Meia equipa do Sporting em risco de rescindir se BdC não se demitir; Ferreyra perto de assinar pelo Benfica (os milhões envolvidos). "Não quero falar, porque estamos em negociações"; 'Pérola' do Benfica a caminho da Championship

O Benfica está a negociar a saída de João Carvalho para o Nottingham Forest, pelo que o jogador poderá ser a primeira vítima da reformulação do plantel planeada por Luís Filipe Vieira e Rui Vitória, a pensar na próxima temporada. O jornal Record escreve que as negociações estão bem encaminhadas, pelo que o futuro do médio deverá passar pelo emblema do Championship, apesar de outros clubes terem manifestado interesse nos serviços do jogador.

No decorrer da última época, o número 90 das águias esteve muito perto de rumar ao Wolverhampton. Na altura, a transferência do jogador, que estava avaliada em 15 milhões de euros, acabou por não se confirmar, tendo concluído a época no Benfica. Contudo, a hipótese de rumar a Inglaterra volta a ganhar força com a aproximação entre o Benfica e o mítico clube inglês, bicampeão europeu no final da década de 70 do século passado.

Foi esta a saída encontrada pela SAD encarnada para João Carvalho, que cumpriu nove temporadas no clube da Luz, apesar de apenas em 2017/18 ter conseguido chegar à equipa principal. O jovem concretizou esse sonho, mas acabou por jogar com pouca regularidade sob as ordens de Rui Vitória – foi utilizado em 10 partidas. O médio apenas foi aposta a titular em dois encontros da Liga, frente a Belenenses e a Aves, tendo tido um rendimento aquém do desejado. O encontro do Restelo foi o primeiro após a lesão de Krovinovic e João Carvalho chumbou no teste. Zivkovic acabaria por avançar para o lugar que pertencia ao croata.

Isto sucedeu depois de uma época em que deu nas vistas ao serviço do V. Setúbal, clube ao qual esteve cedido por empréstimo. Agora, o médio volta a ver a porta da saída a abrir-se e nem a aposta da SAD na formação lhe vale a continuidade no plantel.

O Benfica está muito perto de garantir os serviços de Facundo Ferreyra, atacante argentino cujo contrato com o Shakhtar Donetsk expira no final deste mês. A SAD liderada por Luís Filipe Vieira abre os cordões à bolsa para dotar o plantel de um goleador de créditos firmados para atacar a qualificação para a Liga dos Campeões.

Os encarnados pagarão, ao que tudo indica, 2,2, milhões de euros líquidos por cada um dos anos de contrato e um prémio de assinatura de 4,4 milhões por um jogador que completou 27 anos a 14 de março passado, escreve o Record.

Chucky, como é conhecido, tem sido alvo de marcação cerrada dos encarnados desde janeiro passado, quando estava a seis meses de terminara a ligação à formação comandada por Paulo Fonseca e, por conseguinte, livre de decidir o futuro profissional.

As primeiras exigências pareciam afastar o jogador da Luz, tornando-o um alvo inacessível: 2,5 milhões de euros líquidos de salário, mas 5 milhões de prémio. A verdade é que o esforço de se aproximar das pretensões do avançado permitiu aos encarnados ultrapassar a concorrência de clubes como CSKA Moscovo, Fiorentina ou Fenerbahçe. A isto juntou-se o projeto desportivo.

Ferreyra escusou-se ontem a falar sobre o acordo com o Benfica. Para o argentino, o silêncio ainda é de ouro, apesar de ter deixado escapar: "Não quero falar, porque estamos em negociações." E permitiu que o diálogo se alongasse.

Nesta altura, o avançado, através do seu representante, Maximiliano LoRusso, procura acertar com os encarnados os derradeiros detalhes do acordo, por forma a viajar para Lisboa e colocar o preto no branco no contrato que o ligará aos encarnados até 30 de junho de 2022.

Ferreyra teve tudo praticamente certo com o CSKA, mas a SAD benfiquista ainda foi a tempo de garantir os serviços do argentino.

Rui Patrício e Podence abriram a ‘caixa de Pandora’ em Alvalade ao avançarem com as rescisões unilaterais de contrato e a situação pode agravar-se pois Gelson Martins, Bruno Fernandes, Bas Dost, William Carvalho, Acuña e Battaglia, garante o Record, podem seguir o mesmo caminho. O perigo é real, mas tudo poderá ser evitado caso Bruno de Carvalho peça a demissão. Se este cenário se verificar, até as decisões já tomadas por Rui Patrício e Podence são reversíveis.

Tal como o guarda-redes e o avançado, os restantes jogadores querem evitar este cenário pelo respeito que têm pelo clube e pela maioria dos adeptos, razão pela qual Rui Patrício ou Podence podem repensar. O guardião entende que o seu tempo em Alvalade está esgotado, mas pretende ver o Sporting ressarcido pela sua transferência. Aliás, segundo o diário, um negócio com os mesmos valores (18 milhões de euros) será efetivado se o líder leonino abdicar.

Os empresários e os próprios jogadores estão em contacto contínuo entre si e de acordo com o que o jornal Record apurou estão sintonizados nesta estratégia. Se a direção cair o problema será solucionado, mas se a situação se mantiver inalterada, na próxima semana, vão chegar mais avisos de rescisão.

Somando o valor dos passes de Rui Patrício e Podence aos seis futebolistas anteriormente citados atinge-se os 216 milhões de euros, uma quantia que terá impacto previsível na saúde financeira da SAD. Os jogadores estão dispostos a dar uma última oportunidade a Bruno de Carvalho, mas esperam uma resposta célere para travarem o processo, definindo um prazo de sete dias – os mesmos que BdC deu a Patrício para refletir.

Após as rescisões avançadas por Patrício e Podence, o Sporting vai aguardar uma semana esperando que os jogadores voltem atrás. Esgotado o prazo, o clube deverá solicitar à Liga para formar uma Comissão Arbitral Paritária (CAP) que julgará se os jogadores têm justa causa. Esta decisão deverá ser conhecida no prazo de 45 dias.

Convém salientar que a CAP não tem o poder de decidir uma eventual indemnização, pelo que os leões terão de entrar com uma ação no Tribunal Arbitral do Desporto para a definição de valores. Este órgão irá basear-se na decisão entretanto divulgada pela CAP pois vale a causa julgada. Resta acrescentar que caso os jogadores optem por ir para o estrangeiro poderá ser aberta a janela para uma queixa na FIFA. 

As primeiras rescisões que chegaram a Alvalade foram as de Rui Patrício e Podence, mas Acuña também já tomou a decisão de avançar com esta solução. O internacional argentino está integrado nos trabalhos da sua seleção, mas não deseja voltar ao Sporting. O extremo, recorde-se, foi um dos principais visados pelos indivíduos que invadiram a academia, e está receoso de pela sua integridade física e pela da sua família. Aliás, a mulher do jogador já lançou um alerta nas redes 

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