Francisco J. Marques, diretor de comunicação e informação do FC Porto, foi suspenso por 44 dias e ainda punido com uma multa de 2869 euros. A SAD do clube também terá de pagar 7650 euros, divulgou esta terça-feira o Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol.
Em causa estão, de acordo com o comunicado, declarações proferidas na newsletter "Dragões Diário" de 25 e 27 de fevereiro.
No dia 25 foi criticada a arbitragem do Benfica-Chaves, jogo dirigido por Nuno Almeida, e no qual o FC Porto contestou o primeiro golo do Benfica e um alegado penálti por marcar a favor do Chaves num lance entre Eliseu e Perdigão. "Ontem, na Luz, o Ferrari vermelho fez 'pendant' com o Benfica, o que nem aos mais distraídos surpreende - estava lá mesmo para isso, para fazer 'pendant'", surge escrito, entre outras críticas.
No que toca a 27 de fevereiro, o FC Porto lançou críticas em direção a Fábio Veríssimo, que apitou o dérbi com o Boavista, no Bessa. "Só quem não quiser ver é que pode fingir que estas arbitragens não acontecem devido à coação grave e reiterada que é diariamente exercida direta e indiretamente pelo Benfica", escreveu o clube no Dragões Diário desse dia, no qual Nuno Almeida voltou a ser visado.
"A verdade desportiva foi grosseiramente adulterada por Nuno Almeida e no Bessa só uma equipa à Porto impediu Fábio Veríssimo de tirar pontos à nossa equipa".
Guerra aberta. Uma proposta do PSD na comissão parlamentar que tutela o desporto pretende retirar à Liga duas das três últimas atribuições que lhe restam. Os deputados que trabalham na adaptação da legislação aos novos desafios das apostas online e da transparência no desporto, foram anteontem (último dia do prazo) surpreendidos com uma alteração pretendida pelos sociais-democratas ao artigo 29º do Regime Jurídico das Federações Desportivas: "A elaboração e a aprovação dos regulamentos de arbitragem e disciplina das competições desportivas profissionais competem à direção da federação desportiva na qual a liga profissional se insere, podendo a liga profissional formular, fundamentadamente, propostas de emenda ou de aditamento."
Caso esta proposta venha a ser aprovada, os associados da Liga deixam de ter o poder de elaborar os regulamentos de arbitragem e disciplina, competências que passariam a ser exercidas pela Direção da Federação Portuguesa de Futebol, embora se deva recordar que a legislação se aplica às federações de todas as modalidades com ligas profissionais. No caso do futebol, a Liga Portugal ficaria reduzida, nos temas de arbitragem e disciplina, a propostas de emenda ou aditamentos, depois de já ter perdido, na última grande remodelação legal, os órgãos gestores das duas matérias, que transitaram para a FPF. Sobraria apenas o regulamento de competições.
O facto de ter surgido à última hora motivou o adiamento da votação para esta quinta-feira, a pedido do Partido Comunista e do Bloco de Esquerda.
A proposta é da autoria do PSD e tem o apoio do CDS.
A Liga Portuguesa de Futebol Profissional emitiu um comunicado a reagir à proposta. "A LPFP e as Sociedades Desportivas repudiam veementemente esta proposta e apelam ao bom senso dos demais Grupos Parlamentares e ao Governo para não aceitarem compactuar com esta proposta, que mais não representa que o fim do futebol profissional em Portugal", surge escrito.
"É lamentável a forma quase clandestina como a proposta está a ser apresentada, para efeitos de votação, ao Grupo de Trabalho do Desporto da Comissão Parlamentar de Cultura, Comunicação, Cultura e Desporto da Assembleia da República", acusa ainda.
Eis o comunicado na íntegra:
"A Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) foi hoje surpreendentemente confrontada, pela forma encapotada como o processo foi gerido, com uma proposta de alteração legislativa, em sede de Comissão Parlamentar, que põe em causa o edifício do futebol profissional, assim como a gestão e credibilidade das sociedades desportivas que representa.
No passado dia 6 de junho foi a LPFP convidada pela Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, para uma audição a conceder pelo Grupo de Trabalho Desporto, no âmbito da apreciação na especialidade, o Projeto de lei n º 507/XIII (2 ª) (PSD) - Defesa da transparência e da integridade nas competições desportivas.
A Comissão Parlamentar, agendou para a data de hoje a discussão e votação do referido projeto, tendo, no entanto, introduzido algumas alterações ao mesmo, sem que tenha tido o elementar cuidado de abrir nova ronda de audição das entidades cuja atividade é determinantemente regulamentada por essas mesmas alterações.
Referimo-nos, concretamente, à introdução sub-reptícia e insidiosa de uma alteração ao art.º 24.º da Lei n.º 5/2007, de 16 de janeiro, que define as bases da Atividade Física e do Desporto (LBAFD), cuja redação passaria a ser a seguinte:
"Artigo 24.º
Regulamentação das competições desportivas profissionais
1 - [...].
2 - A elaboração e a aprovação dos regulamentos de arbitragem e disciplina das competições desportivas profissionais competem à direção da federação desportiva na qual a liga profissional se insere, podendo a liga profissional formular, fundamentadamente, propostas de emenda ou de aditamento."
Esta alteração da Lei de Bases tem como único propósito a alteração do artigo 29º do Regime Jurídico das Federações Desportivas, que tem igual proposta de redação.
