A mulher de Luisão revelou que o central brasileiro pode prosseguir a carreira de treinador quando pendurar as chuteiras no final da temporada. Em conversa com os fãs no Instagram, Brenda Mattar elogiou o marido e falou sobre a possibilidade de Luisão vir a treinar o Benfica.
"Muita gente fala disso. Quem sabe um dia. Agora, ele não pensa em mais nada a não ser terminar contrato com mesmo amor de sempre", respondeu
A esposa do capitão dos encarnados lembrou que "não há líder igual" a Luisão e que, aconteça o que acontecer, "a história no Benfica ninguém lhe a tira". Quanto às suspeitas em torno dos encarnados - a SAD do Benfica foi acusada pelo Ministério Público no caso E-Toupeira -, Brenda Mattar acredita na inocência do clube e de Luís Filipe Vieira, que considera ser "uma pessoa diferente neste meio".
Samaris e Svilar foram inquiridos em Maio no âmbito do E-toupeira. Mile Svilar teve uma ascensão meteórica: a 28 de Agosto de 2017, no dia a seguir a completar 18 anos, assinou contrato com o Benfica. Menos de dois meses depois, estreou-se pela equipa de Rui Vitória, tornando-se no guarda-redes mais jovem de sempre a jogar pelos “encarnados”. Passados poucos dias, jogava, pela primeira vez na curta carreira, uma partida da Liga dos Campeões. Nada neste percurso o poderia preparar para as circunstâncias em que se encontrou a 10 de Maio deste ano, quando foi inquirido no âmbito do processo E-toupeira.
Tal como Svilar, também Samaris foi ouvido nesse dia na investigação do caso em que a SAD do Benfica é acusada de crimes de corrupção activa, oferta ou recebimento indevido de vantagem, e falsidade informática – o assessor da administração da SAD “encarnada” para a área jurídica, Paulo Gonçalves, e dois oficiais de justiça (José Silva e Júlio Loureiro) também são acusados pelo esquema que consistia na entrega de convites e artigos de merchandising do Benfica como contrapartida para obter informação sobre processos que, na sua maioria, estavam sujeitos a segredo de justiça. O Sporting constituiu-se assistente no processo, tal como já havia feito no caso dos emails.
Svilar e Samaris são dois dos futebolistas identificados em fotos que José Silva, oficial de justiça que prestava apoio informático nos tribunais de Fafe e Guimarães, tirou numa das suas visitas ao Estádio da Luz. A 3 de Março deste ano, José Silva assistiu ao Benfica-Marítimo e após o jogo, “em zona reservada junto aos lugares de estacionamento dos jogadores, tirou fotos com Samaris, Jardel, Douglas, Eliseu e Luisão”, pode ler-se no processo E-toupeira, que o PÚBLICO consultou no Campus da Justiça, em Lisboa.
Questionados sobre as camisolas autografadas encontradas em casa de José Silva nas buscas realizadas, tanto Svilar como Samaris reconheceram a própria assinatura, mas referiram ser prática comum entregar camisolas a adeptos (no final dos jogos, por exemplo), assim como autografar camisolas para oferta.
Na sequência das buscas realizadas pela Polícia Judiciária em Março deste ano, Paulo Gonçalves e José Silva foram constituídos arguidos, tendo este último visto ser-lhe aplicada medida de coacção de prisão preventiva a 7 de Março. “Foram todos comidos de cebolada pelo toupeira-mor que anda a pavonear-se pelo tribunal de Guimarães (referindo-se a Júlio Loureiro)”, desabafava no dia seguinte Cristina, referida como Tininha, funcionária desse tribunal, num telefonema alvo de escuta e incluído nos autos.
Para lá da coincidência de usar uma expressão que o próprio treinador do Benfica, Rui Vitória, utilizara anos antes (“Não quero ser comido de cebolada”, afirmou em Novembro de 2015, em contestação à arbitragem no derby contra o Sporting), Tininha é também a funcionária que em Dezembro de 2017 se queixava a José Silva que alguém andava a usar as suas credenciais de acesso ao portal Citius, no Ministério da Justiça.
“Alguém está a trabalhar com a minha password aqui num processo... Numas pesquisas à Segurança Social?”, dizia Tininha, incrédula, num telefonema com José Silva, acrescentando: “É grave!”. Passados 30 minutos, o oficial de justiça e adepto do Benfica devolvia a chamada à colega com a explicação possível. “Instalei agora um computador novo, de uma colega lá de Loures. E eu para actualizar o Citius preciso de uma password de um funcionário. Percebes?”, afirmou José Silva, sem que Tininha ficasse muito convencida. “Já está sanado... O culpado fui eu”, concluía o técnico. Palavras que não repetiria no inquérito, quando preferiu remeter-se ao silêncio.
