Ninguém na Europa manda em casa como o FC Porto; Bernardo Silva arrisca primeiro castigo por simulação; Ronald Koeman já não é treinador do Everton

O português Bernardo Silva pode tornar-se o primeiro jogador da Premier League a ser sancionado por simulação.

A Federação Inglesa (FA) está a analisar as imagens do último Manchester City-Burnely para determinar se Bernardo Silva ‘mergulhou’ no lance da grande penalidade que deu origem ao primeiro golo dos citizens.

Uma decisão pode ser conhecida ainda esta segunda-feira, segundo o jornal Daily Express.

Caso se confirme o castigo, Bernardo Silva será o primeiro jogador da Premier League a ser punido pela “Dive Ban” [castigo por mergulho]. Até à data, apenas Shaun Miller, avançado do Carlisle, da League Two (quarto escalão) foi sancionado. O castigo foi de dois jogos.

Ninguém manda em casa como o FC Porto. Sérgio Conceição transformou o FC Porto numa autêntica máquina trituradora que tem despachado com goleadas os adversários que passam pelo Dragão. O resultado mais curto até ao momento, no campeonato, foi 3-0, conseguido por duas vezes (Moreirense e Chaves). Ao Estoril foi aplicada a chapa quatro, o Portimonense encaixou cinco e, agora, o Paços de Ferreira saiu vergado à maior goleada dos dragões nesta época, na principal prova. Já são 21 golos marcados em cinco partidas, o que significa uma média de 4,2 golos por 90 minutos. Nenhum outro clube que atua nos campeonatos europeus tem uma média de golos em casa superior à do FC Porto. Mas há uma que tem exatamente a mesma: o Manchester City de Pep Guardiola que, neste fim de semana, “se ficou” por uns 3-0 ao Burnley.

Entre os 15 principais campeonatos europeus – de acordo com o ranking da UEFA – o terceiro lugar no que diz respeito à finalização em casa é ocupado pelo PSG, com 19 golos em cinco partidas, e pelo Borússia Dortmund, que marcou apenas 15, mas em quatro jogos e tem uma média (3,8) igual à dos franceses. Em Portugal, o segundo melhor ataque em casa pertence ao Benfica, que em quatro jogos fez 12 golos, numa média exata de três por jornada.

Olhando apenas para o FC Porto, este é o quarto melhor registo de sempre em 84 edições do campeonato. E o melhor desde que Pinto da Costa assumiu a presidência. O recorde pertence à equipa orientada por Joseph Szabo em 1946/47, com 24 golos nas cinco primeiras jornadas. Nessa época, os portistas chegaram ao fim do campeonato com uma média de 3,7 golos por partida, mas não foram campeões. Ficaram em... quarto lugar.

Desde que o Estádio do Dragão abriu as portas, este é naturalmente o melhor ataque. Ao ponto de, por exemplo, os adeptos já terem festejado mais golos do que em todo o campeonato de 2004/05. Nessa altura, em 17 jogos caseiros, o FC Porto marcou apenas 20 golos, terminando com uma média de 1,17 golos. Esta foi a época que se seguiu à saída de José Mourinho e que teve Vítor Fernández e José Couceiro como treinadores. Mas não é o pior ao fim de cinco jornadas. Esse recorde registou-se na temporada seguinte (Co Adriaanse) com apenas seis golos apontados.

Nos últimos anos, só o FC Porto de Villas-Boas, que ganhou tudo, conseguiu aproximar-se dos números de Sérgio Conceição: 18 golos.

Ronald Koeman já não é treinador do Everton. O clube de Liverpool despediu o treinador holandês, depois de mais um resultado negativo na Premier League. A goleada caseira sofrida ante o Arsenal (5-2) terá sido a gota de água para os dirigentes do clube, a quinta consecutiva para um Everton que é antepenúltimo classificado com apenas oito pontos em dez jogos.

Os "toffees", habitualmente na luta pelos lugares europeus, levam sete derrotas em nove jogos, contabilizando apenas duas vitórias. O arranque de época desastroso culminou no despedimento de Koeman, que trocou o Southampton pelo Everton na última época.