Samaris não conta e vai deixar o Benfica. Fejsa também pode sair; Acuña enviou mesmo carta a antecipar rescisão

O Benfica não pretende renovar com Andreas Samaris, pelo que a ligação do médio ao Benfica irá terminar no final da temporada. É certo que o internacional grego até recuperou algum espaço com a chegada de Bruno Lage à liderança da equipa, sendo mesmo o habitual titular desde que Fejsa se lesionou, mas, segundo garante o Record, as águias não contam com ele para a próxima época.

Com 29 anos e depois de cinco temporadas de águia ao peito, o jogador pode começar a resolver o futuro e assinar por outro emblema, sem que o Benfica não recupere parte dos 10 milhões que investiu na contratação do camisola 22, em 2014.

A SAD do Benfica está recetiva a negociar a transferência de Ljubomir Fejsa no final da temporada. Apesar de o futebolista sérvio ser um elemento nuclear no onze, os responsáveis encarnados olham para Florentino Luís como um jogador que dá garantias para assumir o lugar, escreve o Record.

Fejsa, que cumpre a sexta temporada na Luz, está a mais de dois anos de ver chegar ao fim da ligação contratual ao emblema da águia. Nesse sentido, a ideia passa por recuperar parte do investimento na contratação do futebolista, de 30 anos.

O internacional sérvio chegou ao Benfica em agosto 2013, proveniente do Olympiacos, a troco de 4,5 milhões de euros. Assinou por cinco anos, numa altura em que os encarnados acautelavam a saída de Matic, que se transferiria para o Chelsea em janeiro de 2014.

Apesar dos problemas no joelho direito, que o fizeram perder grande parte da temporada 2014/15 (seis jogos pela equipa principal e dois pela B), Fejsa tem sido uma pedra basilar do onze das águias pelo equilíbrio que confere ao meio-campo.

Acuña enviou carta a antecipar rescisão a 5 de junho de 2018. Bruno de Carvalho dedica uma parte do seu livro ‘Sem Filtro – As Histórias dos Bastidores da Minha Presidência’ ao ataque a Alcochete e às rescisões. Entre várias revelações, o antigo presidente conta que Acuña só não revogou o contrato porque se "esqueceu de enviar [a documentação] para outras entidades", como requerido por lei.

A mulher do jogador, Maria Julia Silva, negou a versão e apelidou BdC de "mentiroso", mas a verdade é que Acuña comunicou a decisão de rescindir numa carta enviada a 5 de junho. No documento a que o jornal Record teve acesso, o argentino explica não estarem reunidas as condições necessárias para "continuar a prestar serviços profissionais num lugar onde a segurança não está assegurada [...], sendo essa causa suficiente para rescindir o contrato".

O extremo especifica que irá formalizar a revogação por "justa causa" após o Mundial. "Uma vez concluída a minha prestação na Copa, e analisada a situação com os meus assessores, contactar-vos-ei para informar quando seja oportuno, reservando o direito que me assiste para rescindir com justa causa o contrato vigente", pode ler-se ainda. Fica por esclarecer se o jogador formalizou ou não a intenção comunicada.

Na apresentação do livro ‘Sem Filtro’, em Alcobaça, Bruno de Carvalho reiterou que Acuña apresentou a carta de rescisão, e deixou um aviso à mulher do jogador. "Como as pessoas não sabem aquilo que tenho ou não tenho é melhor estarem caladas", afirmou o antigo presidente leonino, numa sala com mais de 100 apoiantes. O ataque a Alcochete voltou a ser comentado e BdC não hesitou em considerar a invasão como "um crime hediondo", antes de defender uma investigação séria. "Não deve ser um caso contra Bruno de Carvalho", frisou.