerentes à intermediação e participação do fundo de investimento na operação.
Uma das alterações que serão feitas ao abrigo do acordo de reestruturação financeira está relacionada com a cedência das VMOC, para a qual a SAD, BCP e Novo Banco já chegaram a um princípio de entendimento, que permite um perdão de 94,5 M€. É que em abril de 2018, ainda no decurso do mandato de Bruno de Carvalho, foram iniciadas as negociações entre as partes, tendo as mesmas retomado o tema em setembro do mesmo ano. Já com Frederico Varandas na liderança da sociedade, procedeu-se então ao estabelecimento de um preço unitário fixo correspondente a 0,30 € por VMOC, quando os 55 milhões e 80 milhões de VMOC, respetivamente denominadas “Valores Sporting 2010” e “Valores Sporting 2014”, foram adquiridos por um euro por unidade, perfazendo assim os 135 M€. BCP e Novo Banco vão agora ceder as mesmas por 40,5 M€, recuperando essa fatia dos 135 M€ investidos inicialmente.

4 comentários:

  1. Já nem os bancos acreditam no Sporting.
    Incapazes de cobrar a dívida de mais de 300 milhões de euros, sujeitam-se a perder 100 milhões, para ver se conseguem recuperar algum.
    Só falta saber quem foram os responsáveis por enterrar 300 milhões de euros num clube falido.

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    1. Só um lorpa de uma toupeirinha consegue vir denegrir o sporting quando ele é perdoado em 100M ... Lol.

      Os guachos fodem o cérebro todo

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    2. Licínia Emerenciana8 de outubro de 2019 às 14:37

      Não são apenas os 95M perdoados das VMOCS, que mais não foi do que fazer desaparecer uma parte substancial do passivo, perdoando o principal e os juros. Uma pouca vergonha já que o Sporting será a única instituição individual ou colectiva a quem os bancos perdoaram as dívidas e os juros.

      Agora, depois de não terem cumprido com o Acordo Quadro na anterior reestruturação financeira, como se fossem os donos dos bancos a quem devem e sem nunca terem pago juros, sem que os bancos credores sabe-se lá porque razão mas suspeita-se, não tenham feito o que lhes era devido, colocar um processo de liquidação do clube em tribunal.
      Assim como também não houve actuação devida por parta da PGR quando devia ter colocado o clube em liquidação. É o que acontece nos países ditos civilizados, onde não existe tráfico de influências.

      A seguir, com uma grande lata, obtêm mais 100-130M de perdão da dívida, dívida sobre a qual nunca pagou juros. Um escândalo de proporções épicas devido ao facto de para além de ilegal e criminosa é prática de concorrência desleal.
      O Benfica pagou toda a sua dívida aos bancos, pagando todos os anos os juros devidos, nunca ficou em incumprimento. Sofreu na pele ao longo dos anos o facto de cumprir e respeitar as leis do país.

      Uns, há 35 anos que compram e vendem favores de "deusas", compram de árbitros e dirigentes para ganhar. O outro compra favores no sistema bancário para poder viver acima das suas possibilidades e manter-se concorrencial artificialmente, não pagando as dívidas.

      Algo inédito a nível mundial. Nem em África encontramos algo igual!! Só é comprável ao nível de corrupção que havia nas ditaduras comunistas da antiga Cortina de Ferro.
      O Karma não lhes perdoará!!

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