20 outubro 2019

O alvo do Sporting para janeiro; Hugo Viana dá a cara: "Erros de planeamento de época (não inscrição de Pedro Mendes)". "Época não está perdida". Explicadas as contratações; Varandas teve de ser escoltado; Arranque de Pizzi como nunca se viu. Médio já leva 10 golos

Os números não enganam e aqueles que Pizzi apresenta ao 11ª jogo da época demonstram que o médio nunca foi tão influente e matador como tem sido em 2019/20. O número 21 já leva 10 golos apontados e é, de forma destacada, o melhor marcador dos campeões nacionais, seguido de Vinícius. Nas épocas transatas, com o mesmo número de encontros oficiais disputados, o máximo que o internacional português tinha conseguido foram seis remates certeiros, em 2018/19, naquele que foi também o melhor ano da carreira, em termos de golos.
Aos 30 anos, Pizzi é uma das peças fundamentais da estratégia de Bruno Lage, que apenas o deixou fora da partida com o V. Guimarães, a contar para a Taça da Liga. Prova disso é que, nos 11 encontros em que participou, marcou em seis, sendo que bisou em quatro, como Record mostrou na edição de ontem. Neste momento, o objetivo do médio é continuar a ajudar a equipa a somar triunfos com golos e, ao mesmo tempo, superar-se. Para já, faltam apenas cinco golos para ultrapassar os números da época anterior (15 em 55 jogos) e , dessa forma, estabelecer um novo recorde pessoal.
O Lyon é o próximo adversário benfiquista, em jogo a contar para a 3ª jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões, competição na qual Pizzi só fez o gosto ao pé na época transata, frente ao PAOK, no playoff de qualificação. Na fase regular, assim como na Liga Europa, o ‘21’ nunca marcou, pelo que pode fazer história diante dos gauleses.

Frederico Varandas deixou ontem o Pavilhão João Rocha sob escolta policial, depois de assistir à vitória (6-1) da equipa de futsal sobre o Leões de Porto Salvo. Elementos ligados às claques, a poucos minutos do final do jogo, abandonaram o sector que lhes é reservado e invadiram a bancada central, sem qualquer tipo de controlo de segurança. Por entre cânticos e insultos, posicionaram-se por baixo da tribuna, onde estava Varandas, e acompanharam-no depois na saída do recinto, numa aparente estratégia de intimidação. A Polícia assegurou a escolta até à zona da Rotunda do Leão.

Hugo Viana dá a cara. Foram já seis derrotas em 12 jogos e com três treinadores diferentes. O Sporting não vive, de todo, uma boa fase no futebol e o seu diretor desportivo, Hugo Viana falou precisamente sobre o tema, em entrevista ao jornal Record.
“Depois do final da época passada, com dois títulos conquistados, esta foi planeada com Marcel Keizer como treinador. Não se pode deduzir que as coisas foram bem ou mal planeadas a partir apenas de números, embora possam ser indicadores de que alguma coisa não correu como se esperava. A história já nos deu vários exemplos de épocas que começaram mal e acabaram bem. Admito que foram cometidos erros. Um deles digo-o sem problemas: a não inscrição do Pedro Mendes que, recordo, foi uma decisão de Marcel Keizer. Devido ao momento e à pressão do tempo, o jogador não integrou a lista. Em janeiro, se Silas entender, será inscrito”, referiu, deixando claro que o Sporting não passa por dificuldades como se diz.
“É falso que o Sporting necessite de 15 milhões de euros até janeiro. Obviamente, vamos estar atentos ao mercado de janeiro e, se houver uma boa oportunidade, quer de venda ou reajustamento, iremos analisar, acrescentou o dirigente.
Hugo Viana admite mau arranque de época mas acredita que ainda não está perdida e demonstra confiança em Silas.
"É um facto que não começámos bem a época, acreditamos que este plantel tem mais qualidade do que o lugar que ocupa. A época não está perdida. Jamais. Acreditamos no Silas. Na Liga Europa a passagem aos 16 avos-de-final está dependente de nós. Na Taça da Liga não acontece o mesmo, mas esse objetivo é atingível. No campeonato só jogámos 1/5 dos jogos e falta disputar 81 pontos. Não temos a mínima dúvida de que vamos recuperar… temos de o fazer! Na Taça de Portugal falhámos. É a única coisa que é irremediável. Aí não há volta a dar. Vamos à luta com as armas que temos. Acreditamos no nosso grupo e sabemos que eles também acreditam no seu potencial. Confiamos muito no trabalho de Silas, numa lógica de futuro, assim como confiamos no Leonel Pontes, que teve a missão de ficar com a equipa durante aquele período. Neste momento, continuam os dois no Sporting e ambos a trabalharem uma lógica de complementaridade, no aproveitamento da nossa formação", disse o dirigente que passou depois a explicar como foi definido o plantel.
"Tudo o que fizemos foi baseado e adaptado à realidade financeira do clube, não podemos esquecer de onde partimos. Não podemos ser demagógicos. Também é importante fazermos uma análise ao plantel, às opções tomadas e não nos concentrarmos só na questão do avançado. Decidimos trabalhar com base no plantel da época passada. Se fizermos essa análise, na baliza mantivemos o Renan. Para lateral-direito, ficámos com o Ristovski e entrou o Rosier, pelo Bruno Gaspar. Nos centrais, só fizemos a troca do André Pinto pelo Neto. Na esquerda, mantivemos o Acuña e o Borja. A meio-campo, perdemos o Gudelj. Não era economicamente suportável pagar 3 milhões de euros por ano. Mas mantivemos o Idrissa Doumbia, que é um jovem talento, e o Battaglia, que infelizmente teve uma pequena lesão depois de voltar ao ativo mas está a recuperar. Para a posição ‘8’ ficámos com o Wendel e reforçámos com o Eduardo. Na posição ‘10’ segurámos o Bruno Fernandes e contratámos o Vietto, que também pode jogar noutras funções. O critério para o reforço do ataque? Recordo que vendemos o Raphinha por 21 milhões de euros e reforçámo-nos com um jogador pronto para jogar: o Bolasie. O Diaby foi emprestado ao Besiktas e decidimos investir no Camacho. É um jovem internacional titular nos sub-20, acreditamos muito no Rafael. O Fernando foi uma oportunidade de mercado. Sabíamos que a lesão dele era recuperável em pouco tempo, mas na fase final da recuperação contraiu uma infeção viral muito grave; felizmente está na fase final da recuperação. Indo então à questão dos avançados, o que fizemos foi manter o Luiz [Phellype], que foi titular na maior parte dos jogos na segunda metade da época passada. Tivemos de vender Bas Dost, que não era economicamente suportável. Aí, também tendo em conta a situação financeira do clube, tivemos de optar por mais um empréstimo. Optámos pelo Jesé, que é um jogador com características diferentes do Luiz, mais móvel. É esta a nossa análise do plantel", terminou.

