15 junho 2019

Médio do FC Porto encantou Toulon; Jogador do Benfica deixa críticas às condições na Academia do...Sporting

O guarda-redes Ivan Zlobin deu entrevista ao site russo Championat em que revelou como teve a carreira por um fio em 2014, depois de lhe ter sido detetado um sopro no coração nos juniores do CSKA. Chegou mesmo a pensar que nunca faria carreira no futebol. E foi essa a razão pela qual nunca jogou no campeonato russo, apesar das boas indicações que sempre foi dando no clube moscovita.
«Lutei por Zlobin, sempre me convenceu, mas com um sopro no coração, a ser alvo de exames de seis em seis meses, os médicos ficaram com medo e o CSKA perdeu pessoa maravilhosa e talentoso guarda-redes. Via-o como discípulo do Akinfeev», contou ao Championat o técnico de guarda-redes do CSKA, Vyacheslav Chanov.
Depois foi Zlobin a ter a palavra. «Sempre passei com normalidade nos exames médicos, mas algo deu errado nos juniores após ter feito um eletrocardiograma (ECG) em que me detetaram sopro no coração. Disseram-me que não podia ser convocado para jogar. E pensei que acabava tudo ali, comecei a preparar-me para entrar na universidade e a pensar onde poderia trabalhar», contou.
Fez pausa de nove meses no futebol, voltou a casa, a Tyumen [cidade na... Sibéria], mas o bichinho nunca morreu. «Uma vez quis juntar-me a um jogo de vizinhos, pediram-me mil rublos. Que podia fazer? Paguei e joguei», contou. Sem ainda saber, começou a desenhar novo futuro no futebol, porque em Tyumen completou processo de reabilitação ao problema cardíaco que lhe foi detetado e após novos exames o cardiologista deu-lhe luz verde para voltar a fazer o que mais gostava. «Falei com o meu agente, que me disse que podia aparecer algo de Portugal. Comecei a preparar-me, juntei-me à equipa da universidade, depois pedi para treinar-me no FC Tyumen com o meu primeiro treinador. Até me quiseram oferecer contrato, mas surgiu o convite do Leiria», contou, sem deter:
«Alexander Tolstikov [presidente da SAD leiriense] deu-me uma chance e depois foquei-me só no futebol. Comia, dormia, treinava, treinava e treinava. Pensei que se me mostrasse poderia ir para outras equipas. Foram 3/4 meses em que o Leiria me deu muito», vincou. Foi em Leiria que se fez homem. Teve de aprender a cozinhar, a pensar no dia a seguir, a controlar as despesas.
Em Alcochete, como no exército. Antes de ir ao Seixal, Zlobin fez testes na Academia de Alcochete com os sub-19 do Sporting. «Foi momento emocionante, era a primeira grande oportunidade para chegar a grande clube no Ocidente. As condições eram como no exército: beliches, 6/7 pessoas num quarto, todos de diferentes nacionalidades», contou. Treinou num sintético e a coisa não correu bem. «Magoei-me, fiquei com queimaduras e no posto médico deram-me unguento que não ajudou. Chorei e fiquei com vergonha de voltar aos médicos. Procurei na internet como curar abrasões, nem dormia à noite, as queimaduras eram assustadoras. Vi que pasta de dentes ajudava e durante duas semanas usei mais pasta no corpo que nos dentes», recordou.
Não ficou no Sporting, regressou ao Leiria, mas uma semana depois Tolstikov voltou a ligar-lhe.
«Disse para me equipar e ir ter com ele ao estádio. Quando lá cheguei, perguntei onde íamos. ‘Benfica’, respondeu. ‘Uau’, pensei. Quando cheguei e vi as condições... era o céu na terra. Quartos como no hotel, fiquei num duplo. Fui logo para a equipa B, observaram-me durante uma semana e pediram-me para ficar, apesar de eu pensar que me tinha corrido pior no Benfica que no Sporting», contou.
Já no Seixal, ainda temeu pelo coração. «Fiquei com medo antes de fazer exames. Depois do ECG, perguntei e o médico disse que estava tudo bem».
Foi, afinal, o coração que o acabou por guiar até ao Benfica. «Foi diagnóstico [do sopro] para o melhor. Vim para Portugal, abri novo mundo.»
Voltando ao presente, Zlobin sabe bem o que quer no futuro. «O desejo agora é ficar no Benfica e provar que mereço lugar no plantel principal», garantiu.

