Ofertas são iguais. Jogador decidirá se quer o não o Sporting; Lázio assume negociações com o Benfica por dupla mas lembra que não está em saldos. “Não fomos nós que dissemos que queríamos vender..."; Argentino quer sair mas..."do FC Porto não chegou nada, nem sequer o interesse”

As recentes declarações Olivier Delcourt, presidente do Dijon, à imprensa francesa devem ser entendidas como uma forma do dirigente tentar inflacionar um negócio que só não se concretizará a favor do Sporting caso algo de muito estranho aconteça.

Mas vamos por partes. O que disse Delcourt? “Pus as cartas na mesa com os dois clubes. Eles sabem o que queremos. Em caso de ofertas iguais, será o jogador a decidir e não haverá mais discussões”, disse o líder do Dijon ao ‘Le Bien Public’, que adianta ser a oferta do Friburgo financeiramente superior àquela que o Sporting apresentou por escrito e que poderia incluir a cedência temporária de um jogador da lista de dispensas de Marcel Keizer.

Seja como for, segundo o Record apurou, uma vez mais, o acordo entre Sporting e Dijon está fechado e apenas questões de pormenor relacionados com o contrato de cinco anos que Valentin Rosier vai assinar estão a retardar a conclusão das negociações.

Há, todavia, algo nas declarações do presidente do Dijon que ajuda a explicar por que motivo o lateral-direito , de 22 anos, se tornará muito em breve jogador da equipa de Alvalade. O futebolista, que ficou impressionado com o projeto que lhe foi apresentado pelo Sporting, com a possibilidade de atuar numa equipa que luta por títulos e que é cliente frequente nas competições europeias. Todos estes aspetos e o facto de entender que a adaptação ao futebol português será mais rápida do que ao alemão fez com que internacional sub-21 por França não hesitasse no momento de definir o seu futuro, que passará pela Liga portuguesa e pelo Sporting.

Será uma espécie de ‘upgrade’ na carreira do jovem defensor que apenas há três anos se estreou no principal escalão do futebol gaulês, conseguindo bons desempenhos numa equipa que só em 2017/18 não sentiu dificuldades para manter-se na Ligue 1. Curiosamente, o interesse de vários clubes despertou naquela que foi a época de menor utilização de Rosier, a temporada em que o francês esteve vários meses afastado dos relvados devido a uma lesão no pé direito, que o atirou para a mesa de operações e o afastou do Campeonato da Europa de sub-21, em cuja qualificação participou. 

"Do FC Porto não chegou nada, nem sequer o interesse”. O FC Porto está no mercado para garantir a contratação de um extremo para colmatar a saída de Yacine Brahimi, e Matías Vargas é um dos jogadores que está referenciado pela SAD. O argentino, de 22 anos, tem-se destacado ao serviço do Vélez Sarsfield, onde marcou cinco golos em 27 jogos na última época, e o seu contrato acaba em 2020, pelo que a direção do clube está pressionada a vendê-lo neste período de transferências. Os dragões estão atentos, mas, à semelhança de outros casos, ainda não avançaram com qualquer proposta. “Nem sequer houve contactos, pelo menos comigo ninguém falou em nome do FC Porto. É um grande clube e seria bom para o jogador, mas a única coisa que lhe posso dizer é que do FC Porto não chegou nada, nem sequer o interesse”, garantiu a Record o seu empresário, Fernando Cosentino. O agente de Vargas não escondeu, no entanto, que é desejo do extremo sair do Vélez para tentar uma aventura na Europa. “O Vargas quer sair para a Europa neste período de transferências. Não esquece tudo o que o Vélez lhe deu até agora, mas o seu objetivo é jogar num grande campeonato europeu, seja o português, espanhol, francês, italiano ou inglês. No final do ano passado, ele teve convites do Flamengo, América do México, Toronto, outra equipa americana, e uma da Arábia, mas recusou, porque queria sair agora para a Europa”, apontou Cosentino, lembrando ser ele “o empresário do jogador”, tendo sido o mesmo que esteve em negociações com os clubes atrás referidos. 

O Benfica está a procurar fechar a contratação de Pedro Neto e Bruno Jordão, dupla portuguesa que milita na Lázio e o negócio está encaminhado, como confirma ao jornal O Jogo Igli Tare, diretor desportivo da Lázio. “Neste momento estamos num bom ponto, mas temos de ver. Temos de falar de novo”, revela, explicando que o objetivo das águias é adquirir o passe da dupla: “Estamos a falar de uma transferência definitiva por Pedro Neto e Bruno Jordão.”

Atento à situação dos dois jogadores, e avaliando o dossiê, face ao elevado investimento que será necessário realizar, o emblema encarnado decidiu avançar mesmo no sentido de garantir os dois internacionais pelas camadas jovens de Portugal (sub-20 no caso do extremo e sub-21 no caso do médio), contando com a participação de Jorge Mendes no sentido de acertar a melhor fórmula para garantir a contratação da dupla e suportar o investimento que a Lázio fez, pois entre o custo do empréstimo e a cláusula de compra obrigatória o clube transalpino pagou ao Braga 12 milhões por Neto e 6,5 milhões por Jordão, sendo que, em função de objetivos, pode investir ainda um total de sete milhões de euros pelos dois.

Jogando à defesa sobre os valores do negócio – “Não podemos falar de detalhes”, justificou –, Igli Tare assegura, contudo, que a dupla não está em saldos: “Não fomos nós que dissemos que queríamos vender, foi o Benfica a demonstrar o interesse.”

“São dois jogadores importantes e que tiveram um grande crescimento, sobretudo no último ano. Vamos ver o que irá suceder, porque agradam muito ao nosso treinador e estão nos planos para a próxima época. Temos de decidir o que é melhor fazer para o nosso futuro”, referiu o dirigente da turma romana, confirmando contactos para breve: “Vamos ver como correm as coisas nos próximos dias.”