18 novembro 2017

E quando os jogadores são agredidos?

No passado dia 2 de Novembro de 2017, Patrice Evra envolveu-se em grandes confusões com um adepto do Olympique de Marselha e esse comportamento valeu-lhe uma suspensão de oito meses e viu o contrato com o clube do Sul de França ser-lhe rescindido.
Casos como o de Patrice Evra ou o de Éric Cantona, quando pontapeou um adepto do Crystal Palace, fazem com que os jogadores sejam "crucificados", e com razão, pelo seu mau comportamento.
Ainda assim, existem alguns exemplos em que os futebolistas que foram os agredidos pelos adeptos, pelo treinador ou pelos próprios colegas de equipa. Neste artigo irão ser abordados cinco casos em que os jogadores viveram o papel de agredidos face aos seus agressores (muitos casos acabam por ser tremendamente insólitos).

1º CASO: Para aliviar a tensão dos play-offs da Division Four inglesa de 1991, o Torquay organizou um concurso de bebida. Estalou uma discussão entre o avançado Tommy Tynan e o capitão Wes Saunders, que acabou com este com um sobrolho cortado. Mas Tynan não perdeu pela demora: às 2:00, Tynan entrou no quarto do capitão e agrediu-o com uma chaleira. Foi dispensado, mas o clube subiu de divisão na mesma.

2º CASO: Ivano Bonetti, do Grimsby, estava a comer uma perna de frango com toda a descontração após uma derrota por 3-2 com o Luton em 1996 quando a paciência do seu treinador, Brian Laws, se esgotou: pegou no prato e lançou a ave inteira à face a estrela italiana, quebrando-lhe o osso da maçã do rosto. Apesar de uma reunião de urgência, Bonetti admitiu que o seu "romance" com o clube tinha acabado. Ninguém ficou surpreendido.

3º CASO: A meio da década de 1980, dois jogadores do Birmingham, Mick Harford e Tony Coton, estavam num pub, fartos de ouvir dizer que eram "jogadores de m****". Vai daí, partiram alguns tacos de snooker ao meio e começaram a agredir os trabalhadores da construção civil que os estavam a insultar. A briga terminou quando o dono do bar bateu com uma moca em Coton, que rosnou: «Vou ao hospital e já volto».

4º CASO: Durante um estágio no Algarve em preparação para um jogo da Champions, em 2006/2007, contra o Barcelona, os jogadores do Liverpool desfrutaram de uma saída à noite. Mas o que era suposto ser um exercício de fortalecimento dos laços entre os jogadores correu mal quando o mal humorado lateral norueguês John Arne Riise recusou cantar karaoke em frente aos colegas, o que irritou o irascível Craig Bellamy. Horas depois, Bellamy agarrou num taco de golfe, entrou no quarto de Riise e aplicou-lhe uma cacetada nas costas. O Liverpool venceu o jogo por 2-1 com um golo de Bellamy, que comemorou a fingir que estava a jogar golfe.

5º CASO: Depois de uma discussão durante o treino no Almere City, da segunda divisão holandesa, o jogador, de 18 anos, Rene Osei Kofi - emprestado pelo Ajax - foi ao carro, sacou de uma arma do porta-bagagens e encostou-a à cabeça do colega Christian Gondu. Os restantes colegas intervieram prontamente e, horas depois, os dirigentes do Almere anunciaram a sua dispensa do clube.

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