27 julho 2018

Francisco Geraldes sentiu-se empurrado para fora de Alvalade; SAD leonina faz último esforço por Battaglia; Nova lei das claques cria problema na Luz

O Sporting não desiste de Battaglia e nas últimas horas intensificou as negociações com o jogador e o seu empresário, Rodrigo Vilarino, com o objetivo de chegar a um acordo que viabilize o regresso aos verdes e brancos.
Apesar de a diferença entre as partes ainda ser considerável, existe confiança em chegar a um entendimento, tal como já aconteceu com Bruno Fernandes e Bas Dost. Nesta altura, as divergências prendem-se com os números do contrato, nomeadamente a forma de pagamento, já que a direção leonina não está na disposição de satisfazer as pretensões do jogador. O negócio já esteve perto de ficar fechado, mas problemas de última hora deitaram por terra essa possibilidade.
Neste processo, Sousa Cintra também quer celeridade, já que é sua intenção dar todas as condições a José Peseiro o quanto antes. O jogador, esse, quer resolver rápido o seu futuro e sabe que, além do Sporting, é pretendido, sobretudo, em Espanha e na Alemanha. Os próximos dias serão decisivos.
Enquanto procura chegar a um entendimento com o médio, de 27 anos, Sousa Cintra analisa outros alvos. Mais do que contratar um novo jogador para aquela posição, porém, o Sporting pretende fechar um acordo com Battaglia, considerado um processo de prioridade máxima, no sentido de reverter a rescisão de contrato. O camisola 16 pode jogar a médio-defensivo ou mais adiantado. Isto é, resolve dois problemas...

O futuro imediato de Francisco Geraldes passa pelo Eintracht Frankfurt, que vai representar por empréstimo sem opção de compra. Todavia, o jogador não admite que passe a ideia de que virou as costas ao Sporting e preferiu sair. Pelo contrário, sentiu-se empurrado pela atitude da SAD, escreve o Record. Não entendendo a razão pela qual os responsáveis optaram por não lhe transmitir a confiança que esperava estar-lhe reservada, pelo menos em comparação com o apoio que foi concedido a outros médios que chegaram de outros países nas últimas temporadas.
Já com o saída para a Bundesliga acordada, Sousa Cintra ainda fez uma oferta impulsiva para a permanência, de cariz financeiro mas com escasso relevo prático, mas sem assentar numa aposta estruturada. O que, de resto, nunca poderia demover um jogador conhecido tanto pelo seu talento como pelo facto de possuir aptidões intelectuais acima de média. Aos 23 anos, e após duas épocas de empréstimo a Moreirense e Rio Ave, Geraldes não recebeu da parte da SAD as condições para impor seu futebol sem sentir desconfiança. Por isso, entendeu que não poderia continuar a sujeitar a sua carreira a uma indefinição sem fim à vista.
Desde logo, foi mantido o contrato que assinou há quatro anos, sem qualquer revisão, e que neste momento o colocava como o jogador pior remunerado do plantel. Mesmo no momento da mudança para o Eintracht Frankfurt, nunca foi colocada sobre a mesa a possibilidade de renovar contrato, algo que o jogador admitia ter em conta, pelo que quando voltar terá apenas mais dois anos de ligação aos leões. Ele, que foi retirado Moreirense a meio da temporada, em 2016/17, apenas para ser enviado para a equipa B por Jorge Jesus. E que foi recentemente capa do jornal do Sporting e figura do cartaz de divulgação do jogo de apresentação, frente ao Marselha, para no fim ter de tomar outro rumo.
Nem perante as propostas que surgiram do mercado, e que foram apresentadas à SAD, o Sporting apreciou devidamente um produto da sua formação com 16 anos de ligação ao clube. Francisco Geraldes esperava encontrar um projeto de carreira estável em Alvalade e sentiu-se triste por ter de sair. Uma decisão da qual não aceita ser considerado culpado. O seu grande desejo era vingar pelo leão, mostrar o seu futebol com a camisola do Sporting, algo que ainda acredita que poderá fazer no futuro, apesar da tristeza provocada por mais uma experiência que não deixa boas recordações. Se o Sporting quisesse verdadeiramente que Geraldes ficasse, o jogador teria ficado, garante o diário.