Léo Jabá, extremo brasileiro de 21 anos que representa os gregos do PAOK, está na mira do Sporting para reforçar o plantel em janeiro. Segundo O Jogo, o interesse dos leões no futebolista orientado por Abel Ferreira não é novo, uma vez que no último defeso chegaram a negociar uma cedência com opção de compra junto do emblema de Salónica, travada pelo técnico português, que o queria no plantel.
Depois de realizar 39 jogos, marcar sete golos e assistir para 11 num ano onde se sagrou campeão nacional, Jabá era tido como intocável por Abel, mas ao cabo de três meses de competição na nova época, a expectativa de uma ainda maior explosão... estagnou. O brasileiro deixou de ser indiscutível no onze e até ao momento soma apenas oito jogos oficiais, cinco como opção inicial. A conjuntura levou, escreve o diário, a que o PAOK repensasse a estratégia a ter com um dos seus maiores ativos (tem contrato assinado até 2023). Neste momento, a direção do clube helénico está disponível para emprestar o futebolista na próxima janela, colocando num eventual negócio uma cláusula de opção de compra nunca inferior a 10 milhões.
O Sporting, através do seu departamento de scouting, está a acompanhar a situação de Jabá e conhece precisamente esta intenção. Tal como aconteceu no verão, interessa-lhe agora abordar um futebolista em que a estrutura reconhece uma qualidade acima da média – não há, para já, qualquer abordagem oficial.
Importa também referir que os leões não são os únicos com os olhos postos no extremo que atua pela direita, mas que também joga à esquerda e até faz de avançado: o Werder Bremen perguntou, há poucas semanas, em que condições poderia avançar para garantir os serviços do brasileiro que se estreou como profissional pelo Corinthians aos 16 anos.

2 comentários:

  1. Varandas escoltado pela policia para o proteger das ira das claques...
    Os casos no Sporting não páram. Parece um cinema em sessões continuas: acaba um filme, começa logo outro.
    Ainda não estava digerida a derrota humilhante com o Alverca, e já começam a encenar novos filmes, ainda mais humilhantes para a colectividade: a tentativa patética de ganhar ao Alverca na secretaria e os insultos e as agressões ao dirigentes legitimamente eleitos.

    Como dizia antes, está a tornar-se doloroso assistir ao definhar de um clube que, em tempos, foi grande. Um clube que demorou a perceber os problemas internos que tinha e a perceber que não se constrói nada com base no ódio, na inveja e no anti-benfiquismo primário.
    Essa foi a estratégia de 5 anos de consulado de Bruno de Carvalho e os resultados estão agora bem à vista.

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  2. 12 jogos, 6 derrotas e 3 treinadores... e o único erro admitido pelo director desportivo do Sporting foi a não inscrição de Pedro Mendes?

    Acho que nem é preciso dizer mais nada, que já todos perceberam perfeitamente porque está o Sporting a ir ao fundo, enquanto os maestros olham para a orquestra desafinada a tocar e apenas estão preocupados com uma ou outra nota fora do lugar.
    Há um iceberg de problemas que os arrasta para o fundo... mas o único problema que reconhecem é a não inscrição de um jogador. Esperam por um milagre em Janeiro, mas o iceberg não parece estar disposto a esperar tanto tempo...

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