17 outubro 2017

André Cruz dá a receita ao Sporting; Apesar de ter sido dispensado: "Tenho um orgulho enorme em ser um jogador do FC Porto"

O FC Porto foi a França vencer o Monaco por 3-0 e relançou-se na corrida pelo apuramento para os ‘oitavos’ da Champions, depois do arranque em falso, no Dragão, frente ao Besiktas (1-3). Ora, em terras gaulesas está o avançado Suk. Emprestado pelos azuis e brancos ao Troyes, o sul-coreano vibrou com a vitória portista no Mónaco: "É por isso que tenho um orgulho enorme em ser um jogador do FC Porto. Apesar de o Monaco estar no 2º lugar da Ligue 1, o FC Porto venceu-os por 3-0. Isso dá-me ainda mais vontade de trabalhar bem aqui para regressar ao meu melhor nível.
Até lá, espero que, frente ao Leipzig, os dragões conquistem os 3 pontos. Irei sempre apoiar o FC Porto", prometeu ao jornal Record.
Sem ponta de mágoa por novo empréstimo e verdadeiramente apostado em voltar ao clube com quem tem contrato, Suk vê em Aboubakar e Marega dois bons exemplos a seguir, pois eles estão a brilhar de azul e branco após um ano cedidos: "Porque não fazer igual? Trabalho muito forte aqui e, se conseguir reencontrar o momento de forma que tinha no V. Setúbal, isso é possível. Poderia voltar a ser um excelente jogador na Liga NOS", afirmou.
Reconhecendo, porém, que "é difícil estar nesta situação de emprestado", sobretudo por "não ficar muito tempo nos clubes" e isso o impedir de "criar rotinas com os colegas", Suk mostra-se apostado em fazer "uma boa temporada no Troyes", seguindo, como até aqui, com os olhos postos nos dragões. "O FC Porto foi sempre uma grande equipa e, este ano, tem um excelente treinador. Estou ansioso por chegar ao fim da temporada e ver o FC Porto sagrar-se campeão", afirmou com otimismo, para concluir depois sobre o que deu errado na sua primeira prova no dragão: "Tive pouca sorte porque Lopetegui saiu assim que assinei e chegou um novo treinador. É sempre complicado um jogador impor-se no FC Porto e isso tornou a minha luta mais difícil."

Qual a relação entre Turim e o fim do jejum do Sporting em 2000? A resposta é André Cruz, hoje com 49 anos. Há 18, justamente, o carismático central jogava no rival da Juventus quando se transferiu para os leões, a meio da época. É o próprio quem explica ao jornal Record o que fazia no Torino e por que decidiu mudar-se para Alvalade, a tempo de ser um dos herói do título.
"Em 1998/99 o [Fabio] Capello saiu do Milan e foi para lá o [Alberto] Zaccheroni. Não nos demos. Fui para o Standard [Liège] e quando regressei do empréstimo percebi que não adiantava ficar no Milan, porque o treinador ainda era ele e eu não iria jogar", conta o antigo internacional brasileiro, revelando que "um ano antes" recebera "uma proposta do Barcelona" que recusou por causa de Capello.
Sem o técnico que o levara para o Milan, André Cruz quis sair e foi então que surgiu o Torino, por intermédio do diretor desportivo ‘Gigi’ Pavarese, um velho conhecido com quem já tinha trabalhado no Nápoles. "Talvez se tivesse esperado aparecesse um clube melhor" mas a experiência em Turim seria de curta duração.
Em boa hora para Sporting, diga-se. "Fiz a pré-temporada toda no Torino, era um dos principais jogadores do clube. Estava bem, tanto que falhei apenas um jogo e foi por lesão. Só que entretanto houve um problema e o treinador [Emiliano Mondonico] perdeu o grupo. Não gostei da atitude dele e pedi para ir embora", admite André Cruz. O convite do Sporting não tardou, via Luciano D’Onofrio, empresário e amigo de longa data. "Expliquei-lhe o que estava a acontecer no Torino. Ele ligou-me em dezembro, foi antes do Natal, e falou-me do Sporting. Conversei com amigos, recolhi informações, vi que o clube estava muito bem na classificação e avançámos. Foi assim que acabei no Sporting", acrescenta.
Embora curta, a passagem de André Cruz por Turim contemplou um dérbi Torino-Juventus, a 7 de novembro de 1999. "Estava lá o Zidane, ainda. Ciro Ferrara, Davids, o guarda-redes era Van der Sar... Enfim, a Juventus faz sempre grandes equipas", conclui o ex-jogador, sobre o crónico campeão italiano e adversário do Sporting amanhã na 3ª jornada do Grupo D da Liga dos Campeões. Com a experiência adquirida na Serie A (108 jogos) e o conhecimento de épocas recentes, André Cruz sabe o que espera os leões frente à Vecchia Signora, finalista da Champions.
"Além da qualidade técnica dos jogadores, a Juventus é uma equipa mais velha e experiente. Tem uma personalidade forte, ‘agride’ o adversário, corre e obedece a rigor ao esquema tático. Está acostumada a grandes jogos e a discutir títulos nos últimos anos. Até os mais jovens já estão habituados a jogos de alto nível. Acredito que o Sporting vai ter muitas dificuldades. É normal. Têm de ir lá e correr muito, estar muito atento, muito bem organizado, muita força e tentar surpreender", recomenda.
A decisão de trocar o Torino pelo Sporting em 1999/2000 não foi das mais difíceis. "No Sporting tinha a oportunidade de ser campeão. No Torino arriscava-me a descer de divisão. E foi o que aconteceu", sublinha André Cruz. "Num primeiro momento, o presidente [Massimo Vidulich] não queria libertar-me. Eu disse-lhe que se ficasse e o Torino descesse ia gastar muito dinheiro, era preferível deixar-me sair e pôr o [Gianluca] Comotto a jogar", acrescenta. André Cruz não perdoou o técnico do Torino à data, Emiliano Mondonico. "Ele queria alguém que chutasse a bola para qualquer lado porque estava com medo. E eu não o iria fazer. Eu ia jogar. Não ia dar certo. Optei por sair."

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