Vítor Ferreira, médio do FC Porto, foi eleito jogador-revelação do Torneio de Toulon, conceituada prova internacional para escalões de formação que fechou este sábado com o triunfo do Brasil. O internacional português, de 19 anos, realizou quatro jogos e marcou um golo no torneio, no qual a equipa das Quinas terminou no quinto lugar.
Termina assim a excelente temporada de Vítor Ferreira, que foi campeão nacional de juniores e conquistou a UEFA Youth League com a camisola do FC Porto.

3 comentários:

  1. DÚVIDA IMPERTINENTE E UMA DOR PERTINENTE


    Não é vontade de embirrar. Trata-se apenas de uma dúvida impertinente. A que propósito foi a Seleção Nacional para o varandim da Câmara Municipal do Porto mostrar o troféu da Liga das Nações aos transeuntes da Avenida dos Aliados na noite do último domingo? sendo a seleção, por definição, "nacional", que ideia foi aquela de a conduzir de autocarro até à sede do poder autárquico que rege a cidade anfitriã di final do torneio para, à pala do esforço de Cristiano Ronaldo, Bernardo Silva & Companhia, oferecer uma série de imagens festivas ao portfólio de Rui Moreira, o "mayor" da cidade? Tivesse a final da Liga das Nações sido disputada numa qualquer outra cidade do país e alguém imagina os paços dos concelhos de Braga, Guimarães, Aveiro, Coimbra ou Faro abrirem as portas e as varandas à vitoriosa equipa nacional para deleite institucional e jornada de marketing dos respetivos autarcas? Permita-se, portanto, a opinião dos que consideram como um despudorado abuso ao que aconteceu no domingo à noite nas instalações da Câmara Municipal do Porto, depois de a Seleção Nacional ter vencido com categoria a sua congénere holandesa no jogo decisivo dessa nova competição da UEFA, cujo objetivo, discutível como são todos os objetivos, é rentabilizar ao máximo a preparação das equipas nacionais europeias, transformando os múltiplos clássicos "particulares" em jogos a sério e em bilhetes e em transmissões televisivas com preços a sério. A Liga das Nações é, para já, uma espécie de Taça da Liga da UEFA. Uma novidade, uma prova acabadinha de estrear que vai precisar do seu tempo até ser levada a sério pela indústria em geral. este facto, indesmentível, não retira brilho nem, muito menos, mérito aos jogos que a equipa de Fernando Santos reaalizou com a Suíça e com a Holanda. O futebol de Santos não será o espetáculo mais divertido e empolgante do planeta, mas o importante nestas coisas é que o nosso engenheiro já soma dois triunfos em duas finais europeias e isso faz dele, e com justiça, o treinador mais respeitado do burgo. A ida da comitiva vencedora da Liga das Nações à Câmara Municipal do Porto teve, no entanto, aspetos bastante curiosos se nos lembrarmos como tem sido uma frustração para Rui Moreira a flagrante escassez de festejos futebolísticos registados sob o seu patrocínio desde que assumiu a presidência daquela autarquia. De deserto em deserto por razões locais, a multidão lá desaguou finalmente na Avenida dos Aliados por razões nacionais. Uns para vitoriar os seus heróis de modo global e outros, ainda entristecidos por questões menores, apenas para poderem contar aos netos que viram, o João Félix a festejar um título na varanda da Câmara Municipal do Porto. Sobre esta dor pertinente é que não há dúvida nenhuma.

    Leonor Pinhão, in Record

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    Respostas
    1. Essa Leonor nunca superou o facto do clube dela ter apenas expressão nacional, lá fora ser um bombo.

      Coitada

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  2. Este travesti é um ser frustrado e não consegue despir o seu traje de toupeira corrupta.

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