É evidente, mesmo numa leitura despreocupada - e a matéria é de molde a preocupar gravemente a LIGA e as sociedades desportivas suas associadas! - que esta alteração não tem, sequer como preocupação ulterior, a defesa da transparência e integridade das competições desportivas, que são o objeto deste diploma legal.
A verdadeira intenção desta alteração de última hora não é difícil de descortinar e resulta óbvia do texto proposto. O que aqui o PSD propõe - ao arrepio de uma História de que, numa anterior encarnação, até foi digno coautor - mais não é do que uma regulamentação "à medida" (pois só no futebol existem competições profissionais), que visa um retrocesso de décadas no reconhecimento das especificidades do desporto profissional e, à boleia desse retrocesso, confiscar às sociedades desportivas profissionais a capacidade de se autorregularem, no que diz respeito à elaboração dos regulamentos de Disciplina e de Arbitragem.
Trata-se, muito claramente, da emissão de um atestado de incompetência, por demais injustificado, a um conjunto de sociedades desportivas profissionais, que ainda recentemente deram novo e claro sinal da uma extraordinária capacidade para colocar de parte os interesses próprios em homenagem ao bem comum, de proteção das competições profissionais e do desporto nacional, de que são o mais notório protagonista.
Constatar a leviandade com que um grupo parlamentar enxerta uma proposta de alteração de um elemento estruturante do edifício jurídico-desportivo nacional, como a repartição de competências regulamentares entre as ligas profissionais e as respetivas federações é aterrador e revelador de infantilidade.
E instrumentalizar um diploma destinado a promover a transparência e a integridade nas competições desportivas para, sorrateira e cobardemente, nele introduzir uma proposta de alteração a uma lei de valor reforçado, além da minudência de ser inconstitucional, é desleal e bem revelador da assinalada agenda obscura.
Tendo em conta a intenção do grupo parlamentar autor do Projeto, a LPFP considera, que:
1. É lamentável a forma quase clandestina como a proposta está a ser apresentada, para efeitos de votação, ao Grupo de Trabalho do Desporto da Comissão Parlamentar de Cultura, Comunicação, Cultura e Desporto da Assembleia da República;
2. A LPFP contesta o facto de tais alterações propostas não terem sido debatidas aquando da presença dos seus representantes, naquela Comissão e aparecerem de forma covarde à última da hora para votação;
3. A LPFP lamenta que o Grupo Parlamentar do PSD tente enxertar num documento de transparência e integridade o esvaziamento da capacidade do futebol profissional se autorregular;
4. O futebol profissional português está há muito organizado conforme as melhores práticas político-desportivas;
5. As sociedades desportivas do futebol profissional gerem um setor de atividade em constante renovação, reestruturação e com modelos de gestão enquadrados na sociedade moderna e no que são as diretrizes do País e da União Europeia, que não se compadece com o retrocesso de passarem a ser regulamentadas pelo futebol amador;
6. Aliás, há menos de 24 horas, as mesmas sociedades desportivas deram um exemplo de capacidade de gestão e vitalidade, ao concluir, no seu todo, um processo de validação de pressupostos de natureza financeira, obrigatórios para a competição, que em nada se assemelham aos exemplos praticados quando a autorregulação, agora em causa, não era gerida pelo setor.
7. Preocupada com um retrocesso gigantesco, por comparação com o que se passa no futebol profissional nos países de maior expressão na modalidade, a LPFP já solicitou reuniões, com caráter de urgência, ao Governo, aos grupos parlamentares com assento na Assembleia da República e partilhou com todas as sociedades desportivas este triste momento em que um grupo parlamentar quer alterar algo de tão estruturante como é a regulamentação do futebol profissional.
8. A LPFP e as Sociedades Desportivas repudiam veementemente esta proposta e apelam ao bom senso dos demais Grupos Parlamentares e ao Governo para não aceitarem compactuar com esta proposta, que mais não representa que o fim do futebol profissional em Portugal.
9. A LPFP e as Sociedades Desportivas lutarão até ao limite para que os direitos que adquiriram por lei não lhes sejam retirados de forma encapotada a cobro da Defesa da transparência e da integridade nas competições desportivas, luta que a Liga e as Sociedades Desportivas têm encabeçado."
A Liga vai com os porcos! Acabou se a mama do Proença...e os dragartos já vêem a sua estratégia de domínio através da liga e do corrupto Proença a ir pelo ralo abaixo tal como a porcaria das mentiras que andam destilar há meses..
ResponderEliminarÉs tão bairro como os teus superiores que pediram para se voltar a investigar o apito Dourado, esquecendo-se que o Benfica na pessoa do saudoso viera também está implicado.
EliminarNão está.
EliminarEstas a cair brilhantina...vais cair do pedestal.
ResponderEliminarEstratégia seu corrupto?! O apito dourado é mentira?! O facto de venderem droga é mentira? Sois uns corruptos do pior, quereis corromper tudo é tapar os olhos a todos. Mas só é burro quem quer. Tu és claramente. Seus trafulhas nojentos
ResponderEliminarO apito dourado não é mentira, mas é do Mondego para cima. O resto é mentira, sim.
EliminarJá que trabalham para o clube levado ao colo e nojento do regime, fica tudo mais perto. Poupam. Ate estao perto da porta 18, ajudam na distribuição. Nojentos sem vergonha estes corruptos do regime treta campeões.
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