Nova lei das claques cria problema na Luz. Cinco anos depois das últimas alterações, o regime jurídico do combate à violência, ao racismo, à xenofobia e à intolerância nos espetáculos desportivos prepara-se para voltar a sofrer modificações, medida que surge na sequência de diversos episódios verificados nos últimos anos com elementos de claques e que levou João Paulo Rebelo, secretário de Estado da Juventude e do Desporto, a considerar que a atual legislação é “completamente ineficaz a combater este flagelo”.
O projeto-lei, já entregue para estudo aos clubes, está pronto para ser discutido na Assembleia da República, estabelecendo a criação de uma nova entidade, a Autoridade para o Combate à Violência no Desporto (ACVD). É neste novo organismo, que substitui o Instituto Português do Desporto e da Juventude (IPDJ), que as claques, conhecidas também como Grupos Organizados de Adeptos (GOA), terão de estar registadas, caso contrário não terão acesso aos estádios. Esta situação, já prevista na lei, vai agora mais longe e cria um problema ao Benfica, pois as claques encarnadas não estão legalizadas, razão pela qual, caso tal não se altere, o clube da Luz perderá o direito a contar com o apoio “extra” não só no seu recinto como fora de casa.
Até agora recusando-se a inscrever-se no IPDJ, as claques dos encarnados terão, segundo a nova lei, de se constituir previamente como associações, nos termos da legislação aplicável no âmbito do associativismo juvenil. A partir daí, quem estiver registado irá receber um cartão de acesso exclusivo a zonas específicas, a exemplo do que já sucede para os adeptos visitantes, sujeitas a maior vigilância e meios de segurança, que os clubes deverão criar nos seus estádios para alojar os GOA – onde será permitida a utilização de bandeiras e outro tipo de acessórios –, sendo que estas áreas não serão abertas a outro tipo de adeptos.
Em última análise, a lei estabelece que o incumprimento de algumas destas regras possa ter como punição a realização de jogos à porta fechada.

7 comentários:

  1. Um problema para o benfica? Depende de quantos elementos deste vão ser colocados no novo organismo, aí passa a ser um problema para os outros que vêm tudo ficar na mesma ou pior!

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  2. Ainda não percebi qual é o problema, primeiro recusavam inscrever-se no IPDJ como claque e agora irão recusar-se a inscrever nesse novo organismo com associação.

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  3. A massa já chegou à conta do Portimonense?

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  4. Se eu e mais uma dúzia de gajos nos organizamos para ir apoiar um clube, quem é que tem alguma coisa a ver com isso?


    P.S.: Não, não é para ir coagir e/ou agredir jogadores, é só mesmo para apoiar a equipa!

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    1. Não poderão levar tarjas ou bandeira que ultrapassem determinada dimensão, dificilmemte garantirão lugar juntos, etc.
      Saudações leoninas

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  5. Mais uma lei de merda, completamente inconstitucional, para fingir que querem resolver o problema das claques. Se quiserem resolver o problema das claques acabem com elas e obriguem os criminosos que as dirigem a comparecer numa esquadra da polícia nas horas dos jogos. Aí sim, resolveriam o problema das claques... Assim com leis destas é só para fingir.

    PS: a propósito, como está a investigação à invasão do centro de treinos da Maia, onde vários árbitros e suas famílias, foram ameaçados por membros de uma das claques ditas legalizadas? Senhores secretários de estado e políticos (de merda!) façam qualquer coisa e deixem de fingir...

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  6. Parece que o Javi garcia já assinou. Bem, na verdade, o termo correto é autografou. Foi um puto que lhe pediu um autografo...

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