Sem meias-palavras, era como Vítor, identificado nos autos como coordenador de José Silva, reagia a 5 de Fevereiro às notícias que aludiam à existência de uma “toupeira” do Benfica no sistema da justiça: “Manda lá umas bocas ao Júlio [Loureiro] a ver se ele deixa de... epá foda-se. O gajo que não foda a puta da vida dele pla merda de dois ou três bilhetes. Foda-se!”
O PSD requereu esta sexta-feira a audição parlamentar do ex-presidente do Instituto Português do Desporto e da Juventude (IPDJ) Augusto Baganha, devido às declarações que proferiu sobre o funcionamento do organismo e situações de ingerência nos processos de decisão. Na quinta-feira, o atual presidente do IPDJ, Vítor Pataco, anunciou que vai processar o antecessor, Augusto Baganha, por "diversas afirmações, insinuações e acusações", que - alegou - colocam em causa o seu bom nome.
Esta sexta-feira, o PSD decidiu chamar Augusto Baganha à Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto por considerar "de extrema gravidade" as afirmações que proferiu relativamente à cessação do seu mandato e ao modo de funcionamento do instituto.
"É da maior relevância ouvir, em comissão, e logo após o início da próxima sessão legislativa, o presidente cessante do IPJD", justifica o grupo parlamentar dos sociais-democratas.
"Resulta das suas afirmações a existência de motivações partidárias para a cessão do respetivo mandato, a presença de pressões por parte do senhor secretário de Estado da Juventude e do Desporto na atuação do presidente do IPDJ, a ingerência de organizações desportivas nos processos de decisão deste instituto, bem como o eventual favorecimento de organizações desportivas, no âmbito de diversos processos, incluindo contraordenacionais", lê-se no requerimento.
Em comunicado enviado à Lusa, o atual presidente do instituto, Vítor Pataco, anunciou que vai recorrer "às vias judiciais adequadas", com vista à "justa e cabal reposição da verdade".
Em causa está uma entrevista à SIC, em que, de acordo com o comunicado, Augusto Baganha - exonerado da presidência do IPDJ - "proferiu diversas afirmações, insinuações e acusações que, sem qualquer fundamento, remetem para supostos factos que não correspondem minimamente à verdade".
"As referidas acusações colocam em causa o meu bom nome, a minha ética profissional e a minha responsabilidade no exercício de funções públicas, produzindo consequências que o Dr. Augusto Baganha não podia deixar de antecipar, por terem sido proferidas em estação televisiva, em horário nobre de audiência, o que manifestamente levaria, como levou, à sua posterior ampla divulgação por outros órgãos e meios de comunicação social", lê-se no documento.
Pataco preside desde terça-feira ao IPDJ, depois de ter sido vice-presidente durante a liderança de Baganha.
Benfica afasta-se de Paulo Gonçalves. Paulo Gonçalves vai ter de pagar a defesa do processo E-Toupeira do seu próprio bolso, confirmou fonte do Benfica ao CM. Defendido por um dos mais prestigiados escritórios de Lisboa, o ainda braço-direito dos encarnados vê assim aproximar-se do fim a relação que mantinha com Luís Filipe Vieira. O presidente da SAD prepara-se para deixar cair o seu número dois, depois da acusação judicial ter rebentado que nem uma bomba na Luz. É o pretexto que faltava para Vieira se separar do seu ‘ex-amigo’ e a defesa também já foi autonomizada. A SAD das águias, acusada de 30 crimes, prepara uma defesa autónoma à de Paulo Gonçalves, acusado de 79 crimes. Vieira quer distância das acusações que provocaram um terramoto na Luz.
Entretanto, o CM teve acesso a um documento interno do Benfica, já com os princípios de defesa, no processo E-Toupeira. A estratégia é a SAD desmontar a acusação.
O Ministério Público acusa Luís Filipe Vieira de ter conhecimento das ofertas aos arguidos no E-Toupeira, mas o Benfica vai negar tudo. Suporta este entendimento no facto de Vieira dar o sim a uma lista elaborada por Paulo Gonçalves que engloba milhares de pessoas. Vão referir que um mero ‘OK’ a uma lista tão extensa não significa que conheça o destinatário.
Este afastamento de Vieira e a tentativa de proteger a SAD do Benfica de um processo cujos danos reputacionais são muito elevados foi evidente logo que reagiu à acusação do processo.
Vieira não falou uma vez sobre Paulo Gonçalves durante a intervenção que fez no Estádio da Luz e a ausência do seu assessor jurídico foi notada.
A Benfica SAD aguarda que o funcionário coloque o lugar à disposição. Algo que teria feito quando foi detido para primeiro interrogatório. Na altura viu reforçada a confiança por parte de Vieira e a administração da SAD, mas a acusação do Ministério Público e o conhecimento das provas fez o Benfica mudar radicalmente de opinião.
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