21 setembro 2019

"O MP consegue evitar que a SAD de um clube seja pronunciada"; Críticas à posição do videoárbitro que assumiu erro em jogo do FC Porto; Renovações e prémios explicam aumento dos custos nas contas do Benfica

O "mea culpa" de Vasco Santos, videoárbitro do Portimonense-FC Porto, é criticado por Cunha Antunes, antigo juíz ouvido pelo JN, que rejeita qualquer generalização futura da prática, embora possa admitir uma possível tomada de posição, mas da exclusiva responsabilidade do Conselho de Arbitragem (CA).
Cunha Antunes, antigo árbitro da A. F. Braga, rejeita o ato de contrição de Vasco Santos na pseudo grande penalidade assinalada a favor dos dragões.
"Não concordo com qualquer tomada de posição pública. Devia era ter existido outra atuação do VAR", sublinhou. No seu entender, perante a dúvida de análise, Vasco Santos devia ter tomado uma posição distinta. "O VAR está ali para ajudar. No mínimo devia ter sugerido a Rui Costa para visionar o lance", sustentou.

Renovações e prémios explicam aumento dos custos nas contas do Benfica. A política de renovação de jogadores foi a principal razão para o aumento substancial dos gastos com o pessoal, no exercício 2018/19 da SAD encarnada. Ao todo, foram gastos 96,8 milhões de euros, bem acima do valor de há duas épocas – 67,9 milhões. Outra explicação para a subida dos números, segundo apurou o JN, está no pagamento de prémios: o plantel recebeu uma compensação pelo apuramento para a fase de grupos da Liga dos Campeões – as águias passaram duas pré-eliminatórias – e pela conquista do título nacional. O presidente Luís Filipe Vieira até inflacionou este último valor, dado que, minutos depois do fim da última partida com o Santa Clara, que ditou o festejo do campeonato, prometeu aos atletas que iria dobrar o montante do prémio.
No capítulo de salários e de renovações, o Benfica apostou em vender poucos jogadores habitualmente titulares e premiou a maioria dos seus mais influentes jogadores.

"O MP consegue evitar que a SAD de um clube seja pronunciada". A defesa de Rui Pinto considera que a acusação do Ministério Público (MP) "contém numerosas falsidades, nulidades e ilegalidades" e que visa "silenciar e destruir" o denunciante do Football Leaks.
O MP acusou Rui Pinto de 147 crimes, 75 dos quais de acesso ilegítimo, 70 de violação de correspondência, sete deles agravados, um de sabotagem informática e um de tentativa de extorsão, por aceder aos sistemas informáticos do Sporting, da Doyen, da sociedade de advogados PLMJ, da Federação Portuguesa de Futebol e da Procuradoria-Geral da República, e consequente divulgação de dezenas de documentos confidenciais destas entidades.
"Com a acusação agora tornada pública e o pedido de manutenção da prisão preventiva, confirma-se a vontade do MP de silenciar e destruir Rui Pinto, evitando que prossiga a colaboração que vinha mantendo com as autoridades de investigação de outros países", refere uma nota enviada à agência Lusa assinada pelos advogados Francisco Teixeira da Mota e William Bourdon.
No entender dos advogados, a acusação deduzida contra Rui Pinto "contém numerosas falsidades, nulidades e ilegalidades", que a defesa do arguido "irá reagir no processo no seu devido tempo".
O comunicado acrescenta que a equipa constituída pelo MP para investigar a criminalidade no mundo do futebol "parece estar mais dedicada a perseguir aqueles que a denunciam do que a investigar aqueles que a praticam".
"A defesa de Rui Pinto lamenta que o MP, ao mesmo tempo que consegue evitar que a SAD de um clube de futebol seja pronunciada, consegue 'descobrir' 147 crimes contra o seu constituinte e enquanto em Espanha a Doyen é objeto de processos fiscais e criminais, em Portugal goza do beneplácito das autoridades de investigação", sublinham os advogados.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Regras dos comentários

O Fora-de-Jogo mantém um sistema de comentários para estimular a troca de ideias e informações entre seus leitores, além de aprofundar debates sobre assuntos abordados nos artigos.

Este espaço respeita as opiniões dos leitores, independentemente das suas ideias ou divergência das mesmas, no entanto não pode tolerar constantes insultos e ameaças.

Assim o FDJ não aceita (ou apagará) comentários que:

- Contenham cunho racistas, discriminatórios ou ofensivos de qualquer natureza contra pessoas;
- Configurem qualquer outro tipo de crime de acordo com a legislação do país;
- Contenham insultos, agressões, ofensas;
- Contenham links externos;
- Reúnam informações (e-mail, endereço, telefone e outras) de natureza nitidamente pessoais do próprio ou de terceiros;

Não cumpridas essas regras, o FDJ reserva-se o direito de excluir o comentário sem aviso prévio.

Avisos:

- Respeitadas as regras, é livre o debate dos assuntos aqui postados.
- Os comentários são de exclusiva responsabilidade civil e penal de seus autores e/ou “reprodutores”, participantes que reproduzam a matéria de terceiros.
- Ao postarem suas mensagens, os comentadores autorizam o FDJ a reproduzi-los no blog;

Não fique Fora-de-jogo nas suas palavras...